Ciência & Saúde
O Brasil está se discutindo o tempo todo, em
visões radicais por todos os lados, umas demonizando o setor agrícola, outras justificando
absolutamente todas as práticas do mesmo.
Além dessas visões, existem duas
preocupações sérias e que precisam de atenção. Uma delas é a do meio ambiente
(o lugar em que se vive), que precisa da manutenção de áreas verdes,
preservação da biodiversidade e garantia dos serviços ecossistêmicos (como
sombra e retenção de dióxido de carbono pelas árvores, por exemplo). A outra é
da de dar condições de produtores rurais conseguirem garantir subsistência e
lucrar com suas atividades, visto que eles têm instabilidades como as condições
climáticas, quebra de safra e financiamentos bancários a pagar.
Existem formas inteligentes de buscar as
duas coisas, bastando mudar as práticas atuais sob alguns pontos. Vamos falar
um pouquinho mais sobre elas a seguir.
[Imagem: 1737576/Pixabay] |
TÉCNICAS PARA MELHOR MANEJO CONTRA PRAGAS
Um primeiro ponto importante se refere ao
manejo das culturas, com rotação. Muitas fazendas buscaram adotar culturas
distintas para evitar o alastramento de pragas típicas de algumas culturas ao
longo dos anos. Isso é possível quando são usados cultivos como milho, soja,
feijão, etc. Todavia, nem todos os cultivares permitem ciclos curtos, merecendo
mais atenção.
Outra possibilidade está em um uso mais
adequado de agrotóxicos. Esses produtos, muitas vezes, são usados de forma
indiscriminada, não sendo seguidas as dosagens recomendadas. Prova disso são
análises divulgadas pela mídia onde os níveis de defensivos encontrados nos
alimentos eram extremamente maiores do que os limites. É preciso criar a
cultura da leitura de instruções técnicas de embalagem e consulta a agrônomos.
Quanto aos agrotóxicos, também existe a
possibilidade de manejo por avaliação de viabilidade. Defensivos agrícolas
possuem um custo (eles não são água...) e essa avaliação permite dizer se o
prejuízo com a praga supera o custo com o agrotóxico, evitando que o agricultor
gaste de forma desnecessária e ainda tenha um prejuízo acentuado.
Outra forma de evitar o uso de agrotóxicos
vem do processo natural de cadeia alimentar. Empresas especializadas, por meio
de aviões, lançam nuvens de insetos predadores nas lavouras, promovendo o
controle de pragas. Além de evitar o uso de agrotóxicos, o número de aplicações
é menor. Já existem empresas atuando na cana-de-açúcar e hortaliças.
MOTIVOS PARA REPENSAR AS CULTURAS AGRÍCOLAS
Como todo produto tóxico, é preciso ter
muito cuidado com o uso de agrotóxicos, pois eles não só se impregnam nos
produtos agrícolas, mas contaminam a água e podem causar problemas de saúde nas
pessoas diretamente envolvidas com o cultivo. O alimento, antes de tudo,
precisa ser fonte de vida e de saúde.
Com agrotóxicos, principalmente fora de
dosagem, até mesmo lavouras que não apresentariam fontes de doença para os
agricultores acabam se tornando algo nocivo. Uma plantação de fumo, é um
exemplo oposto, pois exige muito cuidado para não transmitir doenças aos fumicultores
no manejo, mesmo sem aplicação de inseticida.
Um último motivo importante para repensar o
cenário agrícola é deixar de lado a cultura de campo aberto e pastagem. Nem
todos os locais permitem ou são adequados. Extração de pinhão no sul-sudeste ou
frutos como o açaí na Amazônia podem ser uma fonte de renda no futuro. A
fabricação de subprodutos como geleias de frutas e sucos concentrados em
pequenas fábricas rurais também pode ser uma alternativa para o futuro das
propriedades.
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