‘’A gente banca’’ e o marketing de conteúdo

Variedades


A divulgação de marcas e produtos mudou ao longo do tempo. Ainda existem propagandas tradicionais e que funcionam muito bem, como as de supermercados, por exemplo. Não é preciso convencer alguém que leite condensado ou cerveja sejam bons ou ruins, não é mesmo?

Em contraponto a isso, existem as propagandas de marketing de conteúdo, que inserem a propaganda dentro de um contexto. Um banco continua sendo um banco, mas a propaganda deixa de ser da taxa do empréstimo, mas do que você consegue resolver com o dinheiro que obteve naquele momento. Essa é a ideia que existe na campanha “A gente Banca”, do banco Santander.

 
https://www.oblogdomestre.com.br/2020/05/AGenteBanca.MarketingDeConteudo.Variedades.html
[Projeção da Banca Manicure - Imagem: Divulgação/Santander-Estúdio Pantarolli Miranda]




O PROBLEMA A SER RESOLVIDO


As bancas de jornal estão encolhendo em sua atividade, pois estamos passando por uma transição de papel para digital. No exterior, os grandes jornais já passam por isso e aqui no Brasil não é diferente. Em Santa Catarina, por exemplo, os jornais da NSC Comunicação já se transformaram em portais com assinantes, e no Rio de Janeiro, o jornal O Globo é um dos mais fortes no país na conversão papel-digital.

Segundo dados apresentados no site da campanha, o mercado editorial encolheu 21 % nos últimos três anos. Por trás da retração existem uma série de fatores, como a cultura de leitura no país, algumas crenças políticas e o aumento dos portais digitais de notícias e, bem lá no fundo, existem empreendedores que podem sofrer com essa retração de mercado.

Para que todos esses empreendedores não percam sua fonte de renda e possam enxergar um futuro, a ideia é de fazê-los participar de um processo de transição, dando-lhes novas oportunidades. O microcrédito e alguns critérios a mais, enumerados pelo banco Santander, fariam parte desse novo momento.

COMO FUNCIONA O PROGRAMA DE CRÉDITO “A GENTE BANCA”


Além do ofício de jornaleiro(a), o empreendedor ou empreendedora se compromete a fazer um curso nas áreas de manicure, chaveiro(a), costureira/alfaiate, assistência técnica ou floricultura, precisando comprovar sua participação. Ganhando um segundo ofício, quem faz parte do programa passa a atuar como banca e no segundo negócio, em um espaço conjugado.

O Santander oferece parte do valor do microcrédito em troca de espaço publicitário nos novos negócios, pelo período que durar o pagamento de empréstimo. A reforma de ponto é feita por empresa de Arquitetura indicada pelo banco. Após o fim do empréstimo, cessa a necessidade da publicidade no local.

Como é necessária reforma e é importante obter alvarás e atender aos requisitos de um novo negócio, o empreendedor vai precisar fazer todo esse processo e buscar ajuda, se necessário. Consulta a código de obras e posturas pode ser um passo inicial importante, e essa Lei costuma estar disponível na web.

RESTRIÇÕES PARA PARTICIPAR


Caso o crédito nos moldes apresentados fosse liberado a quaisquer solicitantes, perderia o sentido de ser, que sustenta a campanha. Dessa forma, o(a) empreendedor(a) vai precisar se enquadrar em alguns requisitos:

- Já atuar como jornaleiro(a) há pelo menos seis meses, e não ultrapassar faturamento de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) anuais.
- Ser cliente Santander ou GetNet.
- Fazer parte de uma listagem de cidades atendidas pelo programa Prospera, que possui mil seiscentos e quinze municípios do país. Para outros locais, é necessária análise do banco.
- Conseguir as licenças necessárias e fazer o curso da profissão secundária desejada.
- Limpar o local para a reforma e prover o estoque novo.

As condições para participar foram consultadas ao final de abril de 2020. Podem ocorrer alterações, então é importante ver o material atualizado em: https://santander.com.br/agentebanca. Há, nesse site, o regulamento para participação e um formulário para se inscrever, sendo previsto o prazo de abril de 2021 para o programa acabar.

POR FIM,


Para sair de uma crise, ou para conseguir se manter vivo nos negócios, o banco precisou se reinventar e lançar campanhas com novos formatos, e os empreendedores e empreendedoras talvez precisem buscar ou conciliar novos nichos, como essa campanha propõe. Também vem a lição de que não basta tentar vender um produto sem mostrar o quanto pode ser útil hoje ou no futuro, proposta do marketing de conteúdo.


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