Lavida, Sagitar, Magotan e outros VWs chineses

 Carros

 

Aqui no Brasil, estamos acostumados a ver alguns poucos modelos de grandes marcas, como VW e Fiat, para cada categoria de automóvel. É curioso ver que na China existem modelos diferentes e até os nomes conhecidos no Brasil batizam outros modelos. Vamos saber mais por que isso acontece?

 

[VW Lavida, exclusivo do mercado chinês. Imagem: Conexão Automotiva | Reprodução]

 

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COMO A VW FUNCIONA NA CHINA?

 

Na China, o funcionamento da VW ocorre de forma diferente de outros países. Por lá, ela tem três parceiras: SAIC, FAW e JAC. Por meio dessas parcerias, ela se tornou uma das mais fortes marcas ocidentais na China, chegando a somar, com as três empresas, mais de um milhão de automóveis vendidos em um semestre.

 

Isso foi possível porque, nos anos 1970, o governo chinês passou a permitir joint ventures. A VW foi rápida a partir dessa possibilidade, e viu um mercado que permite vender com volume e menores custos de produção.

 

As parceiras têm modelos próprios e rede de concessionárias própria. A cada novo modelo de sedã lançado com uma parceira, outro VW sedã é lançado na outra.

 

VÁRIOS SEDÃS NA CHINA

 

Enquanto não ouvimos falar em Santanas novos no Brasil, no máximo o táxi do Agostinho Carrara,  ainda existem modelos chamados de Santana lá na China. Além disso, existem também:

 

• New Jetta: assim como o Jetta, coexiste com o Santana e é um modelo de entrada. Existem as versões hatch Grand Santana e Grand Lavida e as aventureiras Cross Santana e Cross Lavida.

• Lavida e Bora: Lavida e Bora são intermediários entre sedãs compactos e médios. Há a versão mais tradicional, a Lavida Classic.

• Lamando e Sagitar: o nome Jetta batiza um carro menor, então o Jetta brasileiro é o Sagitar. O Lamando é um esportivo cupê de quatro portas.

• Magotan e Passat: o modelo adotado nos EUA como Passat recebe esse mesmo nome na China, enquanto o Magotan é correspondente à versão brasileira.

• CC, Phantom e Phideon: CC e Phantom são os mesmos que são vendidos na Europa. Já o Phideon é um modelo autenticamente chinês da joint venture SAIC-VW.

 

[VW Lamando. Imagem: Motor1 | Reprodução]

 

[VW Magotan. Imagem: Car Blog | Reprodução]

 

[VW Phideon. Imagem: Carscoop | Reprodução]

 

JETTA COMO MARCA

 

Além da VW e outras marcas do grupo, Jetta acabou se tornando uma marca popular lançada na China. Em reportagem do g1, do Salão do Automóvel em Xangai, foram mostrados dois SUVs (Jetta VS5 e Jetta VS7) e um sedã (Jetta VA3) dessa nova marca.

 

NOVAS DINÂMICAS NO MERCADO CHINÊS

 

Em 2024, uma notícia fez mexer o mercado automobilístico chinês. Se desde os anos 1970, a VW nadava em águas límpidas na China e era líder desde 2008 (de antes não existem dados abertos), em 2023 a BYD se destacaria muito e chegaria a liderar as vendas na China.

 

Outras marcas, como Toyota e Honda, também caíram. A empresa chinesa Chongqing Changan Automobile cresceu em vendas, mas na participação de mercado, manteve-se estável.

 

Isso se deve a vários fatores, como novos modelos elétricos como o Bao 5. As empresas chinesas conseguem fazer bons modelos elétricos a custos acessíveis. E a empresa não parou por aí: no Brasil, instalou uma fábrica onde ficava a Ford na Bahia, e também aparece bastante pelas ruas brasileiras, com modelos elétricos e híbridos.

 

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