Falando sobre antifragilidade

 Cultura

 

Conforme vamos evoluindo, surgem novos conceitos e ideias interessantes que são expostas, não sendo necessariamente fórmulas, mas passos para o sucesso. Há algum tempo, falamos em soft skills, ou mesmo em resiliência para superar desafios, mas surgiu um novo e interessante conceito, que é a antifragilidade. Vamos saber mais sobre ele?

 

 

Se existe alguma coisa que pode representar o caos é o trânsito
[Trânsito é um daqueles tipos de teste para a antifragilidade. Imagem: Steven Liao / Pixabay]


 

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QUEM PENSOU A RESPEITO?

 

O conceito de antifragilidade é uma criação do Professor Nassim Nicholas Taleb, e aparece em livros por ele publicados, como “Antifrágil: Coisas que se beneficiam com o caos”, em versão traduzida para o português, vendida pela Amazon. De acordo com a descrição do livro, coisas mais instáveis como o crédito, cidades-estado, tentativa-e-erro e outros tantos exemplos trouxeram muitos benefícios em meio ao caos.

 

Nesse momento, a antifragilidade já é discutida além, e seus aspectos pensados em várias esferas, considerando o indivíduo, a sociedade e a carreira profissional. A tão queridinha resiliência já perde espaço para a antifragilidade.

 

RESILIENTE SIM, ANTIFRÁGIL MELHOR AINDA

 

O resiliente seria aquele indivíduo, empresa ou entidade que passa por um período conturbado e consegue ter adaptabilidade suficiente para manter uma condição relativamente estável ao passar desse período, mantendo suas características. Um exemplo de resiliência seria nosso organismo: com pequenas mudanças nutricionais, o corpo mantém funções básicas, massa corporal e seu funcionamento, usando um pouco de suas reservas de gordura. Em geral, o organismo regula suas funções de forma a condicionar a essa estabilidade, chamada de homeostase.

 

Só que o antifrágil consegue ganhar e ficar melhor após o período conturbado, ganhando do resiliente. Se o corpo é resiliente e quer manter-se estável em massa corporal, nós precisamos ser antifrágeis e mudarmos drasticamente alguma coisa para melhorarmos a nossa saúde.

 

Outro grande exemplo que fez aflorar essa ideia de antifragilidade foi o período de pandemia. Por melhor adaptados que estivéssemos a algumas práticas, ou uso de tecnologia, foi preciso mudar a forma de fazer algumas atividades do dia-a-dia em prol das novas condições pelas quais o mundo passa.

 

Um último ponto ilustrativo seria o de ambientes sustentáveis versus ambientes regenerativos. O ambiente sustentável mantém-se e garante aquela condição no futuro, sendo resiliente, mas, a partir de certo nível de degradação, manter o ruim não adianta, é preciso reverter, regenerar...

 

O QUE A IDEIA DE ANTIFRAGILIDADE AJUDA A DESENVOLVER?

 

A ideia da antifragilidade ajuda a entender melhor algumas condições da vida. Para tudo existe um grau de incerteza e que realmente não se consegue prever. Nem tudo pode ser previsto ou ajustado, e é preciso saber lidar com isso, sendo flexível e capaz de tirar proveito das situações, dentro dos limites éticos e legais.

 

Uma pessoa não pode querer um ambiente estável o tempo todo, sob pena de encontrar instabilidade na suposta estabilidade buscada. Por exemplo: o homem retifica o curso de rios urbanos, estabelecendo onde irão passar, mas eles se tornam mais violentos em momentos de enchente, ou ainda, quando se chega à inundação.

 

POSSO USAR ISSO PARA TUDO?

 

É preciso ter cuidado quando se fala em antifragilidade e sua relação com todas as coisas. A recomendação da busca por entender o ambiente instável, a bagunça, o caos, e tirar proveito dele vale para muitas coisas no desenvolvimento pessoal (ganhar novas habilidades), no desenvolvimento das finanças (afinal a falta de risco representa ganho perto de zero), mas pode ser perigosa em alguns contextos.

 

Suponhamos uma obra de construção civil: em muitos pontos as obras são o caos, por serem feitas sem projetos, mudarem por conta dos clientes ou ideias dos operários, dentre muitas outras situações. Por outro lado, por mais que o caos possa parecer ótimo, afinal chegamos ao fim com uma obra; custos exagerados, desperdício ou mesmo riscos à segurança que podem acontecer ao longo do caminho ou depois.

 

No âmbito pessoal, a antifragilidade precisa fazer parte do interior dos profissionais recém-formados. Eles tiveram uma ótima base e, com ela, precisam aprender a lidar com os desafios da profissão, que envolvem ainda mais habilidades e que a semente está em cada um.

 

EQUILÍBRIO X MOVIMENTO

 

Ao falar de antifragilidade, retomamos uma discussão interessante que apresentamos lá em 2016, onde essa característica tão curiosa estaria associada ao movimento, mesmo que não tenhamos usado esse termo. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, você consegue ler e refletir mais sobre os aspectos de comportamento em relação ao movimento:

 

 

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