O que fez Arnaldo Jabor?

 Biografias

 

Um grande nome nas crônicas do jornalismo e do cinema nacional nos deixou em 2022. Arnaldo Jabor foi um nome que fez história em nosso país, e você, sabe como tudo aconteceu? Nesta postagem, iremos contar mais sobre sua vida e obra.

 


Arnaldo Jabor no Jornal da Globo
[Arnaldo Jabor. Imagem: O Globo / Reprodução]


 

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QUANDO TUDO COMEÇOU

 

Arnaldo Jabor nasceu em 12 de dezembro de 1940, no Rio de Janeiro. Seus pais eram um oficial da aeronáutica e uma dona de casa.

 

Em 1964 viria a sua primeira formação, no curso de cinema do Itamaraty-Unesco, em 1964. A formação em jornalismo viria depois.

 

A CARREIRA NO CINEMA

 

Jabor é um dos expoentes do chamado "Cinema Novo". que era uma linha de cinema que buscava retratar, numa ótica realista, a realidade de nosso país, com influência dos cinemas italiano e francês da época. O primeiro longa-metragem dele é datado de 1967, o "Opinião Pública".

 

Ao longo dos anos, outros filmes foram lançados, como “Pindorama” (1970), “Toda nudez será castigada” (1973), “O casamento” (1975), “Tudo bem” (1978), “Eu te amo“ (1981), “Eu sei que vou te amar” (1986). Tais filmes renderam premiações nacionais e internacionais, como no Festival de Gramado ou em Cannes, neste último, Fernanda Torres recebeu o prêmio de melhor atriz em um dos filmes de Arnaldo.

 

MOMENTOS DE DITADURA

 

Filmes de Arnaldo Jabor foram lançados em plena ditadura militar. Como um seleto grupo via a produção artística nacional e decidia o que o resto da população brasileira poderia ver, houve censura e filmes como "Toda nudez será castigada" foram suspensos ou tiveram cenas cortadas. O prêmio do Urso de Prata no Festival Internacional de Berlim fez com que a exibição nacional fosse reconsiderada.

 

A VIRADA NA CARREIRA

 

Nos anos 1990, com o governo Fernando Collor, uma estatal que trabalhava com cinema foi extinta, o que fez o setor de cinema encolher. Para sobreviver à crise, Jabor foi para outro caminho, virando comentarista de rádio e TV. Muitas pessoas ainda se lembram de Jabor no Jornal Nacional, mas ele fez parte dos outros jornais, e estava no Jornal da Globo, por último.

 

CRÍTICA É CRÍTICA, NÃO IMPORTA QUEM GOVERNA

 

Criticar muito pode gerar efeitos adversos e diversos, porque sempre há quem esteja alinhado a um governo ou outro. Por outro lado, criticar num momento e não em outro seria uma postura incoerente, visto que trocar governo não quer dizer apagar todos os problemas, erros e posturas.

 

Arnaldo Jabor era crítico e apontava os problemas passados pela sociedade, independentemente do governo atual. Governos Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro foram criticados, sem deixar de lado a realidade em função das afinidades.

 

O FINAL DA VIDA

 

Já como jornalista, Arnaldo ainda lançou alguns filmes, livros e estava produzindo as crônicas de TV em casa, durante a pandemia de coronavírus. Ele chegou a voltar a trabalhar na redação jornalística. Em 18 de novembro de 2021, fez seu último comentário de TV, sobre as possíveis interferências no ENEM e pedidos de afastamento de servidores do Inep.

 

Em dezembro de 2021, Jabor teve um AVC. Tempo após, na madrugada de 15 de fevereiro de 2022, passado mais de um mês de internação, o cineasta, jornalista e escritor teve o fim de seus dias, deixando o seu legado de arte e autorretrato do Brasil.

 

DANDO VOZ AO CINEMA

 

Arnaldo Jabor criou uma linha de cinema crítico, voltado a mostrar a sociedade. Ao mesmo tempo, outros autores e atores se dedicaram a vários outros formatos, como estórias infanto-juvenis. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, relembramos personagens dublados pelo ator Isaac Bardavid, que também nos deixou em 2022:

 

 

 

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👉 As dublagens de Isaac Bardavid

 

 

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