História a céu aberto: posto Texaco ⛽ dos anos 50 persiste até hoje em SC


Curiosidades


Com o passar dos anos, em função do próprio modelo capitalista, ocorre evolução nas empresas, modernização de sua infraestrutura, ou mesmo deixam de existir. Essa metamorfose, por um lado é necessária, para que se busquem melhores processos, ser mais atrativo, etc. Mas por outro impede que se conserve aspectos de infraestrutura e espaços que contem a nossa história.

Um dos lugares que ainda persiste em meio a este ambiente é um posto localizado no município de Rancho Queimado, em Santa Catarina:

https://www.oblogdomestre.com.br/2018/06/PostoCatarinenseTexacoAnos50.Curiosidades.html
[Imagem: Felipe Carneiro / Diário Catarinense]



Segundo reportagem do portal GaúchaZH, esta história começa lá na década de 1950. O empresário Teófilo Schütz fechou um posto de gasolina com bomba manual, aberto no começo da década, e abriu outro com a bandeira da estadunidense Chevron Texaco, no ano de 1959. O posto tinha todos os atributos de modernidade para sua época, contando com um hotel para descanso dos viajantes, rampa para lavagens e uma oficina mecânica. 

Atualmente é comum que quase todos os postos de combustíveis tenham um formato semelhante, com alusão apenas à bandeira da distribuidora e telhado alto cobrindo o espaço de abastecimento. Isso reflete o que se definiu como relevante para esse tipo de construção hoje, o que é bem diferente se olharmos este prédio, ainda mais que sofreu poucas intervenções.

Nota-se no edifício várias características do momento de sua construção, como reentrâncias e saliências definindo detalhes arquitetônicos e letreiros (até mesmo estrelas da Texaco). Também é possível observar capitéis curvos abaixo da marquise, grades com detalhes no formato de estrelas e elipses, bem como janelas que, apesar de terem grandes vãos, ainda possuem vidraças muito divididas pelas estruturas em ferro, basculantes.

https://www.oblogdomestre.com.br/2018/06/PostoCatarinenseTexacoAnos50.Curiosidades.html
[Imagem: Felipe Carneiro / Diário Catarinense]


Partindo ao aspecto de mercado, o posto sofreu grande revés após ser definida a diretriz (traçado) da BR-282, que acabou não passando por ali. Isso fez com que os antigos passantes mudassem de caminho, pois o posto ficou mais distante de seus trajetos 7,5 km. Apenas quem tem real interesse de ir à localidade acaba conhecendo.

Falando em poucas intervenções, foi necessária a troca das bombas de combustível e um novo reservatório para atender exigências atuais. Enquanto alguns membros da família proprietária desejam mudanças no prédio, outros acreditam que deve ser mantida a configuração atual, que possui significado histórico. E, apesar desse significado, a família nunca abriu processo de tombamento histórico, em função de evitar burocracia.

Nem mesmo a bandeira do posto possui outros postos no Brasil. Desde negócios envolvendo as empresas detentoras das marcas Ipiranga e Ultra e a padronização desses postos sob uma única marca, atualmente existe, além deste posto, apenas a presença da marca Texaco na forma de óleos lubrificantes.





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