Variedades
Aeródromos são locais onde ocorrem pousos e
decolagens de aeronaves com hélices ou à jato. Quando possuem terminais de
passageiros e outros elementos de infraestrutura, recebem o nome de aeroportos.
Tão interessante quanto viajar e descobrir novos lugares, é conhecer o que está
por trás de um aeroporto pronto e daqueles que podem ser construídos. Vamos
saber mais?
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[Aeroporto em funcionamento. Imagem: Dirk Daniel Mann /PIxabay]
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DEPOIS, VOCÊ PODE LER TAMBÉM
PARTES DE UM AERÓDROMO
Os aeródromos e aeroportos possuem diferentes
elementos que os compõem, cada um com uma função específica e destinados a
atender um dos estágios entre a chegada do passageiro à decolagem, ou a
aterrissagem à saída. Também existem elementos que dão suporte às operações,
não possuindo função em todos os momentos, mas que precisam compor a infraestrutura
para garantir segurança.
Vamos saber um pouquinho mais sobre: pista
de pouso e decolagem, pistas de taxiamento, local de abastecimento, terminal de
passageiros e Aeroshopping, estacionamentos ou integração com outros modos de
transporte, torre de comando e Sescinc. Depois virão os critérios para
implantação de novos aeroportos.
Pista de pouso e decolagem
A pista de pouso e decolagem é o local onde
aviões decolam e aterrissam. Geralmente, possui apenas uma posição geográfica,
mas pode haver mais de uma pista, sendo duas ou mais paralelas ou concorrentes.
Saiba mais sobre as pistas de pouso e decolagem clicando aqui.
Pistas de Taxiamento
Imagine o seu carro. Quando você está se
deslocando, você usa a estrutura das ruas, avenidas, estradas e rodovias. Para
chegar a sua casa ou a algum local, você vai usar um tipo de estrutura
diferente, algum caminho, trilho ou pátio para manobrar.
A pista de pouso e decolagem é como se fosse
a rua. As pistas de taxiamento, por sua vez, são os locais onde há a manobra,
não de carros, mas de aviões após pouso e decolagem. A cor das faixas pintadas
nas pistas de pouso e decolagem e nas de taxiamento é diferente (branca em
pouso e decolagem e amarela no taxiamento).
Local de abastecimento
Os aviões a jato não abastecem o mesmo tipo
de combustível que outros meios de transporte. O abastecimento de aviões ocorre
com o uso de querosene para aviação, em postos específicos para esse fim
localizados dentro dos aeroportos.
Terminal de passageiros e Aeroshopping
O terminal de passageiros é a interface
entre as estruturas destinadas ao voo (lado ar) e a infraestrutura de entrada
ao aeroporto e acolhida (lado terra). Nos terminais (quando temos aeroportos e não
apenas aeródromos), há os guichês das companhias aéreas, banheiros, salas de
embarque e verificações e despacho de bagagens.
Praticamente todas as principais cidades
turísticas e que possuem aeroportos integram aos terminais de passageiros as
salas comerciais e praças de alimentação, ou os chamados Aeroshoppings. Há
algumas, inclusive, que possuem até supermercado. Assim como terminais diversos
de ônibus urbano, rodoviárias e estações de trem, o grande fluxo de pessoas
torna esses locais atrativos para o comércio, incluindo itens de recordações de
viagem.
Estacionamento ou integrações com outros modos de transporte
Como vamos ver mais adiante, não é uma
condição ideal que um aeroporto esteja dentro da cidade e, principalmente nessa
condição, a integração com outros meios de transporte se torna fundamental. A
integração pode ser feita com a possibilidade de pegar ônibus urbanos, táxis,
aluguel de automóveis, corridas com motoristas de aplicativos, trem de
superfície ou metrô.
Essa integração sempre é necessária para os
sistemas de transporte que não possuem um formato porta-a-porta (como carros)
ou de extrema proximidade (como o ônibus urbano). As opções atendem a públicos
diferentes.
Torre de comando
Há protocolos diferentes que os pilotos de avião
precisam seguir, de acordo com o aeródromo a pousar e decolar. Naqueles que não
possuem torre de comando (sempre chamados de aeródromos), com pista de terra e
sem elementos físicos ao redor, as operações irão depender fundamentalmente do
piloto e das operações que ele realizar.
