Ficar no cheque especial ou pegar um empréstimo?

 Dinheiro

 

Cheque especial e empréstimos estão entre as categorias mais comuns de crédito do mercado. Eles apresentam vantagens que ajudam a explicar por que são tão utilizados pelos consumidores, mas também apresentam desvantagens, relacionadas especialmente ao risco de endividamento.

 

O cheque especial nada mais é que um empréstimo pré-aprovado que o banco disponibiliza para os seus clientes. Ele está lá, disponível para saques, transferências e pagamentos, sempre que o saldo da nossa conta se esgota. Os empréstimos para pessoa física, por seu lado, apresentam uma série de modalidades, com condições e requisitos que variam bastante. Neste artigo, vamos te explicar as vantagens e desvantagens desses dois produtos e te ajudar a escolher aquele que melhor atende às suas demandas.

 

 

Vários cinquenta reais
[Imagem: Juros Baixos / Reprodução]


 

 

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QUAIS OS PRÓS E CONTRAS DO CHEQUE ESPECIAL?

Facilidade de contratação

 

A principal vantagem do cheque especial é a sua facilidade de contratação. Não é preciso passar por um demorado processo de análise de crédito, envio de documentos e assinatura de contratos sempre que for ter acesso a ele.

 

A assinatura de um contrato de adesão ocorre apenas de vez em quando, e é nesse momento que o cliente aceita todas as condições, incluindo a taxa de juros. Normalmente, quando nos tornamos correntistas de um banco, ele já nos disponibiliza um limite de crédito pré-aprovado (o cheque especial), que é baseado no nosso perfil financeiro. Em outros casos, pode ser que o limite só seja concedido depois de um período, em que o banco avalia nosso comportamento.

 

O cheque especial pode ser acionado assim que o saldo da nossa conta se esgota. Podemos usufruir dele por meio de saques, transferências, pagamentos, cheques e com o cartão de débito, mas é preciso tomar cuidado com essa facilidade. Na verdade, o cheque especial é acionado automaticamente sempre que realizamos uma dessas operações e não há saldo disponível.

 

Não exige garantias

 

Uma parte da facilidade de contratação está na quase ausência de garantias. Não são exigidas garantias como bens ou valores que já possuímos ou vamos possuir (como no caso de empréstimos consignados, por exemplo).

 

Em vez disso, o banco usa como garantia de que quitaremos o débito com a nossa renda, nosso histórico como consumidores e nosso histórico como clientes do banco. Se pagamos todos os compromissos com o banco em dia, incluindo o cheque especial, é provável que ele nos ofereça um limite maior ou uma taxa de juros menor. Do contrário, é possível que a instituição pare de conceder o serviço.

 

Juros altíssimos

 

Como o acesso ao serviço é muito fácil e as garantias são mínimas, os bancos cobram uma taxa de juros muito alta no cheque especial. Isso é uma forma de assegurar a lucratividade na operação.

 

O cheque especial é considerado, juntamente com o crédito rotativo do cartão de crédito, a modalidade de empréstimo com as maiores taxas de juros. O Banco Central (BC) estabeleceu recentemente novas regras para o cheque especial, com o intuito de torná-lo mais justo. Agora existe um teto de 8 % ao mês na taxa de juros dessa modalidade.

 

Aumento da dívida

 

Para piorar a situação, os juros do cheque especial não apenas são compostos, como são cobrados diariamente. Dessa forma, a taxa de juros é recalculada a cada dia sobre o valor da dívida no dia anterior. Portanto, se você demora apenas alguns dias para quitar o que foi usado do cheque especial, a sua dívida já terá crescido consideravelmente.

 

Felizmente, algumas instituições estabelecem um prazo de pagamento, e apenas após o fim deste é que os juros são cobrados. Além disso, uma das mudanças estabelecidas pelo BC é que agora os bancos passam a ser obrigados a oferecer um crédito com juros mais baixos sempre que a dívida no cheque especial exceder 15 % da renda do cliente por mais de trinta dias.

