Entenda a Sindrome de Guillain-Barré

Saúde

 

Você já pode ter ouvido falar sobre a síndrome de Guillain-Barré, ou de alguém que é portador. Mesmo assim, sempre é importante saber mais sobre esse assunto para saber como lidar em caso de diagnóstico seu, de familiares ou de amigos.

 

O que seria essa síndrome? Aprenda mais neste post

[Existe relação entre o sistema nervoso e a Síndrome de Guillain-Barré. Imagem: Anna Shvets / Pexels | Reprodução]


 

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O QUE É A SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ?

 

Na síndrome de Guillain-Barré, ocorre um distúrbio autoimune, isto é, o sistema imunológico da própria pessoa ataca parte do sistema nervoso. Esse ataque ocorre nos nervos que conectam o cérebro a outras partes do corpo.

 

A síndrome de Guillain-Barré não surge por si só, sendo, em geral, provocada por algum processo infeccioso anterior, como por Campylobacter (de diarreia). Ocorre fraqueza muscular, com redução ou ausência de reflexos.

 

A fraqueza não envolve apenas músculos de membros e redução da força física, mas enfraquecimento de músculos como alguns dos responsáveis pela respiração e batimentos cardíacos. Pode surgir a necessidade de respiração mecânica e até ocorrer paralisia.

 

       DOENÇA RARA

 

 A síndrome de Guillain-Barré é considerada uma doença rara. Os sintomas podem variar entre pessoas e parecerem comuns, dificultando o diagnóstico.

 

 Existe sofrimento aos portadores e suas famílias. Uma doença rara é geralmente crônica, progressiva e incapacitante. Pode também ser degenerativa e levar à morte. Outro fator é a ausência de cura, com tratamento que visa amenizar os efeitos em busca de maior qualidade de vida.

 

 Doenças raras afetam até sessenta e cinco pessoas num grupo de cem mil. De um número estimado de seis a oito mil doenças raras no mundo, 80 % seriam de fatores genéticos e o restante de causas diversas (ambientais, infecciosas, imunológicas, etc.). Como vimos, a síndrome de Guillain-Barré se enquadra nesse grupo de 20 % das causas diversas.

 

       TIPOS DE SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

 

Existem alguns tipos de síndrome de Guillain-Barré, que variam segundo a intensidade dos sintomas. Entre as subdivisões da síndrome, existe a de Miller-Fisher, a neuropatia motora axonal aguda, a polirradiculoneuropatia desmielinizante inflamatória aguda (AIDP) e a neuropatia sensório-motora axonal aguda, dentre outras.

 

       QUAIS AS CAUSAS?

 

As causas podem envolver processos infecciosos de doenças anteriores, como:

 

× Infecção pela bactéria da diarreia (Campylobacter).

× Mycoplasma pneumoniae.

× Zika vírus.

× Vírus Epstein-Barr.

× Dengue.

× Chikungunya.

× Citomegalovírus.

× Influenza A.

× Enterovírus D68.

× Hepatites (A, B e C).

× Sarampo.

× HIV.

 

Muitos vírus foram temporariamente associados à síndrome de Guillain-Barré. É difícil comprovar a causalidade da doença.

 

       DIAGNÓSTICO

 

 Para diagnosticar a doença é feita a análise do líquor (líquido cefalorraquidiano) e exame eletrofisiológico.

 

       QUE SINTOMAS A SINDROME TRAZ?

 

O primeiro sintoma nos pacientes é a sensação de dormência ou queimação nas pontas dos membros inferiores (pés e pernas). Depois ocorre nos superiores, em mãos e braços.

 

Em cerca de 50 % dos casos ocorre dor neuropática lombar (em nervos, medula na coluna ou cérebro) ou nas pernas. A fraqueza progressiva, também chamada de muscular ascendente, ocorre desde os membros inferiores, passando a atingir braços, tronco, cabeça e pescoço.

 

Ocorre a redução ou ausência de reflexos. Nos casos mais graves, há paralisia geral dos quatro membros. Outro caso grave é quando os músculos respiratórios são acometidos, o que pode levar à morte em função da perda do coração e do pulmão.

 

Outros sintomas e sinais podem ser citados:

 

× Alteração do nível de consciência.

× Confusão mental.

× Tremores.

× Crise epiléptica.

× Visão dupla.

 × Fraqueza facial.

 × Sonolência.

 × Tono muscular reduzido ou perdido.

 

É importante procurar auxílio médico para que seja verificada a condição clínica do paciente. Em 5 a 15 % dos casos diagnosticados há evolução para óbito, após insuficiência respiratória, embolia pulmonar, pneumonia aspirativa, arritmias cardíacas e sepse hospitalar.

 

COMO É O DIAGNÓSTICO?

 

Justamente para se ter certeza da condição de portador da Síndrome de Guillain-Barré, é necessário o diagnóstico. Ele é feito por exame eletrofisiológico, eletroneuromiografia e análise do líquido cefalorraquidiano (LCR).

 

Mais exames podem complementar. Alguns exemplos são eletrocardiograma, velocidade de condução nervosa e exames de função pulmonar. Exames de imagem do crânio e da coluna e medula ajudam a excluir outras doenças que possam estar gerando sintomas parecidos.

 

As doenças que causam déficit motor podem ser autoimunes e neuropatias. Poliomielite e botulismo são exemplos.

 

EXISTE TRATAMENTO?

 

Sim, existe tratamento pelo Sistema Único de Saúde, o SUS. São inclusos os procedimentos, diagnósticos clínicos e medicamentos.

 

Há cento e trinta e seis centros especializados no Brasil, além do atendimento em hospitais convencionais.

 

Esse atendimento ocorre apenas na fase aguda da doença e é indicado pelo médico, visando reduzir complicações e déficits neurológicos com o passar do tempo. Há opções no SUS como imunoglobina intravenosa (IgIV) e transfusão do tipo plasmaférese.

 

Caso o diagnóstico demore, pode ocorrer impacto nos músculos da face e da respiração. Nesse caso, o SUS fornece ventilação mecânica no atendimento porque passa a ser necessária.

 

A fisioterapia pode ajudar os pacientes com síndrome de Guillain-Barré. Esse recurso ajuda muito por conta da perda de força muscular causada por ela.

 

FALANDO EM BOTULISMO

 

O botulismo pode trazer consequências mais sérias. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, entenda melhor sobre essa doença e como prevenir:

 

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