Criando uma cidade saudável com hortas comunitárias

Ciência & Saúde


Nas cidades, o crescimento não ocorre ocupando todos os espaços possíveis, exceto nas regiões centrais ou locais extremamente valorizados. Sempre há terrenos de pessoas que nunca mais regularizaram, pessoas que compraram apenas com o objetivo de valorização, vazios por mudanças de planos e muitas outras situações. Esses terrenos podem virar problemas, sendo locais de resíduos descartados incorretamente, acumular insetos e outros vetores de doenças, dentre outros maus usos pelo abandono.

Existe uma boa notícia: é possível transformar alguns desses locais em espaços melhores, envolver toda a comunidade e melhorar todo o bairro. Como isso é possível? Com hortas comunitárias.

https://www.oblogdomestre.com.br/2020/07/HortasComunitarias.CienciaESaude.Alimentos.html
[A satisfação em colher os alimentos por nós cultivados enche as mãos e o coração! Imagem: jf-gabnor/Pixabay]



QUAL O PRIMEIRO PASSO?


Podem ser listados dois passos simultâneos para a criação de hortas comunitárias. Um deles é a possibilidade de utilização de um terreno e a vontade de um grupo de moradores em implementar a horta, pois é necessário trabalho voluntário para começar. Em terrenos completamente desconhecidos, há todo um trabalho para descobrir o contato do(a) proprietário(a). Depois, é necessária a limpeza e roçado, para tornar o lote limpo para poder começar o trabalho.

Em alguns casos, há lotes urbanos que são bem extensos, onde ou a parte próxima da rua, ou mais aos fundos está desocupada. Nesses casos, é possível acordar com o proprietário, por morar naquele local ou ser algum comércio ou instituição, para uso daquele espaço vazio.

DEPOIS, O QUE É NECESSÁRIO?


Como absolutamente tudo, para funcionar, além de vontade e força de trabalhar, é necessário pensar em todos os elementos que compõem as hortas, nutrientes, irrigação, controle de pragas, divisão do espaço – ou seja, em todos os insumos de entrada, os quais serão transformados em vegetais que servirão de alimento nos arredores.

Para o solo, podem ser feitas composteiras nas casas das vizinhanças, lembrando-se de todos os cuidados necessários e juntando o adubo gerado para enriquecer o solo. Também é possível fazer a própria compostagem no local, desde que o material seja revolvido e bem coberto para evitar insetos, em leiras de compostagem.

Pode ser que falte água, por conta de períodos mais secos. Quando existe espaço, pode ser interessante pensar em um sistema simples com uma caixa d’água elevada coletando água de chuva de um telhado próximo, com uma torneira. Também se pode trabalhar com caixa d’água enterrada, na forma de cisterna, desde que o acesso seja feito apenas por adultos, em local isolado.

Para o controle de pragas, é preciso verificar quais técnicas são mais adequadas. Uma delas pode ser o controle biológico, inserindo inimigos naturais naquele espaço. Outras técnicas podem ser o uso de elementos que espantem alguns insetos (como trouxas de fumo) ou preferir espécies mais resistentes, como tomate-cereja.

A divisão do espaço vai depender de quem trabalhar e cuidar da horta, mas há um princípio bem importante: como a alimentação precisa ser bem variada para suprir os nutrientes necessários, não é interessante plantar apenas uma variedade vegetal. Variar as espécies também é uma forma de controlar pragas e melhorar a qualidade do solo, não repetindo o padrão de plantação imediatamente após, com rotação de culturas, num mesmo canteiro.

QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE COM AS HORTAS COMUNITÁRIAS?


O benefício mais imediato é a disponibilidade de alimentos orgânicos. Esses alimentos trazem o que de melhor se pode pensar em sustentabilidade: produção próxima (evitam transporte), nada de agrotóxicos, geração de riquezas para os moradores e melhoria da dieta alimentar.

Pensando mais longe, pode-se refletir sobre aspectos físicos e psicológicos. A existência da horta, por exigir cuidados, leva as pessoas a saírem de casa, tomarem Sol, movimentarem-se. Em momentos fora de pandemia, aquele lote se transforma em praça urbana, reconhecido como ponto de encontro e confraternização. Pelo trabalho ou pela reunião, o indivíduo se sente parte de seu bairro, de sua cidade, e esse senso de pertencimento o faz feliz.



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