Ciência & Saúde
A sustentabilidade, conforme já abordado
aqui no Blog do Mestre, é composta pelos pilares econômico, social e ambiental.
Pensar em sustentabilidade é repensar em tudo o que se faz no dia-a-dia, nas
atividades econômicas envolvidas e nas pressões sobre o Meio Ambiente.
[Imagem: Construir Sustentável] |
Sendo assim, é muito importante adequar a
realidade da construção civil a práticas mais sustentáveis. Isso porque,
durante a concepção e construção há demanda alta por energia e matérias-primas,
intervém-se fortemente no local de implantação e gera-se quantidades grandes de
resíduos na forma de entulho ou ainda desperdício incorporado (veja mais nos
posts sugeridos). Também é importante ressaltar a influência da construção na
operação, onde casas não adaptadas corretamente às condições bioclimáticas
locais podem gerar, entre outras consequências, maiores consumos energéticos
para aquecimento ou resfriamento.
Para a construção como um todo ser mais
sustentável, é preciso conscientizar pessoas: o usuário de como operar
compostagem, separação de resíduos sólidos ou outras práticas (desde que esteja
disposto); o empregador a não estimular o trabalho informal e adquirir
materiais e componentes de boa qualidade; o empregado quanto à importância de
construir com prumo, alinhamento e boas práticas construtivas.
Também é preciso conceber projetos de
produto (arquitetônico, instalações, estrutural) e de processo (paginação de
revestimento cerâmico, formas, etc.) que se adequem ao local de implantação,
seja pelas técnicas construtivas empregadas como pela arquitetura alinhada ao
posicionamento solar e de ventos (bioclimática).
Há diversas estratégias a serem usadas para
tornar uma edificação mais sustentável, sendo que algumas exigem mais recursos
materiais e financeiros, enquanto outras se resolvem apenas com um projeto
arquitetônico bem pensado. Portanto, ao projetar residências de pessoas de
menor poder aquisitivo, o que for compatível com o orçamento deve ser adotado.
Um exemplo importante pode ser o uso de um ar condicionado: se a edificação não
é eficiente, numa possível ascensão econômica, quem antes usava ventilador irá
usar condicionamento, e o consumo energético será maior.
Para edificações residenciais e comerciais,
há certificações por órgãos e entidades de renome que atestam se uma edificação
pode ser dita sustentável e até estabelecem níveis de sustentabilidade.
Certificar pode ser algo caro, mas há um lado bom nessa história. Certificações
como o selo 'Casa Azul' da Caixa ou o Processo 'Aqua' da Fundação Vanzolini
produzem manuais para os interessados em certificar, onde as mais diversas
estratégias de sustentabilidade estão apresentadas e explicadas, servindo como
um guia na busca de edificações mais sustentáveis.
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