História
A Intentona Comunista foi um movimento que ocorreu no Brasil dentro de um contexto de busca pela adesão ao comunismo em novas nações no mundo. Como bem sabemos, essa ideia não vingou no Brasil, mas você sabe como aconteceu?
[Militares da Intentona no Rio Grande do Norte. Imagem: O Globo | Reprodução] |
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POR QUE INTENTONA?
O termo "Intentona" significa "plano insensato" ou "ataque imprevisto". É uma palavra parecida com "intento" ou "desejo", mas com caráter depreciativo. O movimento foi bastante desarticulado, o que levou à repressão rápida.
EM QUAIS CIDADES OCORREU?
Algumas cidades brasileiras tiveram a Intentona Comunista, que aconteceu entre os anos de 1935 a 1936 em Recife, Natal e Rio de Janeiro.
No Rio, várias unidades militares iriam aderir, mas efetivamente ocorreu a Intentona no 3º Regimento de Infantaria (Praia Vermelha, bairro da Urca) e na Escola de Aviação do Exército (subúrbio de Marechal Hermes) onde também estava situado o 1º Regimento de Aviação.
O CONTEXTO INTERNACIONAL
Com a Revolução Bolchevista de 1917, a ideia de crescer o comunismo não ficou na Rússia. Em 1922, foi implantado o Partido Comunista no Brasil.
O Partido Comunista do Brasil tinha alinhamento com a Rússia. Ao ser constituído, aceitou as vinte e uma condições da Terceira Internacional ou Komintern, em janeiro de 1924. Essa agência, ativa desde 1919, levava a política internacional russa para o mundo.
Nessas vinte e uma condições, a sexta era crítica para deflagrar algo como a intentona. Era clara na sexta condição que não haveria comunismo sem um movimento revolucionário, inclusive pegando em armas.
O LÍDER E A INTENTONA
Na URSS houve nomes centralizadores da política, como Lênin ou Stalin. No Brasil, buscou-se firmar uma liderança local para fortalecer o movimento comunista. Essa liderança foi o ex-capitão do Exército, Luís Carlos Prestes.
Luís Carlos Prestes fez uma jornada de conversão. Ele se tornou comunista quando esteve na Bolívia. Depois esteve na Argentina e Uruguai até que recebeu o convite para ir para Moscou em 1931.
Em contato com o Komintern, lá em Moscou, preparou um levante militar contra o governo de Getúlio Vargas. Olga Benário, esposa de Prestes e agente internacional da Komintern, ajudou a montar o levante.
Prestes voltou em 1934 e buscou chamar vários militares fiéis ao tenentismo e ideais comunistas para estourar a ação conjunta em vários pontos do Brasil. A ANL escolheu 27 de novembro de 1935, mas em Natal começou um pouco antes.
PESSOAS PRESAS
Em 26 de novembro de 1935, o Congresso Nacional aprovou o estado de Sítio por trinta dias. Após forte repressão, no dia 27 de novembro, houve homens mortos e vários que saíram rendidos das instalações militares para a prisão. A prisão foi o navio Pedro I, que virou presiganga.
Quem não foi preso no dia, foi sendo preso nos meses seguintes. Centenas de militares comunistas e civis foram para a prisão até maio de 1936. Luís Carlos Prestes ficou nove anos na prisão e Olga Benário foi deportada para a Alemanha, que estava em pleno Nazismo.
Graciliano Ramos, escritor alagoano, foi preso em março de 1936, por ser considerado um membro da Intentona, mesmo sem ser do movimento. Ele passou por vários presídios, foi torturado e viu a liberdade novamente em janeiro de 1937.
O último presídio que Graciliano Ramos esteve era no Rio de Janeiro. Depois da experiência traumática, ele escreveu os dois volumes de "Memórias do Cárcere". A publicação foi póstuma, em 1953.
O PRETEXTO DE GETÚLIO VARGAS
Getúlio Vargas acompanhou a Intentona de perto, na sua versão carioca, visto que era a capital brasileira. Usando esse subterfúgio, Vargas deu um golpe de estado em 1937, instituindo o Estado Novo.
MAIS TARDE, UM NOVO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS
Depois dessa primeira experiência de governo, incluindo o exemplo do Estado Novo, Getúlio Vargas foi novamente presidente do Brasil, eleito democraticamente. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, você confere como foram o governo dele e de outros presidentes no período:
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