Algumas palavrinhas e expressões da Língua Portuguesa (49) - especial Museu da Gente Ser-gipana

Língua Portuguesa

 

O Museu da Gente Sergipana, localizado em Aracaju - SE, traz diversas curiosidades e muito da história do povo sergipano. Linguagem é um elemento cultural lá apresentado, inclusive com palavras do vocabulário local, sendo que algumas delas você pode conferir a seguir:

 

[Vista noturna do Museu da Gente Sergipana, onde vimos as palavras que descobriremos hoje. Imagem: Blog da Laredo Urbanizadora]

 

DEPOIS, VOCÊ PODE LER TAMBÉM

» CORUSQUE

 

» MAGAREFE

 

» DERROTA

 

DIVERA

 

Algo que realmente aconteceu, de fato, quando a pessoa lembra daquilo.

 

PAPOCAR

 

No sergipanês, é o mesmo que pipocar ou fazer ruído de estouro ou estrondo.

 

BREFÁIA

 

Sabe aquela limpeza de final ou começo de ano? Ela é feita para tirar toda aquela brefáia, isto é, todos aqueles bagulhos, porcarias, coisas velhas.

 

JUNIR

 

Todo jogador de vôlei ou basquete é treinado nisso! Junir é arremessar, jogar com a mão.

 

AFOLOZADO

 

Aquele sapato velho acaba sempre afolozado: folgado, gasto.

 

RUMAR

 

Se os jogadores sabem junir, também sabem rumar. Rumar é arremessar, atirar, jogar.

 

BOGA

 

Queimaduras ou doenças podem causar bogas na pele. Bogas são bolhas.

 

BIGU

 

Para caminhoneiros e nas cabines de ônibus interestaduais, bigu é algo proibido. Bigu é carona, ou pode ser algo mais genérico, alguma coisa.

 

FOLÓ

 

Algo foló ou folote é frouxo, folgado, largo.

 

PÁ

 

Pá é outro nome para o osso omoplata.

 

TEIÚ

 

O teiú é um pequeno lagarto com manchas negras.

 

QUENGO

 

Diferentemente da gíria nacional de quenga para mulher-da-vida, quengo não é a versão masculina. Em Sergipe, é um sinônimo de cabeça ou juízo.

 

XEXÉU

 

Supla é um xexéu, sabia?! Esse adjetivo serve para falar de sujeitos com o cabelo arrepiado.

 

CONCHO

 

Para um sujeito concho não há tempo ruim. É confiante em si, vaidoso.

 

PRAIO

 

Praio é uma ferramenta para manusear canos e roscas.

 

RODILHA OU RUDIA

 

Uma rodilha ou rudia é um espiral de pano enrolado na cabeça para carregar pote ou lenha. Essa prática era bem comum quando as pessoas não usavam outros utensílios com alça, principalmente mulheres no meio rural.

 

ASA-BRANCA

 

Famosa nas canções de Luiz Gonzaga, a Asa-branca (Patagioenas picazuro) é um pombo nativo da América do Sul. Apesar do nome, não é branca. Ela vive em campos, cerrados e bordas de florestas e é encontrada também em centros urbanos. Alimenta-se de sementes e grãos.

 

A PULSO

 

Nem tão expressão, a pulso significa na marra, à força.

 

AFOFAR

 

Falando em atividades mais intensas e violentas, depois de ir a pulso, afofar é bater muito em alguém até deixar fofo.

 

BRÔCA

 

Uma pessoa brôca é esquecida, com a memória fraca.

 

BUCHA

 

Talvez você já tenha ouvido falar em bucha, mas não com esse significado. Consiste em comida que alimenta pouco e é indigesta.

 

JABIRACA

 

Pode ser algo ruim ou não: é uma mulher antipática ou pode ser o nome de um lenço usado no pescoço.

 

MATURI

 

Maturi é uma castanha-de-caju ainda verde e em formação.

 

PINDOBA

 

Da palha da palmeira nativa pode ser retirada a pindoba, que é uma fita.

 

PUBA

 

Presente na culinária, a puba é uma massa de mandioca fermentada ou polvilho azedo.

 

KIMAR

 

Podes pensar num mandamento de não kimar a comida do próximo. Na casa, restaurante ou hoje nas redes sociais, kimar é desejar a comida de outra pessoa.

 

ARUPEMBA

 

Da taquara, com tiras finas, pode ser feita artesanalmente uma peneira chamada de arupemba.

 

CABELUDO

 

A palavra é conhecida por aí, mas em Sergipe ganha outro sentido. Cabeludo é um pão doce finalizado com uma cocada.

 

GABIRU

 

Um gabiru pode ser um rato escuro e grande. Quando se fala de gente, seria aquele aproveitador, espertalhão.

 

SOTA-SERENA

 

Bom conferir o contexto, pois sota-serena expressa algo muito bom ou muito ruim.

 

PAPEIRA

 

Papeira é um sinônimo de caxumba.

 

SUMÍTICO

 

Pode ser um sujeito mítico, mas pela vontade de não gastar em nada. O sumítico é avarento, pão-duro.

 

TESAR

 

Ação ou ato de tesar. Opa, não é um dicionário. Tesar é insolência, provocar a alguém com cinismo.

 

TORROIO

 

Branca de neve e os sete torroios... Um torroio é uma pessoa considerada de baixa estatura.

 

APOIS

 

Essa é uma expressão famosa até fora do Nordeste como sendo local. Indica concordância ou descrença.

 

ATUFAIAR

 

Atufaiar é abarrotar; atochar; encher; introduzir; meter.

 

CABRA

 

Um cabra é qualquer indivíduo; seja ele destemido, provocador ou valentão.

 

IMBUZADA

 

Outra iguaria, é um suco de umbu preparado com leite.

 

MARRAIA

 

A marraia é uma bola de marraio, bola de gude ou de vidro usada pelas crianças para brincar.

 

PRACATINHA

 

Outro nome bem conhecido até de fora de Sergipe, trata-se de sandália de couro cru.

 

ROLETE

 

Um rolete é um pedaço de cana descascada e cortada em rodela.

 

CHABU

 

Você também já deve ter ouvido falar em chabu, mas aqui também é algo bem específico. Trata-se de uma falha na explosão de fogos de artifício.

 

COLOIO

 

É muito parecido com seu significado, de conluio ou cumplicidade.

 

JANTE

 

Na jamanta ou outro veículo, a jante é a roda metálica que dá sustentação ao pneu.

 

MANJA

 

É uma brincadeira também conhecida como

esconde-esconde ou pega-pega. Nesse caso, o especialista em pega-pega na verdade manja de manja.

 

SESTRO

 

Nem sempre é bom ter sestros. Trata-se de cacoete, hábito, mania, vício.

 

QUE OBJETO SERÁ ESTE?

 

Dizem que uma boa quinanga ajuda mesmo. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, descubra o que essa e outras palavras significam:

□

 

E AINDA MAIS PARA VOCÊ:

👉 QUINANGA

 

 

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