Maju, a TV e a espontaneidade

Televisão


Maria Júlia Coutinho recebeu um voto de confiança da TV Globo e ganhou o cargo de âncora do Jornal Hoje. Essa não era a primeira experiência de Maju na ancoragem de telejornais, visto que ela ocupou a função anteriormente em outra emissora. Entretanto, com os primeiros dias como apresentadora, surgiram elogios e críticas pela condução do programa.

https://www.oblogdomestre.com.br/2019/11/Maju.JornalHoje.TV.Variedades.html
[Imagem: GaúchaZH/Reprodução]



O Jornal Hoje, assim como outros jornais apresentados nacionalmente, ou mesmo as versões estaduais e regionais, foram inchados com mais tempo, ganharam GC fixo (o que era completamente desnecessário e polui o monitor), passaram a aceitar interações por WhatsApp ou mesmo interações entre âncoras e jornalistas e textos 'improvisados'. E é aí que mora o perigo.

Houve muitas pessoas que questionaram Maju na internet por falhas ao longo da apresentação, dizendo haver outros mais experientes para o cargo. Outras a elogiaram e reiteraram o carisma da jornalista.

Mas, mesmo com carisma e alguma bagagem, é difícil fazer jornais nesse formato sem incorrer em erros. O jornalista que se guia por teleprompter, mas necessita de improvisos e diálogos está sujeito a errar o que fala, como em uma conversa comum.

Até alguns anos estávamos acostumados com jornalistas sentados ao lado da bancada, poucas movimentações e todo o texto lido no teleprompter. Isso permitia fazer jornais mais compactos e evitar erros de fala. Assim, em meia hora de telejornal, era possível transmitir o máximo.

Depois, com diálogos entre jornalistas e espaços para opiniões, curtas ou mais extensas, exigiu-se mais do jornalista. Ele precisa improvisar, portar-se de forma elegante ao mudar de lugar no cenário e não perder o foco.

Uma jornalista profissional como Maju consegue isso, mas não é um processo tão espontâneo quanto parece. Você se recorda de suas apresentações de trabalho na escola ou na faculdade? Sem ensaios, qual a chance de gaguejar ou falar algo indevido ou fora de momento?

Maju e outros jornalistas devem trabalhar no entendimento das notícias, montagem de roteiros e alguns ensaios ou tópicos para memorização. Como seria muito difícil ser 100 % em um formato assim, ela comete pequenos deslizes, mas nada absurdo.

Mesmo outros jornalistas mais experientes precisam de treino para formatos mais dinâmicos de telejornal. Tomando o RS como exemplo, o jornalista Elói Zorzetto cometeu erros como redundância em palavras ao perguntar algo a um repórter em frente a um telão, por mais que possua mais de trinta anos de experiência, após as últimas alterações do jornal.


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