#FicaADica
Em geral, não é só a vida
que possui limitações, mas tudo com o que lidamos. O Universo pode ser algo
infinito, talvez, mas não temos condições de ter certeza absoluta, afinal,
somos limitados.
Mas, mesmo sendo limitados,
conseguimos fazer melhor com o que temos. Para que isso aconteça, é preciso
aprender a estabelecer prioridades, que vamos saber como fazer nas dicas a
seguir:
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[Seria fácil se todas as prioridades fossem definidas pelos semáforos! Imagem: 8385/Pixabay] |
1. QUESTÕES DE SAÚDE
Para questões de saúde,
podemos pensar sob aspectos de tempo e dinheiro também, o que nos ajuda a tomar
decisões melhores. Há muitas pessoas que acreditam não terem tempo para fazerem
exercícios ou mesmo frequentarem uma academia, e deixam de lado todo o ganho de
saúde e bem-estar que isso pode gerar.
Pensando em termos de tempo,
pessoas que fazem exercícios tendem a ter ganhos de disposição, fortalecem a
imunidade contra doenças e infecções, além de terem melhorias na concentração e
raciocínio. Quando crianças e adolescentes, a escola promove parte dessa
prática, mas quando adultos precisamos selecionar horários regulares para
desenvolver atividades físicas.
Do ponto de vista
financeiro, podemos pensar nas paradas do trabalho que deixam de acontecer por
motivos de saúde. Uma pessoa doente, principalmente aquela que é autônoma ou
profissional liberal, perde bastante quando precisa interromper o trabalho para
ficar em casa, então é preciso agir preventivamente, como no caso dos
exercícios.
Pensando no pagamento de uma
academia, que seria outro foco financeiro, é um erro achar que academia custa
caro. Pessoas com problemas respiratórios e que paguem por remédios inaladores,
por exemplo, gastam mais com o remédio todos os meses. Fazer exames e consultas
médicas estando doente também custa bastante – não que não possa vir a ser
necessário, mas cuidar da saúde de forma preventiva e melhor, menos dolorido e
mais gratificante.
2. EMERGÊNCIAS OU RENTABILIDADE
Se você tem um salário,
você precisa definir o que vai gastar, dentro desse valor, com cada finalidade.
A primeira prioridade a estabelecer é não ficar em dívida além de sua
capacidade de pagamento, ou seja, o quanto você recebe por mês, descontando
valores fixos como água, luz, internet, transporte, etc. e descontando também
parcela para investimento.
A segunda prioridade deve
ser a do imprevisto. Para isso, você compõe uma reserva de emergência.
Mesmo que você seja funcionário público e tenha a merecida condição da
estabilidade, você sempre estará sujeito a riscos, como uma grande despesa
inesperada.
A terceira prioridade será
do tipo de investimento, priorizando formas mais rentáveis para objetivos a
longo prazo (como comprar uma casa ou uma viagem) e menos rentáveis apenas para
as contas mais corriqueiras. Você quer fazer o melhor com o que tem, mas não
pode priorizar apenas rentabilidade e ficar sem dinheiro de forma imediata.
3. ESTANDO ENDIVIDADO
Vamos supor que as finanças
entraram em descontrole, porque você gastou demais ou a sua reserva acabou. É
preciso repensar os passos seguintes para não perder ou recuperar a capacidade
de crédito.
Deve-se priorizar dívidas
com serviços essenciais, tais como água, luz e internet (visto que é bastante
necessária para fins de trabalho). Outra prioridade, segundo o portal IG, seria
daquelas dívidas com juros muito altos (como cartão de crédito e cheque
especial) ou que envolvam alienação fiduciária (como imóveis e veículos).
Em situação de dívida,
devem ser prioridades também: reorganizar gastos, reduzindo onde possível;
busca de novas fontes de receita ou venda de bens como veículos ou que estejam
sem uso; portabilidade de empréstimos para bancos com taxas menores. A maior de
todas as prioridades deve ser repensar o equilíbrio financeiro quando toda a
crise passar e trabalhar de forma contínua para se manter bem, sem essa
preocupação.
4. EM TRABALHO
Durante o seu trabalho, em
uma empresa ou mesmo atuando em seu próprio escritório, você vai ter que cumprir
todos os compromissos que assumir ou que seu chefe lhe passar. Mesmo que a
sentença anterior seja quase sempre verdadeira (exceto se sua saúde ou outros fatores
impeçam ou adiem), se você receber três tarefas A, B e C, nesta ordem, não
necessariamente você irá cumprir a A, depois a B e por fim a C.
Em alguns momentos, você terá
de estabelecer o que irá fazer primeiro, ou o destino irá lhe dizer. Se você
for um advogado, o prazo para entrega de um recurso irá direcionar seu trabalho
para aquele processo X, por exemplo.
Outro aspecto pode ser a
rentabilidade. Vamos supor que os trabalhos A, B ou C tenham iguais prazos e
tarefas, mas um gere maior retorno financeiro do que os demais. Você irá ou
fazer um deles primeiro, ou dedicar a maior parte de seus esforços para
entregar o mais rentável primeiro, pois isso irá melhorar seu fluxo de caixa.
