Cultura e comportamento
Após diversos problemas com homens em uma
loja de roupas femininas, a empresária e influencer Andrea Costa proibiu a
entrada deles em sua loja, na cidade de São José dos Campos, SP. Várias reações
favoráveis e contrárias pipocaram depois do anúncio e vamos discutir um pouco
sobre cada um deles ao longo deste post!
[Cartaz ao lado da foto da influenciadora e proprietária da loja. Imagem: Extra / Reprodução]
DEPOIS, VOCÊ PODE LER TAMBÉM
» Como identificar se uma relação pode ser violenta?
O QUE DIZEM OS CARTAZES
Um dos cartazes traz uma mensagem mais
sucinta:
"ATENÇÃO HOMENS!
SE NÃO FOREM PROVAR, FIQUEM DO LADO DE FORA
DA LOJA!"
O outro é mais detalhado quanto às
proibições:
"PROIBIDO ENTRADA DE HOMENS
- Homens que depreciam o corpo de suas
mulheres.
- Homens que ao invés de enaltecer a beleza
de suas mulheres ficam comendo as modelos com os olhos.
- Homens que ao invés de sentar e tomar um
drink / cerveja / algo oferecido de cortesia pela loja, ficam andando atrás da
esposa dando palpites e desaprovando tudo o que ela gostou.
- Proibido homens mão-de-vaca.
- Proibido homens que venham um dia com a
esposa e no outro com a amante (se vier e nos fazer passar esse
constrangimento, vamos contar)."
QUAIS OS PROBLEMAS QUE COSTUMAM ACONTECER?
Pelo cartaz de proibições, dá para entender
um pouco sobre os problemas que acontecem na loja. Há as discussões entre
marido e mulher sobre o que deve ser comprado ou não, bem como assédio a outras
mulheres nos provadores. Esses problemas geram incômodos às mulheres na loja, e
têm efeito nas vendas, já que a compra se centraliza na opinião ou vontade do
outro.
APOIO À ATITUDE
Houve manifestações de apoio nas redes
sociais, via mensagem de texto e outros recursos, à dona da loja. Como são
situações bem corriqueiras no comércio, mesmo que outras lojas não tenham
chegado à proibição, sabe-se que não é exclusividade daquela loja.
RETALIAÇÕES
Campanhas para baixar a avaliação da loja no
Google, ameaças de processo judicial por discriminação e outras retaliações
começaram a surgir. Houve quem tenha comentado à empresária que não gostaria
que sua esposa fosse mais à loja dela, ou até que se separaria caso a esposa
quisesse ir lá.
BOM SENSO E CONVIVÊNCIA
A proibição chama a atenção porque vai
contra o costume de alguns casais de irem juntos para fazer compras. Algo ruim
nisso é que nem sempre a mulher vai sair com a roupa que quer ou gosta de usar.
Há vários casais onde a mulher não consegue usar o que gosta por conta da
opinião do marido.
Claro que em alguma data especial, como o
aniversário do marido ou da esposa, seria interessante vestir-se com o intuito
de agradar, mas isso não deveria ser a regra de todo dia, toda compra. As
pessoas precisam ter uma parcela de liberdade dentro da vida em comum, senão o
outro vira dono, não companheiro.
Nas proibições, veio o destaque ao
mão-de-vaca: para lojas, é uma catástrofe. Esse ponto não é o mais complicado
de todos, pois cada um sabe no que gasta ou não, e consumo está associado ao
prazer, ao contrário de poupar: difícil dizer quando economizar é exagero ou
não.
Nas milhares de lojas que ainda aceitam
homens, valem as mesmas ideias que levaram à proibição nesta loja em
específico. Não é adequado, ainda mais na loja, discutir a aparência da esposa,
e fora pensar nisso de forma carinhosa. Nos provadores, melhor entrar somente
no da esposa, se ela pedir, e não olhar para os outros. Caso não for chamado, é
melhor esperar fora do recinto de provador, para não constranger outras
mulheres.
FALANDO EM REPRESENTATIVIDADE
Ao falar em respeito ao outro, ou à outra
pessoa, começamos a pensar sobre incluir e representar aquele outro da
sociedade em nossos grupos. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, falamos
um pouco mais sobre representatividade:
□
E
AINDA MAIS PARA VOCÊ:
👉 Representatividade:
da maquiagem aos cargos e funções
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