Quando falamos de aeródromos com toda
infraestrutura, os aeroportos, a torre de comando irá estabelecer a comunicação
com os pilotos de aviões a jato (pelo menos um par de pilotos e outros de reserva)
e definir quem irá pousar em que momento. É possível que um avião precise
voltar aos ares e dar voltas em torno do aeroporto até conseguir a autorização
para pousar ou ir a outro aeródromo – o que exige que sempre haja combustível a
mais do que o mínimo, erro cometido na tragédia da Chapecoense.
Sescinc
O Serviço de Prevenção, Salvamento e Combate
a Incêndio em Aeródromos Civis, nomenclatura dada pela Anac ao Sescinc, é o
serviço exclusivo de bombeiros de um aeroporto. Há uma estrutura com bombeiros,
bombas, caminhão e todos os aparatos para emergências, com atuação exclusiva
nos limites do sítio aeroportuário.
Não é corriqueira a ocorrência de incêndios
com aeronaves ou no aeroporto em si, mas quando ocorrem, o número de vítimas
pode ser grande. É por isso que, além da infraestrutura exclusiva, o Sescinc funciona
com treinamento frequente de seus integrantes, com chamados surpresa aos
bombeiros, a qualquer hora do dia. Como prática leva à perfeição, eles não
possuem dúvidas de como agir quando os chamados são reais.
E QUANDO UM NOVO AERÓDROMO SURGE?
O ideal é, quando possível, ampliar a
capacidade de aeródromos existentes. Quando os limites físicos dos existentes
não permitem ampliação, ou é requerida a transferência de local, o passo
seguinte é a criação de novos aeródromos.
Vários critérios serão avaliados nessa escolha
de novos sítios aeroportuários:
- Distância à cidade: valores
ideais entre 10 a 30 km.
- Ocupação urbana de entorno:
aeroportos geram ruídos e, segundo estudos das prováveis aeronaves, verifica-se
as curvas de ruído e o que elas interceptam.
- Disponibilidade de espaço e instalações:
pelas projeções de movimento, dimensiona-se os elementos necessários e as
demandas de espaço. Outra demanda natural ocorre por água, luz, tratamento
individual de esgoto e proximidade a rodovias. Essas demandas, pelo plano diretor
aeroportuário, são vistas agora e para o futuro projetado.
- Relevo: é necessário
verificar áreas não muito acidentadas, mas que permitam drenagem sem grandes
movimentações de terra.
- Aspectos físicos e meteorológicos:
são avaliadas as condições de solo, buscando bom suporte, e de clima local
(chuvas, ventos, dentre outras).
Com a criação de um novo aeroporto, não só
os limites do sítio aeroportuário são afetados. Além dos aspectos de ruído, é
preciso monitorar e restringir atividades de entorno que possam atrair aves, como
curtumes ou aterros sanitários, por exemplo. Nessa linha, surgiu a área de
segurança aeroportuária (ASA), que restringe um raio de 20 km no entorno do
centroide da principal pista de pouso e decolagem (Lei Nº 12.725/2012).
Além da atratividade de aves, um novo
aeródromo exige o monitoramento de outros elementos estranhos e que possam ser “digeridos”
por turbinas, com limpeza adequada. O uso de drones
nas imediações também precisa ser restrito.
OS CONDOMÍNIOS COM AERÓDROMOS
Vimos que várias estruturas são necessárias
em aeroportos, e que aeródromos são todos os locais onde ocorrem os pousos e
decolagens de aviões. Há restrições de espaço, ruído e outros fatores que levam
a pensar que pessoas podem não querer ficar perto dos aeroportos.
Nas grandes cidades, aeroportos atraem
movimento e, sem um controle especial de ocupação de solo, acabam atraindo
ocupação de entorno. Também existe o exemplo de pessoas que decidem viver ou
trabalhar perto de uma pista de pouso e decolagem. Quer saber mais? Confira a
sugestão de leitura abaixo sobre condomínios com aeródromos (que existem
inclusive no Brasil).
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