História
A Revolução Acreana foi um dos conflitos brasileiros que influenciou nos limites geopolíticos do nosso país. Iremos entender melhor como tudo aconteceu e como chegamos ao que hoje é conhecido como estado do Acre.
[Bandeira do Acre hasteada. Imagem: Conexão123 | Reprodução] |
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O TRATADO DE AYACUCHO OU TRATADO DA AMIZADE
Em 27 de março de 1867, o Imperador Dom Pedro II, do Brasil, e o Presidente General Mariano Melgarejo, da Bolívia, assinaram o Tratado de Ayacucho. Ele foi selado mais tarde, em 23 de novembro de 1867.
Após tratados como o de Madrid e o de Tordesilhas, o Tratado de Ayacucho mudava os limites geopolíticos dos tratados anteriores e demarcava as fronteiras com a Bolívia. Essas fronteiras chegavam às regiões do Acre (com o Acre sendo boliviano), Rondônia e parte do Amazonas, até o Rio Madeira, próximo à cidade de Humaitá (AM).
A PRODUÇÃO SERINGUEIRA E A REVOLUÇÃO ACREANA
Mudanças aconteceram no Acre e em todo o Brasil nos anos seguintes. O Brasil se tornaria uma república e o Acre, assim como outros estados do Norte brasileiro, como Pará e Amazonas, entraria no ciclo da borracha.
Havia um fluxo muito grande de brasileiros (principalmente nordestinos) que foram se aventurar na Amazônia e buscaram trabalho nos seringais. Com o crescimento da produção seringueira no final do século XIX, também ocorreu um processo de expansão dos seringais para atender as demandas do mercado interno e externo.
Após o tratado de Ayacucho, em 1970, chegou a haver vinte mil brasileiros nos seringais. Eles passaram a trabalhar para empresários amazonenses e paraenses. Observe-se que era um território boliviano, mas explorado comercialmente por brasileiros.
Como a Bolívia era quem tinha o Acre como território, ela concedeu a exploração dos seringais a uma empresa privada, a Bolyvian Sindicate. Isso aconteceu em 17 de dezembro de 1901.
O interesse econômico dos empresários seringueiros brasileiros (os barões da borracha) impulsionou a ideia de anexar o Acre ao Brasil. O caudilho gaúcho José Plácido de Castro, apoiador dos empresários, montou um exército de seringueiros, chamados de forma compulsória.
Esses seringueiros trabalhavam a baixos salários e pagavam preços exorbitantes pela comida. A revolução não partiu deles, não foi um movimento popular.
Plácido de Castro e seus homens ocuparam o Mariscal Xucre (atual Xapuri), em 06 de agosto de 1902. Mariscal Xucre era ocupada por bolivianos.
Esse foi o marco do começo da Revolução Acreana. Também foi destituído o intendente boliviano Dom Juan de Dios Barretos.
A revolução se estenderia até 24 de janeiro de 1903. Houve a tomada de Puerto Alonso.
O TRATADO DE PETRÓPOLIS
Em 17 de novembro de 1903, veio o Tratado de Petrópolis. Nesse tratado, as fronteiras entre Brasil e Bolívia foram revistas e o Acre foi cedido ao Brasil.
Foram incorporados 181.000 km² de território ao Brasil. Em troca, a Bolívia recebeu 723 km sobre a margem direita do Rio Paraguai; 116 km sobre a Lagoa do Cárcere; 20 km sobre a Lagoa Mandiré e 8,2 km sobre a margem meridional da Lagoa Guaíba.
INDENIZAÇÃO E CONSEQUÊNCIAS
Esses termos não foram a única consequência ao Brasil. Foi necessário pagar dois bilhões de libras esterlinas a título de indenização.
O governo brasileiro também assumiu o compromisso de construir a estrada Mad Maria, em território brasileiro, para unir Santo Antônio da Madeira a Vila Bela, na confluência dos rios Beni e Mamoré. Essa estrada facilitaria o escoamento da produção boliviana de borracha.
E A BANDEIRA DO ACRE
Aqui trouxemos um pouco da história do Acre. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, você pode conferir outro elemento de destaque no estado e seu significado, que é a bandeira estadual:
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👉 Significado da bandeira do Acre
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