Quais são as partes de um aeroporto? Como se escolhe um local para construir um novo aeródromo?

Variedades


Aeródromos são locais onde ocorrem pousos e decolagens de aeronaves com hélices ou à jato. Quando possuem terminais de passageiros e outros elementos de infraestrutura, recebem o nome de aeroportos. Tão interessante quanto viajar e descobrir novos lugares, é conhecer o que está por trás de um aeroporto pronto e daqueles que podem ser construídos. Vamos saber mais?

https://www.oblogdomestre.com.br/2020/09/PartesDeUmAeroporto.NovosAeroportos.Curiosidades.html
 [Aeroporto em funcionamento. Imagem: Dirk Daniel Mann /PIxabay]


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PARTES DE UM AERÓDROMO


Os aeródromos e aeroportos possuem diferentes elementos que os compõem, cada um com uma função específica e destinados a atender um dos estágios entre a chegada do passageiro à decolagem, ou a aterrissagem à saída. Também existem elementos que dão suporte às operações, não possuindo função em todos os momentos, mas que precisam compor a infraestrutura para garantir segurança.

Vamos saber um pouquinho mais sobre: pista de pouso e decolagem, pistas de taxiamento, local de abastecimento, terminal de passageiros e Aeroshopping, estacionamentos ou integração com outros modos de transporte, torre de comando e Sescinc. Depois virão os critérios para implantação de novos aeroportos.

Pista de pouso e decolagem


A pista de pouso e decolagem é o local onde aviões decolam e aterrissam. Geralmente, possui apenas uma posição geográfica, mas pode haver mais de uma pista, sendo duas ou mais paralelas ou concorrentes. Saiba mais sobre as pistas de pouso e decolagem clicando aqui.

Pistas de Taxiamento


Imagine o seu carro. Quando você está se deslocando, você usa a estrutura das ruas, avenidas, estradas e rodovias. Para chegar a sua casa ou a algum local, você vai usar um tipo de estrutura diferente, algum caminho, trilho ou pátio para manobrar.

A pista de pouso e decolagem é como se fosse a rua. As pistas de taxiamento, por sua vez, são os locais onde há a manobra, não de carros, mas de aviões após pouso e decolagem. A cor das faixas pintadas nas pistas de pouso e decolagem e nas de taxiamento é diferente (branca em pouso e decolagem e amarela no taxiamento).

Local de abastecimento


Os aviões a jato não abastecem o mesmo tipo de combustível que outros meios de transporte. O abastecimento de aviões ocorre com o uso de querosene para aviação, em postos específicos para esse fim localizados dentro dos aeroportos.

Terminal de passageiros e Aeroshopping


O terminal de passageiros é a interface entre as estruturas destinadas ao voo (lado ar) e a infraestrutura de entrada ao aeroporto e acolhida (lado terra). Nos terminais (quando temos aeroportos e não apenas aeródromos), há os guichês das companhias aéreas, banheiros, salas de embarque e verificações e despacho de bagagens.

Praticamente todas as principais cidades turísticas e que possuem aeroportos integram aos terminais de passageiros as salas comerciais e praças de alimentação, ou os chamados Aeroshoppings. Há algumas, inclusive, que possuem até supermercado. Assim como terminais diversos de ônibus urbano, rodoviárias e estações de trem, o grande fluxo de pessoas torna esses locais atrativos para o comércio, incluindo itens de recordações de viagem.

Estacionamento ou integrações com outros modos de transporte


Como vamos ver mais adiante, não é uma condição ideal que um aeroporto esteja dentro da cidade e, principalmente nessa condição, a integração com outros meios de transporte se torna fundamental. A integração pode ser feita com a possibilidade de pegar ônibus urbanos, táxis, aluguel de automóveis, corridas com motoristas de aplicativos, trem de superfície ou metrô.

Essa integração sempre é necessária para os sistemas de transporte que não possuem um formato porta-a-porta (como carros) ou de extrema proximidade (como o ônibus urbano). As opções atendem a públicos diferentes.

