Literatura
Gustavo Cerbasi é um grande nome na área do dinheiro, finanças pessoais, administração de vida e carreira, tendo publicado vários livros sobre o tema. Ele é mestre em Administração pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP), graduado em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas, e também possui especializações em Finanças pela Stern School of Business (New York University) e pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Além disso, desenvolve palestras, treinamentos e já participou de programas de televisão, falando sobre finanças, como o Encontro com Fátima Bernardes, na TV Globo.
Em “Adeus, Aposentadoria”, Gustavo Cerbasi fala sobre o desenrolar da vida e a aposentadoria, onde podemos entender que contribuição ela tem em nossas vidas, por que seria importante ou não, e como chegar lá. Como todo livro sobre finanças, fala sobre visões mais arrojadas em investimento e a fuga, em parte, de visões mais tradicionais. Vamos saber mais sobre essa indicação de leitura?
[Capa do livro. Imagem: Amazon / Reprodução] |
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O LIVRO TRAZ A IDEIA DE ABANDONAR A APOSENTADORIA?
Depende do modo como se enxergar aposentadoria. Se você vê aposentadoria como um salário mensal pago pela Previdência Social após um período determinado e regras pré-estabelecidas, não, Cerbasi não fala que você deve abandonar a aposentadoria. Por outro lado, se for a ideia falar em deixar completamente de trabalhar após alguns anos de trabalho, o autor permite entender que, ou você não vai querer isso, ou o declínio de renda não o deixará chegar a essa condição.
Gustavo ressalta que a grande preocupação das pessoas, exceto em empregos excessivamente desgastantes e pesados, não é necessariamente ter de trabalhar, mas precisar disso e ficar incessantemente preocupados se o dinheiro que ganham será suficiente. Você poder trabalhar e ter certa liberdade de escolha é algo muito bom, e a vida pode caminhar para isso.
POR QUE POUPAR NÃO BASTA?
Poupar representa ter um dinheiro em um investimento, seja com seus menores índices de remuneração (guardar numa conta poupança) até investimentos com maiores riscos e remunerações (ações, FIIs, debêntures, LCIs, LCAs, CDBs, tesouro direto, etc.) Os investimentos permitem com que você não tenha perdas de poder de compra, ou até permitem alguns ganhos reais de capital com o passar dos anos. O grande problema é que suas despesas e seu padrão de vida podem subir também, e haver descompasso entre sua capacidade de poupar (o que é difícil) e gastar (o que é, em alguns momentos, bastante prazeroso).
Manter-se poupando durante toda a vida é essencial para equilibrar sua vida financeira. Por outro lado, é preciso balancear isso com as despesas (incluindo pequenos prazeres) e se movimentar para haver ganhos de capital ao longo da vida, mudando de papéis.
UM CONCEITO DE EVOLUÇÃO DENTRO DO CAPITALISMO
No começo de sua vida, você tem mais disposição e menos dinheiro, então precisa fazer um esforço maior, trabalhar mais e demonstrar que você tem talento e se destacar. Com o passar dos anos, o autor propõe que você deve ir crescendo além da educação para o trabalho, começando a entender sobre empreendedorismo e investimentos. A ideia seria evoluir de quem aceita o trabalho e cumpre com vigor sua função, para aquele que empreende e move mais pessoas com ele, fazendo o mundo girar.
PONTOS NÃO ABORDADOS E COMENTÁRIOS
Leitores dessa obra comentam alguns pontos como não haver menções a tipos de investimentos, ou ainda o uso de dinheiro em imóveis com construção e venda ser uma opção conservadora para a velhice, onde não se citam profissionais importantes como Engenheiros(as) Civis ou Arquitetos(as). Comentários assim são listados pelos leitores, mas há de se salientar que as modalidades de investimento não são o foco do livro, mas abrir a mente para a progressão ao longo da vida, entendendo o capitalismo e sua roda de geração de riqueza. Algumas explicações são mais simplificadas, para não desviar de foco.
Na linha da educação, o autor comenta que deveríamos dar menos foco em disciplinas como matemática, e mais com disciplinas como filosofia e outras que desenvolveriam nossa capacidade de resolver problemas. Dentro da educação para o trabalho, enunciada pelo autor como a educação formal, talvez o problema não seja destacar matemática como matéria fundamental na formação de alunos, mas não colocá-la em seu patamar correto: mesmo que de forma abstrata em alguns casos, focar em problemas matemáticos, como nas competições (olimpíadas de matemática) e no ensino superior, o que seria um exercício maior.
COMO CUIDAR DO SEU DINHEIRO?
A educação financeira, feitas as ressalvas de contexto e maturidade, é interessante de ser inserida tão cedo quanto possível. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, você encontra detalhes de um livro infantil que trabalha sobre essa temática:
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