A prioridade também pode
ser definida pela responsabilidade. Se você sabe que dada tarefa exige tempo e atenção,
ela pode ser priorizada para evitar problemas no futuro, em detrimento de
atividades mais fáceis e que você consegue fazer em períodos mais ociosos.
Por fim, pensando no contexto
de um comércio ou indústria, há outro critério que determina prioridades. Como
a finalidade desses locais são vendas ou produção, coisas que impeçam isso de
acontecer são itens que se tornam prioritários – como falta de conexão à
internet em máquinas de cartão ou a quebra de uma prensa, por exemplo.
5. ORÇAMENTO INFERIOR
Para o futuro, podemos ter
muitos objetivos, como uma criança que quer ser médica e astronauta...
Brincadeiras à parte, podemos ter objetivos muito grandes e não termos capacidade
financeira para realizá-los todos de uma vez. Com isso, pode ser necessário
definir o que fazer por primeiro e futuras etapas.
No caso de reformas em casas
e condomínios, por exemplo, é possível escalonar as execuções e estabelecer as
prioridades. Por outro lado, esta estratégia só funciona se um profissional
como Engenheiro(a) ou Arquiteto(a) estiver assessorando e fizer projetos completos
até o estágio final.
6. TEMPO DE LAZER
Há quem diga que não possui
tempo para seu próprio lazer ou que tenha dificuldades, o que pode ser uma verdade,
visto que as grandes cidades consomem precioso tempo de quem precisa se
deslocar para trabalho. Fica difícil ter tempo para algum lazer diário se todo
o tempo é esvaído em transporte e, ao chegar em casa, ainda é preciso fazer
tarefas domésticas.
Mas existem os casos de
pessoas que consomem muito tempo em algumas atividades, ou preferem consumir a
maioria de seu tempo com o trabalho. Isso não deve ser encarado como uma regra,
assim como dizer que todo o tempo em casa será de lazer também não será viável.
Cada pessoa precisará escolher como irá gastar seu tempo, para que consiga o
que deseja.
7. PROXIMIDADE COM A FAMÍLIA
A proximidade com a família
é algo que vai além do simples gasto de tempo mencionado no tópico anterior.
Ela pode ser fator decisivo nas escolhas pessoais e profissionais.
Os cursos universitários se
popularizaram nas cidades brasileiras, mas as oportunidades profissionais para
quem deseja vagas de emprego não seguiram a mesma linha. Há quem queira
empreender em sua cidade ou, por vezes, receber salários menores, ou aceite
sair e buscar empregos em outras cidades. Qual a opção melhor? Questão de
prioridade.
Para algumas pessoas, o
salário pode ser o fator decisivo, mesmo que a qualidade de vida no ambiente
urbano ou a distância dos familiares sejam certos. Por outro lado, há quem não
se disponha a sair de onde gosta ou já tenha relacionamento afetivo com alguém
que vá se manter na cidade menor. Nesse caso, não se pode julgar melhor ou
pior, mas quaisquer escolhas geram consequências. É preciso se atentar ao que
será o objetivo pessoal e direcionar as ações.
8. VOCAÇÃO PROFISSIONAL OU ÁREA DE CONCURSOS
Não adianta querer ter
todas as profissões ou querer fazer toda a sorte de concursos públicos. No caso
dos concursos, há semelhança entre provas e conteúdos pedidos, principalmente por
uma mesma promotora, para uma mesma profissão. Como o tempo de estudo necessário
é maior do que o anúncio e a prova, e leva tempo, custos com inscrição, aulas,
cursinho... a chance de aprovação (e de não frustração no futuro) aumentam para
uma profissão escolhida com maior foco.
Outro item a pensar é
justamente no não fazer por fazer. Fazer prova por experiência é desnecessário,
visto que provas anteriores são disponibilizadas na web, inclusive com gabaritos.
Deve-se priorizar tentativas com o real intuito de assumir a função. A pessoa
que faz por experiência está aumentando a pressão psicológica nos demais por
ser um número a mais nos inscritos.
Saindo dos concursos e
pensando na vida profissional, você pode escolher mais de um desdobramento de
sua profissão, mas nem todos terão como assumir profissões distintas, sendo uma
escolha possível, mas difícil. Outra opção
interessante pode ser fazer primeiramente um curso técnico e, quando estiver
mais centrado(a), sabendo o que se quer, escolher um curso de graduação.
9. ESPAÇO EM CASA
Casas estão tendo cada vez
menor espaço, por conta da valorização do mesmo e da redução das famílias. Com
espaços menores, torna-se necessário priorizar o que irá ocupar cada local,
quase em um encaixe cirúrgico.
Mas mesmo em casas grandes,
quando se guarda muito, fica difícil mexer com os pertences, ou mesmo saber que
os possui. Coleções podem existir, mas quem as possui precisa saber das demandas
de espaço e cuidado necessárias, pois amontoar coisas sem organização não é
colecionar.
Para manter o espaço em
casa, é preciso ver o que realmente precisa permanecer por algum tempo. Panfletos,
por exemplo, só até o vencimento e documentos enquanto o Leão venha a pedir.
Livros, enfeites e outros itens que ficam mais tempo precisam ser pensados
também quanto às prioridades das pessoas. Claro que, se você gosta de um
enfeite e chega alguém dando apelidos ou te mandando descartar, você não vai
gostar.
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