Torre de comando


Há protocolos diferentes que os pilotos de avião precisam seguir, de acordo com o aeródromo a pousar e decolar. Naqueles que não possuem torre de comando (sempre chamados de aeródromos), com pista de terra e sem elementos físicos ao redor, as operações irão depender fundamentalmente do piloto e das operações que ele realizar.

Quando falamos de aeródromos com toda infraestrutura, os aeroportos, a torre de comando irá estabelecer a comunicação com os pilotos de aviões a jato (pelo menos um par de pilotos e outros de reserva) e definir quem irá pousar em que momento. É possível que um avião precise voltar aos ares e dar voltas em torno do aeroporto até conseguir a autorização para pousar ou ir a outro aeródromo – o que exige que sempre haja combustível a mais do que o mínimo, erro cometido na tragédia da Chapecoense.

Sescinc


O Serviço de Prevenção, Salvamento e Combate a Incêndio em Aeródromos Civis, nomenclatura dada pela Anac ao Sescinc, é o serviço exclusivo de bombeiros de um aeroporto. Há uma estrutura com bombeiros, bombas, caminhão e todos os aparatos para emergências, com atuação exclusiva nos limites do sítio aeroportuário.

Não é corriqueira a ocorrência de incêndios com aeronaves ou no aeroporto em si, mas quando ocorrem, o número de vítimas pode ser grande. É por isso que, além da infraestrutura exclusiva, o Sescinc funciona com treinamento frequente de seus integrantes, com chamados surpresa aos bombeiros, a qualquer hora do dia. Como prática leva à perfeição, eles não possuem dúvidas de como agir quando os chamados são reais.

E QUANDO UM NOVO AERÓDROMO SURGE?


O ideal é, quando possível, ampliar a capacidade de aeródromos existentes. Quando os limites físicos dos existentes não permitem ampliação, ou é requerida a transferência de local, o passo seguinte é a criação de novos aeródromos.

Vários critérios serão avaliados nessa escolha de novos sítios aeroportuários:

- Distância à cidade: valores ideais entre 10 a 30 km.
- Ocupação urbana de entorno: aeroportos geram ruídos e, segundo estudos das prováveis aeronaves, verifica-se as curvas de ruído e o que elas interceptam.
- Disponibilidade de espaço e instalações: pelas projeções de movimento, dimensiona-se os elementos necessários e as demandas de espaço. Outra demanda natural ocorre por água, luz, tratamento individual de esgoto e proximidade a rodovias. Essas demandas, pelo plano diretor aeroportuário, são vistas agora e para o futuro projetado.
- Relevo: é necessário verificar áreas não muito acidentadas, mas que permitam drenagem sem grandes movimentações de terra.
- Aspectos físicos e meteorológicos: são avaliadas as condições de solo, buscando bom suporte, e de clima local (chuvas, ventos, dentre outras).

Com a criação de um novo aeroporto, não só os limites do sítio aeroportuário são afetados. Além dos aspectos de ruído, é preciso monitorar e restringir atividades de entorno que possam atrair aves, como curtumes ou aterros sanitários, por exemplo. Nessa linha, surgiu a área de segurança aeroportuária (ASA), que restringe um raio de 20 km no entorno do centroide da principal pista de pouso e decolagem (Lei Nº 12.725/2012).

Além da atratividade de aves, um novo aeródromo exige o monitoramento de outros elementos estranhos e que possam ser “digeridos” por turbinas, com limpeza adequada. O uso de drones nas imediações também precisa ser restrito.

OS CONDOMÍNIOS COM AERÓDROMOS


Vimos que várias estruturas são necessárias em aeroportos, e que aeródromos são todos os locais onde ocorrem os pousos e decolagens de aviões. Há restrições de espaço, ruído e outros fatores que levam a pensar que pessoas podem não querer ficar perto dos aeroportos.

Nas grandes cidades, aeroportos atraem movimento e, sem um controle especial de ocupação de solo, acabam atraindo ocupação de entorno. Também existe o exemplo de pessoas que decidem viver ou trabalhar perto de uma pista de pouso e decolagem. Quer saber mais? Confira a sugestão de leitura abaixo sobre condomínios com aeródromos (que existem inclusive no Brasil).


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