Que tal ir para o Palácio Cruz e Sousa?

 Viagem

 

Quem deseja visitar Florianópolis pode curtir vários destinos naturais e locais históricos. Um deles é o Palácio Cruz e Sousa, ou Museu Histórico de Santa Catarina. Ao longo deste post, vamos ver alguns atrativos e por que vale a pena visitar esse local.

 

O acesso do museu pelo visitante

[Uma das fachadas do Palácio Cruz e Sousa. Imagem: O Blog do Mestre]


 

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QUEM FOI CRUZ E SOUSA?

 

O homenageado no Palácio Cruz e Sousa é um famoso poeta desterrense (Desterro é antigo nome de Florianópolis). João da Cruz e Sousa nasceu em 24 de novembro de 1861 e era filho de Guilherme e Carolina Eva da Conceição, que eram negros libertos.

 

Se você observou, o nome do poeta não vem de seus pais. Justamente os antigos patrões de seus pais - Marechal Guilherme Xavier de Sousa e Clarinda Fagundes de Sousa - é que o mantiveram sob proteção após a alforria de todos, e o sobrenome veio do ex-patrão.

 

Cruz e Sousa foi um expoente da Literatura Nacional. Ele ficou conhecido como um dos grandes nomes do Simbolismo, escola literária que sucedeu e quebrou os padrões do Realismo e Naturalismo. Tudo começou no Brasil com "Missal" e "Broquéis" (1893), obras de Cruz e Sousa que marcaram o começo nacional do Simbolismo, já presente na Europa, e que perduraria até após a morte do poeta, com o pré-modernismo em 1910.

 

O QUE ERA O PALÁCIO ANTES DE SER MUSEU?

 

Antes de ser um museu, o Palácio Cruz e Sousa sediou o governo estadual de Santa Catarina, por muitos anos. É um prédio histórico, muito bem localizado, em frente à Praça XV, no Centro de Florianópolis, porção insular da cidade.

 

A CRIAÇÃO DO MUSEU

 

O Museu Histórico foi primeiramente sediado em outro endereço histórico, a Casa da Alfândega, e criado em 02 de março de 1979.

 

Já em 1984, um decreto estadual tombou o Palácio Cruz e Sousa como patrimônio Histórico. Dois anos após, em 1986, outro decreto promoveu a transferência do Museu para o palácio.

 

COMO VISITAR?

 

A visitação é livre. Agendamentos são pedidos apenas para grandes grupos, como escolas.

 

O horário normal de visitação é de terça a sexta, das 10:00 às 18:00, sendo fechadas as portas às 17:00 - o que permite visitar nessa hora restante. Nos sábados, o horário é das 10:00 às 14:00.

 

Domingos e feriados não têm horário de abertura previsto. Exceções podem acontecer e são divulgadas no site do museu.

 

O QUE ENCONTRAR POR LÁ?

 

No acesso, a sala de portaria traz informações e o visitante registra sua estadia. Esse registro pode ser na lista física, por livro, ou num formulário virtual.

 

Nela também existe uma bela maquete do navio Seival. Ele relembra uma das interseções da História do RS e SC com o movimento Farroupilha.

 

Numa sala ao lado da portaria, há um guarda-volumes, e um espaço fixo sobre o poeta Cruz e Sousa. Nesse espaço é contada a história do escritor e ficam depositadas suas cinzas numa urna de madeira.

 

Outra sala ao lado da portaria corresponde ao que se esperaria como acesso principal do edifício. A imponente porta de madeira que certamente era o acesso principal da edificação, com o museu aberto, possui uma vitrine em vidro, demonstrando que outra sala, à direita se vista da rua, é o acesso atual.

 

Alguns bustos e o pé-direito imponente chamam a atenção. Boisseries, detalhes em pedra, balaústres e um forro entalhado são muito bonitos. Infelizmente, quando nossa redação esteve em abril de 2025, o pavimento superior estava em obras, sendo restrito o acesso.

 

Ambiente interno do museu

[Interior do Palácio Cruz e Sousa. Imagem: O Blog do Mestre]


 

Diferentemente de alguns museus, não se sugere um roteiro de circulação no museu. O passeio é livre e pode ser aproveitado como o visitante preferir.

 

Numa das salas é exposta uma coleção de Numismática: várias moedas brasileiras estão numa bancada envidraçada, com fichas mostrando o ano e nome da moeda. Para quem quiser saber mais das moedas do museu, também existem um link e QR code para download de um arquivo pdf com detalhes da coleção.

 

Coleção de numismática do MHSC

[Coleção de Numismática do Palácio Cruz e Sousa. Imagem: O Blog do Mestre]


 

EXPOSIÇÕES

 

Também existem exposições temáticas no museu. Uma delas, que ocorreu em 2024 e 2025, falava dos primeiros e conturbados anos da República, onde havia dois grupos: um buscava um governo central mais forte e poderoso, enquanto outro imaginava estados mais independentes.

 

Em fevereiro de 1893 foi deflagrada a Revolução Federalista no Rio Grande do Sul. Mais tarde, em setembro, a Armada (Marinha do Brasil) cercou e bombardeou a Capital Rio de Janeiro, iniciando a Revolta da Armada.

 

No meio do caminho estava Florianópolis. O Palácio Cruz e Sousa foi sede do governo provisório dos Estados Unidos do Brasil. Passado o movimento contrário ao presidente da República Federativa do Brasil, após conflitos sangrentos, o nome de Nossa senhora do Desterro mudaria para Florianópolis, e com essa mudança, várias ruas ganhariam novos nomes, em ritmo ainda mais acelerado do que depois da República.

 

SALÃO DE EVENTOS E EXIBIÇÃO DE FILMES

 

Há uma sala multimídia para exibição de vídeos e filmes. Há um televisor, de porte residencial, que exibe filmes ou documentários de cunho histórico. Dentro da exposição do federalismo, por exemplo, foi exibido "Desterro, o filme" (1992), com roteiro e direção de Eduardo Paredes.

 

COMO SE PORTAR COM OS OBJETOS?

 

Como vários museus, alguns objetos permitem o manuseio e outros não. É muito importante conferir as prescrições em placas próximas a eles para saber como se portar corretamente. Na dúvida, como alguns objetos são sensíveis, melhor não arriscar.

 

SAÍDA E ESPAÇOS DE VIVÊNCIA

 

Alguns espaços externos ao museu são livres para o público também. Nesses espaços, é possível sentar e conversar, e vivenciar a vibe do centro de Florianópolis.

 

Parte das portas do museu fica aberta para ventilação e iluminação, mas não são acessos públicos. Os guardas do museu podem liberar a saída quando estiverem próximos a essas saídas secundárias.

 

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