 

Saiba mais: Dívida com banco: saiba como quitar!

 

Os bancos podem cobrar tarifas para disponibilizar o cheque especial?

 

Recentemente veio à tona a informação de que os bancos passariam a cobrar uma tarifa de 0,25 % do excedente referente às contas que possuíssem o limite do cheque especial acima de R$ 500,00, contudo, mesmo com a cobrança autorizada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a maioria dos bancos decidiu por não cobrar tal taxa. Por isso, ao menos por enquanto, os consumidores podem ficar tranquilos quanto a esse aspecto.

 

OPTAR POR EMPRÉSTIMO AO INVÉS DO CHEQUE ESPECIAL: PRÓS E CONTRAS

Taxas de juros baixas e maior prazo de pagamento

 

Como dissemos no início, os empréstimos para pessoa física apresentam algumas modalidades, com condições distintas, mas em geral a taxa de juros é inferior à cobrada no cheque especial. Para se ter uma ideia, o empréstimo pessoal, que é considerada a modalidade “mais cara”, teve uma taxa de juros média de 6 % ao mês em abril deste ano, segundo o Procon.

 

Ainda há outras modalidades de empréstimo com taxas bem menores. É o caso do empréstimo consignado e do empréstimo com garantia.  No primeiro, as parcelas são descontadas diretamente do salário ou benefício do cliente. No segundo, o cliente oferece um bem de grande valor, como imóvel ou veículo, como garantia para a operação.

 

Os empréstimos também apresentam outras condições vantajosas, como um volume de crédito e um prazo de pagamento maiores. Em ambos os casos, empréstimo consignado e empréstimo com garantia são as modalidades que mais se destacam.

 

Diferentes modalidades para comparação

 

A variedade de modalidades entre os empréstimos dá aos consumidores uma liberdade maior de escolher o produto que mais se encaixa nas suas necessidades. É possível optar por uma modalidade mais acessível, como o empréstimo pessoal, ou por uma modalidade mais “barata”, como o empréstimo consignado. É possível, ainda, oferecer diferentes garantias para a operação e usar diferentes formas de pagamento.

 

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Processo de aprovação mais complicado

 

Um dos principais motivos que fazem os consumidores optarem pelo cheque especial em vez de um empréstimo é o processo de aprovação mais complicado do segundo. Sempre que for desejar ter acesso ao crédito em alguma modalidade de empréstimo terá que passar por todo o processo de contratação, que pode envolver: envio de documentos, uma ou duas análises de crédito, entrevistas presenciais, pegar filas, etc.

 

Em alguns casos, a contratação pode até ser mais simples, quando se pega um empréstimo com o banco do qual já somos correntistas, por exemplo, mas mesmo nesse caso há burocracia. O Open  Banking poderá alterar esse acesso à informação pelos bancos, mas não a taxação do cheque especial em geral. Para ter acesso a um empréstimo, precisamos dar garantias de que somos capazes de quitá-lo, ou devemos passar por uma análise de crédito, que vai considerar nossa renda, se estamos com o nome limpo, etc.

 

Qual a melhor opção?

 

Depois de todos esses aspectos que apresentamos aqui, a conclusão mais coerente é de que os empréstimos são mais vantajosos que o cheque especial. As principais vantagens dos empréstimos são taxas de juros menores, maior volume de crédito e variedade de modalidades.

Por outro lado, o cheque especial pode sim ser uma ferramenta útil, especialmente quando temos dificuldade de acessar outras formas de crédito e quando podemos quitar em pouco tempo.

Tanto o cheque especial como os empréstimos devem ser usados com cautela e inteligência. Faça o necessário planejamento financeiro antes e após a contratação desses serviços.

 

ESTE É UM ARTIGO ESCRITO PELO JUROS BAIXOS, em espaço para contribuição gentilmente cedido pelo Blog do Mestre. Nesse portal você pode saber mais sobre empréstimos, dinheiro e vida financeira em geral.

 

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