Os efeitos placebo e nocebo

 Ciência & Saúde

 

Até que um medicamento chegue às prateleiras das farmácias ou uma vacina vá aos postos de saúde, vários passos importantes ocorrem (veja mais nos links sugeridos). Como seres humanos reagem de forma diferente aos medicamentos, é preciso fazer testes prévios, registrar possíveis efeitos adversos e concluir estatisticamente se o remédio é eficaz.

 

No grupo de controle, que recebe substâncias sem efeito clínico (placebos), dois efeitos se destacam: o efeito placebo e o efeito nocebo. Nessa postagem, vamos entender melhor o que são esses efeitos!

 

Vários medicamentos
[Vários novos remédios sendo desenvolvidos. Imagem: stevepb / Pixabay]


 

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O EFEITO PLACEBO

 

O efeito placebo ocorre quando uma pessoa sente efeitos positivos ao tomar um placebo. Geralmente, uma condição assim ocorre se a pessoa realmente confia que aquele remédio é eficaz, pois não é efeito de remédio, e não se avisa se o remédio é placebo ou não aos participantes do teste.

 

O EFEITO NOCEBO

 

Diferentemente do efeito placebo, existe uma expectativa pessimista diante do medicamento em teste: o participante do estudo toma placebo e sente efeitos adversos, até longe do que o medicamento real poderia causar.

 

Em alguns casos, o efeito nocebo pode ser estimulado pelo excesso de informação ou crenças pessoais. O fato de ler ou ouvir que certo tipo de medicamento causa reação X não significa que você terá isso ao tomá-lo, mas a pessoa descrente pode desenvolver isso.

 

ESTUDOS DO EFEITO NOCEBO

 

Há vários casos de efeito nocebo bastante interessantes. Um deles teria sido um estudo onde duas pomadas placebo teriam sido aplicadas em pessoas, mas dizendo o preço de cada uma para compra em farmácia. Como as pessoas testadas acreditam que mais caro é melhor, relataram mais ardência com a pomada mais cara e "mais forte".

 

Para as vacinas contra o novo coronavírus, pesquisadores norte-americanos relataram efeito nocebo em 35 % dos receptores de vacinas de soro fisiológico. Os testados mencionaram, mesmo recebendo esse placebo, que sentiram fadiga e dores de cabeça. Mesmo sendo efeitos inespecíficos, não necessariamente associados à vacina (como dor de cabeça), houve índices maiores de efeitos causados por descrença nela entre quem foi vacinado, relatando-se efeitos adversos em 61 % do grupo experimental após a segunda dose. Isso significa que efeitos não diretamente associados à vacina podem ocorrer em quem a recebeu, ou teve tal expectativa.

 

O QUE SE APRENDE COM OS EFEITOS PLACEBO E NOCEBO?

 

Não apenas o remédio em si, mas a expectativa sobre ele fará diferença nas percepções dos pacientes. Médicos precisam conhecer tais efeitos para conseguirem convencer os pacientes a se tratarem ou vacinarem, alinhando a conversa da melhor forma possível. Campanhas de vacinação também precisam ser montadas considerando essas percepções.

 

Entender placebo e nocebo também ajuda a formular bulas e indicações de remédios. Nem todo efeito relatado é colateral, então é preciso ser justo nas indicações.

 

FALANDO MAIS SOBRE REMÉDIOS EM ESTUDO

 

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