Utilidades
Dizem que dinheiro na mão é vendaval, ou que
dá coceira na mão e logo a gente precisa se desfazer dele. Isso não deixa de
ser verdade afinal, mesmo considerando investimentos, o dinheiro recebido
precisa ter um destino e, de preferência, que lhe faça render frutos. Mas, que
destino vai ser esse? Um critério para a escolha pode ser a liquidez.
[Imagem: stevepb/Pixabay] |
O QUE É A LIQUIDEZ?
Liquidez é a velocidade com que se consegue
transformar algum ativo (investimento, casa, carro, móveis e utilidades,
equipamentos, etc.) em dinheiro. Alguns ativos proporcionam alta liquidez, como
conta poupança ou tesouro Selic, que em um, dois ou três dias te permitem estar
com o dinheiro na mão.
Outros possuem liquidez menor, como uma
casa. Por mais que você tenha um imóvel em boa localização, a concretização da
venda pode ocorrer após meses de tentativas.
COISAS QUE COMPRAMOS
Nós vivemos em um regime econômico onde tudo
se converte a uma ou mais moedas, e se busca ou lucro ou superávit nas
atividades, que é o capitalismo. Mesmo sem querer, somos inundados com
propostas para comprar algo o tempo todo, seja por necessidade, seja para
ajudar uma causa, seja para status.
Essa condição pode fazer com que compremos
coisas sem refletir de sua real importância. Esses ativos, após o uso, podem
ter algum valor, mas menor do que o original (depreciação) ou serem muito
difíceis de vender, virando em nada.
Alguns exemplos de bens assim seriam carros
novos ou roupas diversas. Se você compra na loja e depois se desagrada, é
difícil achar algum comprador depois. O mesmo vale para aqueles itens que se
usa por períodos determinados, como um jaleco para uma disciplina de graduação
fora de cursos como Química ou Ciências biológicas e da saúde.
É bem importante avaliar a compra de cada
bem, pois depois da compra ele não possui a mesma liquidez do dinheiro vivo.
Impulso é inimigo!
A ESCOLHA DOS INVESTIMENTOS
Quando falamos em liquidez, é importante
pensar que você pode aumentá-la vendendo um ativo por preço menor do que o
valor do bem, mas isso é indesejado. Assim, pode ser interessante parar e
pensar no que investir.
Isso não significa que você deva deixar de
comprar um imóvel para deixar todo o seu dinheiro em Tesouro Direto, nem
aplicar todo o dinheiro em uma coisa só.
O importante é você saber o quanto você
precisa de imediato em situações difíceis (veja mais no link sobre Reserva de
Emergência). Esse dinheiro deve estar em algo com alta liquidez.
Por outro lado, o restante de seu dinheiro
pode ficar em aplicações de diferentes níveis de liquidez. Essa pode ser uma
boa estratégia, da qual falaremos a seguir.
RENTABILIDADE
A rentabilidade de investimentos é definida
por inúmeras variáveis, como o risco e o tempo de aplicação. Em geral,
investimentos mais longos tendem a remunerar mais, pois você ficaria mais tempo
sem a disponibilidade do recurso.
O Tesouro Direto, por exemplo, remunera mais
em prazos maiores de vencimento, e possui liquidez boa. O único fato importante
é que a venda antecipada é por preços de mercado, maiores ou menores.
Já o LCI (Letra de Crédito Imobiliário), por
exemplo, pode pagar boas taxas, maiores também para prazos mais longos, e sem
Imposto de Renda. O problema é que, na maioria dos casos, a liquidez é baixa,
pois você só pode retirar seu dinheiro no vencimento.
Nesses dois exemplos se observa que liquidez
não é diretamente relacionada com a rentabilidade. Pode haver casos de maior e
menor rentabilidade com maiores ou menores liquidezes. Fundos de investimento,
por exemplo, podem ter liquidez alta, alta rentabilidade e alto risco...
USANDO O DINHEIRO COM CONSCIÊNCIA
Sabendo como funcionam aspectos como demanda
de dinheiro, riscos, liquidez, rentabilidade e tantas outras variáveis, você
consegue montar uma carteira de investimentos com consciência. Isso faz com que
você aumente seus ganhos e não sofra apertos no futuro.
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