O controle de pragas em lavouras

Ciência & Saúde


O Brasil está se discutindo o tempo todo, em visões radicais por todos os lados, umas demonizando o setor agrícola, outras justificando absolutamente todas as práticas do mesmo.

Além dessas visões, existem duas preocupações sérias e que precisam de atenção. Uma delas é a do meio ambiente (o lugar em que se vive), que precisa da manutenção de áreas verdes, preservação da biodiversidade e garantia dos serviços ecossistêmicos (como sombra e retenção de dióxido de carbono pelas árvores, por exemplo). A outra é da de dar condições de produtores rurais conseguirem garantir subsistência e lucrar com suas atividades, visto que eles têm instabilidades como as condições climáticas, quebra de safra e financiamentos bancários a pagar.

Existem formas inteligentes de buscar as duas coisas, bastando mudar as práticas atuais sob alguns pontos. Vamos falar um pouquinho mais sobre elas a seguir.

https://www.oblogdomestre.com.br/2019/11/AplicacaoDeDefensivosEAlternativas.CienciaESaude.html
[Imagem: 1737576/Pixabay]



TÉCNICAS PARA MELHOR MANEJO CONTRA PRAGAS


Um primeiro ponto importante se refere ao manejo das culturas, com rotação. Muitas fazendas buscaram adotar culturas distintas para evitar o alastramento de pragas típicas de algumas culturas ao longo dos anos. Isso é possível quando são usados cultivos como milho, soja, feijão, etc. Todavia, nem todos os cultivares permitem ciclos curtos, merecendo mais atenção.

Outra possibilidade está em um uso mais adequado de agrotóxicos. Esses produtos, muitas vezes, são usados de forma indiscriminada, não sendo seguidas as dosagens recomendadas. Prova disso são análises divulgadas pela mídia onde os níveis de defensivos encontrados nos alimentos eram extremamente maiores do que os limites. É preciso criar a cultura da leitura de instruções técnicas de embalagem e consulta a agrônomos.

Quanto aos agrotóxicos, também existe a possibilidade de manejo por avaliação de viabilidade. Defensivos agrícolas possuem um custo (eles não são água...) e essa avaliação permite dizer se o prejuízo com a praga supera o custo com o agrotóxico, evitando que o agricultor gaste de forma desnecessária e ainda tenha um prejuízo acentuado.

Outra forma de evitar o uso de agrotóxicos vem do processo natural de cadeia alimentar. Empresas especializadas, por meio de aviões, lançam nuvens de insetos predadores nas lavouras, promovendo o controle de pragas. Além de evitar o uso de agrotóxicos, o número de aplicações é menor. Já existem empresas atuando na cana-de-açúcar e hortaliças.


MOTIVOS PARA REPENSAR AS CULTURAS AGRÍCOLAS


Como todo produto tóxico, é preciso ter muito cuidado com o uso de agrotóxicos, pois eles não só se impregnam nos produtos agrícolas, mas contaminam a água e podem causar problemas de saúde nas pessoas diretamente envolvidas com o cultivo. O alimento, antes de tudo, precisa ser fonte de vida e de saúde.

Com agrotóxicos, principalmente fora de dosagem, até mesmo lavouras que não apresentariam fontes de doença para os agricultores acabam se tornando algo nocivo. Uma plantação de fumo, é um exemplo oposto, pois exige muito cuidado para não transmitir doenças aos fumicultores no manejo, mesmo sem aplicação de inseticida.

Um último motivo importante para repensar o cenário agrícola é deixar de lado a cultura de campo aberto e pastagem. Nem todos os locais permitem ou são adequados. Extração de pinhão no sul-sudeste ou frutos como o açaí na Amazônia podem ser uma fonte de renda no futuro. A fabricação de subprodutos como geleias de frutas e sucos concentrados em pequenas fábricas rurais também pode ser uma alternativa para o futuro das propriedades.


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