Ciência & Saúde
Ao longo deste ano, vimos um despontar dos casos da febre Oropouche. O que é essa doença? Como a gente pode se prevenir?
[Infestação de mosquito maruim ou pólvora. Imagem: Estado de Minas | Reprodução] |
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O QUE É A FEBRE OROPOUCHE?
De acordo com o Ministério da Saúde, Oropouche é uma doença advinda de um arbovírus - tipo de vírus transmitido por artrópodes - gênero Orthobunyavirus, família Peribunyaviridae. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) foi isolado, no Brasil, pela primeira vez, em 1960. Foi possível isolar o vírus, nessa oportunidade, examinando-se uma amostra de sangue de um bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturado durante a construção da Belém-Brasília.
COMO OCORRE A TRANSMISSÃO?
Para pensar na transmissão, há dois elementos: o vetor (aquele que leva o vírus de um ser a outro) e o hospedeiro (aquele que armazena o vírus e é afetado por ele. Com esses dois elementos, a transição pode ser:
× Em ciclo silvestre: bichos-preguiça, primatas não humanos, com possibilidade de roedores e aves silvestres, são os hospedeiros. O vetor é principalmente o mosquito maruim ou mosquito-pólvora (Culicoides paraensis). Houve registro de outras espécies, como Aedes serratus (do Pará) e Coquillettidia venezuelensis (de Trinidad), por exemplo, mas em menor número de casos.
× Em ciclo urbano: seres humanos são hospedeiros, enquanto o principal vetor segue sendo o maruim, também com pequena participação de outros insetos como o Culex quinquefasciatus.
QUE SINTOMAS APARECEM?
Eles são muito parecidos com os da dengue e outras arboviroses, tais como dor muscular, dor de cabeça intensa, náusea e diarreia. Se os sintomas são parecidos, há um desafio a mais para os profissionais de saúde, que precisam estar alertas aos ciclos de endemias na sua região. Além disso, cabe ressaltar que o diagnóstico definitivo é por exame laboratorial.
Existem outros sintomas possíveis. Uma pessoa com Oropouche pode ter fotofobia (intolerância à luz), tontura, dor atrás dos olhos, calafrios e vômitos.
FALANDO MAIS DO DIAGNÓSTICO
A febre Oropouche possui um potencial epidemiológico alto, o que faz com que os profissionais de saúde tenham que notificar o governo compulsoriamente diante de um caso. A ideia é conter ameaças à saúde pública.
O diagnóstico deve ser feito por três formas. Ele é clínico, epidemiológico e laboratorial.
E COMO É O TRATAMENTO?
Não existe medicação ou outra forma específica de tratamento. O médico vai prescrever tratamento sintomático e indicar o repouso.
Esse tratamento vai incluir medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios. Nos casos graves da febre de Oropouche, o médico poderá prescrever uma terapia antiviral com o fármaco ribavirina.
PARA A PREVENÇÃO
Algumas recomendações existem, como as que trouxemos do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Ceará:
× Sempre que souber de um local crescente em casos, evite-o. As informações sobre o tema vão sendo divulgadas na mídia. Além disso, você pode cuidar quanto a proximidades de plantações e beira de rios, principalmente no início da manhã e final de tarde, períodos quando o mosquito está mais ativo.
× Use roupas que cubram mais o corpo e aplique repelente onde a pele ficar exposta. Prefira sapatos fechados. Cuidado redobrado se você for gestante.
× Deve-se prezar pela limpeza dos locais, removendo entulhos e mato em terrenos baldios, sujeira onde há animais de estimação e a retirada de folhas e frutos caídos no chão e o não acúmulo de lixo.
× Fixe caixilhos ou por adesivos uma tela de malha fina (fibras menores do que 2 mm) em portas e janelas.
Seguindo essas dicas, você garante uma condição mais segura quanto à Oropouche.
A FEBRE OROPOUCHE FOI DESCOBERTA AGORA?
Não! A febre do Oropouche não é uma doença nova, mas o vírus, que era mais comum na região Norte, está atingindo outros estados do Brasil. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul. As razões para a transmissão do vírus ter chegado em outros estados ainda estão sendo investigadas, assim como a possibilidade de transmissão vertical (mãe para filho).
Em 2024, foram registrados 7.236 casos de febre do Oropouche, em vinte estados brasileiros, sendo a maior parte deles no Amazonas e Rondônia. Nos possíveis casos da transmissão vertical, busca-se verificar se um aborto espontâneo e anomalias congênitas como a microcefalia possuem relação com essa arbovirose. Ministério da Saúde e Secretarias estaduais trabalham nesse sentido.
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