A arte da Guerra

Literatura


“Derrotar o inimigo em cem batalhas não é a excelência suprema; a excelência suprema consiste em vencer o inimigo sem precisar lutar.”

A Arte da Guerra, de Sun Tzu, é um dos mais completos livros tratando-se na questão de liderança e estratégia de todos os tempos. Escrito há cerca de vinte e cinco séculos, sua atualidade vai além do aspecto bélico em si, pois fornece importantes subsídios a respeito das maneiras de atuar na vida, seja no meio pessoal, seja no mundo empresarial.


Sun Tzu
[Uma das variadas capas de Arte da Guerra ao longo da história. Imagem: Reprodução]



Dividido em treze capítulos, A Arte da Guerra foi escrito para uso militar, mas nem o próprio Sun Tzu poderia imaginar que sua obra sobre táticas militares se tornaria de dos mais completos livros de planejamento e estratégia da história da humanidade. A Arte da Guerra começou a ficar conhecido, principalmente no ocidente, em 1772 quando o padre Jean-Joseph-Marie, um jesuíta francês, fez uma versão resumida do livro.

Com frases simples e objetivas, A Arte da Guerra influenciou vários comandantes durante séculos como Napoleão Bonaparte, Joseph Stalin, Mao Tse-tung, Nguyen Giap, Douglas MacArthur e outros. Mesmo escrevendo essas táticas militares, Sun Tzu não foi um vencedor. O Estado de Wu, seu reino, acabou destruído e não restou nenhum soldado vivo, principalmente contra o Estado de Yueh.

Isso não quer dizer que o livro seja inútil. Vinte e cinco séculos depois de ser escrito, passou a ser interpretado como um dos mais completos tratados de estratégia e liderança que é usado por profissionais como empresários, administradores, diplomatas, políticos, esportistas entre outros. Hoje podemos classificar A Arte da Guerra como um livro atualíssimo com vieses éticos, de reflexão filosófica, que propõe a autocrítica, a revisão de conceitos e a reformulação. Esse livro fornece subsídios a respeito de maneiras de como atuar na vida, seja no meio empresarial, seja no mundo dos negócios e em outros ambientes.

Eu indico esse livro também para jornalistas e publicitários; para jornalistas seriam aqueles que ocupam cargos de chefias como editores-chefes, para conseguir a alcançar os objetivos do veículo de comunicação como assessorias de imprensa e redações de rádio, TV e jornal. Para os publicitários, seriam público-alvo aqueles mais voltados para a área de estratégia, de como lançar um produto e ser melhor do que a concorrência.

Vamos aos treze capítulos de Arte da Guerra:

I. Planejamento Inicial: O Comandante apoia sua autoridade nessas virtudes: sabedoria, justiça, benevolência, rigor e coragem.

II. Administrando a Guerra: Apenas quem está completamente familiarizado com as dificuldades da guerra pode compreender inteiramente a conveniência de levá-la adiante com rapidez.

III. Estratégias de luta: O Comandante que for incapaz de controlar a impaciência, o açodamento e a irritação levará seus soldados ao ataque como um aglomerado de formigas e o resultado será a morte de um terço de seus homens.

IV. Disposições Táticas: O líder perfeito cultiva as Leis Morais e segue rigorosamente o Método; assim, ele terá o poder de controlar o sucesso.

V. Energia Combinada: Uma Confusão simulada requer uma disciplina perfeita; medo simulado requer coragem; fraqueza simulada demanda força.

VI. Detecção de Pontos Fracos e Fortes: É divina a arte da sutileza e do segredo! É através dela que se aprende a ser invisível e inaudível; enigmáticos como um deus – assim poderemos ter o destino do inimigo em nossas mãos.

VII. Estratagemas: Disciplinados e calmos, esperando o surgir da desordem e do tumulto entre as hostes inimiga: essa é a arte estratégica de preservar o autodomínio.

VIII. Diversificações Estratégicas: A arte da guerra nos ensina a confiar, não na possiblidade de o inimigo não vir, mas sim, na nossa probabilidade de ele não atacar, mas preferivelmente no fato de termos tornado nossa posição inexpugnável.

IX. O Exército em Movimento: Aquele que não sabe fazer previsões e faz pouco caso de seus oponentes, subestimando sua capacidade, certamente será derrotado por eles.

X. Topografia do Terreno: Veja seus homens como seus discípulos e eles o seguirão aos vales mais profundos; zele por eles como se fosse seus filhos queridos e eles ficarão ao seu lada até mesmo na morte.

XI. Manobras em Nove Situações: O general habilidoso conduz seu exército como se estivesse trazendo pela mão um único homem indeciso.

XII. Ações Pirotécnicas: Infeliz é o destino daquele que tenta vencer batalhas e ser bem-sucedido no combate sem cultivar o espírito empreendedor.

XIII. Uso de Agentes Infiltrados: Só o soberano iluminado e o general capaz é que usarão a mais elevada inteligência do exército com o objetivo de espionar e, por esta razão, conseguirão melhores resultados.

Você conferiu uma amostra de frases de A Arte da Guerra, uma por capítulo, para você sentir o gosto e começar a ler esse fantástico livro. Em minha opinião, os melhores são o primeiro e o último capítulo. A verdadeira mensagem que Sun Tzu quis deixar com essa obra está nos ensinamentos baseados na seguinte ideia: “a excelência suprema consiste em vencer o inimigo sem ser preciso lutar”.

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ESTE É UM ARTIGO ESCRITO POR MATEUS ROSA, jornalista formado pela UNIFACVEST de Lages/SC. Originalmente, este texto pertencia do blog Mundo em Pauta, que atualmente faz parte do Blog do Mestre. Mateus Rosa ainda é autor do Repórter Riograndense, site que trata da cultura gaúcha envolvendo curiosidades, tradicionalismo e a agenda local.


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