Ciência
& Saúde
A fibrose cística ou mucoviscidose
é uma doença genética que afeta glândulas e que merece atenção e, com a evolução
dos tratamentos, permite que se mantenha a qualidade de vida por muitos anos,
mas é necessário adequado diagnóstico e tratamento. Neste post, vamos conhecer
aspectos como sintomas, tratamento e como agir após o diagnóstico, com
informações coletadas dos portais do Dr. Drauzio Varella, Ministério da Saúde e
da Associação Brasileira de Assistência à Mucoviscidose.
[Comparação entre pulmão normal e afetado pela mucoviscidose. Imagem: Mayo Foundation for Medical Education and Research] |
CONHECENDO OS SINTOMAS
A doença é conhecida por
fibrose cística ou mucoviscidose. Esse segundo nome pode parecer estranho, mas
ele dá uma ideia melhor do que se trata, por associação: dentre outros
sintomas, ocorre a produção de muco mais viscoso, de difícil eliminação, que pode
facilitar a ocorrência de doenças pulmonares (pneumonia, bronquite...). Também
ocorre a eliminação de suor de aspecto mais salgado e outros sintomas que podem
variar, como:
- Tosse seca, persistente.
- Peito que chia ou fôlego baixo.
- A absorção de nutrientes é prejudicada, o que faz a pessoa comer
bastante e não ganhar massa corporal. Secreções espessas no pâncreas acabam
dificultando a eliminação do suco pancreático e direcionamento desse suco ao
intestino, importante fator na digestão.
- A bile pode, por conta das secreções espessas, ficar retida no fígado
e passar por processo inflamatório.
- Fezes volumosas, de odor forte e gordurosas, podendo ocorrer poucas ou
muitas idas ao banheiro.
Um grande problema é que há
crianças que passam anos assintomáticas, o que dificultaria o entendimento de possuir
uma doença, e até mesmo buscar tratamento precoce. Em adultos, ainda podem
ocorrer, dentre outros sintomas:
- Dor abdominal recorrente.
- Icterícia (amarelão na pele) prolongada.
- Pancreatite recorrente.
- Cirrose biliar.
- Dificuldade de engravidar (para mulheres, pelo bloqueio aos
espermatozoides causado pelo muco cervical muito espesso) ou esterilidade (em
98 % dos homens, apesar de que não sejam impotentes).
Os sintomas podem aparecer
em ciclos e sumir, tornando-se mais recorrentes com o passar do tempo.
COMO AGIR SE UM FILHO TIVER ESSA DOENÇA?
Assim como outras doenças
genéticas, pais e mães não devem se culpar, pois se pudessem, certamente seus
filhos não passariam por essa e nenhuma outra doença. Realizado o diagnóstico,
o mais importante é agir de forma responsável e buscar a melhor condição de
saúde possível a seus filhos, seguindo o tratamento.
Havia uma tendência de a
doença aparecer mais em pessoas brancas, mas essa característica foi-se
perdendo, principalmente em países bem miscigenados como o Brasil. Não há
tendências entre homens e mulheres, com um caso a cada dez mil pessoas. Vinte
por cento das pessoas teriam o gene associado à doença e seriam assintomáticas.
Para essa e outras doenças,
é possível que surjam sinais em ultrassonografia e em exames pré-natais, o que
ressalta a importância de mulheres grávidas fazerem o acompanhamento, com o
apoio de seus esposos ou companheiras. Depois do nascimento, há testes a fazer
até um mês de nascimento e confirmação por teste de cloretos (a eliminação
desses cloretos é que dá aspecto “salgado” ao suor). Há teste genético (que
cobre 80 % dos casos) ou ainda o sinal da não eliminação de mecônio (que é uma
das primeiras fezes do bebê, resultado da alimentação ainda no ventre da mãe) no
primeiro ou segundo dias de vida.
COMO FUNCIONA O TRATAMENTO? QUAL A EXPECTATIVA?
Antes de ser conhecida, a
doença acometia crianças e levava a óbito sem que nem chegassem ao ensino fundamental.
Os tratamentos avançaram e, com diagnóstico precoce, a expectativa de vida
aumentou muito: 75 % dos diagnosticados e tratados ultrapassam a adolescência e
50 % têm ultrapassado a faixa dos trinta anos, ou ainda mais.
O tratamento consiste em
diferentes medicações e suplementações, com acompanhamento médico corrente e
multidisciplinar. Deve-se utilizar enzimas pancreáticas, suplementar vitaminas
(A, D, E e K), haver dieta orientada e fisioterapia respiratória. Também pode
ocorrer aplicação de soro fisiológico, broncodilatadores e mucolíticos,
diariamente.
Em caso de complicações
infecciosas, é necessário usar antibióticos. Crianças podem precisar de imunizações
específicas como antipneumocócica. Dois fatores que não são remédios, mas dão
saúde e qualidade de vida são alimentação adequada e prática de exercícios
físicos, como natação.
OUTRAS FUNÇÕES IMPORTANTES DAS VITAMINAS
A fibrose cística é um dos
casos especiais em que é necessária a suplementação de vitaminas, que sempre
deve ocorrer por expressa indicação médica. Existem variadas fontes de
alimentos de origem animal e vegetal que fornecem boas quantidades de vitaminas
e, dentro de uma dieta equilibrada, conseguem suprir nossas necessidades. O
link que foi sugerido abaixo traz um artigo aqui do Blog do Mestre onde são
trazidas informações sobre as vitaminas, qual sua importância e em que
alimentos podemos encontrá-las.
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