Ciência & Saúde
A opção sobre o que fazer ou não com a
própria vida é um prato cheio para discussões por si só. Enquanto alguns
acreditam que se deve estabelecer parâmetros para casos complexos como o
aborto, outros acreditam que cada mulher deve decidir por sua conta se o fará
ou não, sem maiores consequências legais. Nessa mesma linha há as visões sobre
prolongamento da vida, eutanásia e ortotanásia.
[Imagem: Oxford] |
No Brasil, ainda não existem todas essas
opções. Falar em eutanásia, por exemplo, é uma discussão sobre um tema alheio à
nossa realidade. E a ortotanásia, em si, faz parte do contexto brasileiro, mas
não encontra pleno amparo legal. O Código de Ética do Conselho Federal de
Medicina já a abrange, mas as Leis brasileiras não possuem disposição favorável
a respeito.
A ortotanásia é uma prática de mitigação de
desgastes a um paciente cujos tratamentos não apresentem mais resultado efetivo
na reversão de um quadro sério de uma doença terminal. O tratamento em si ou a
manutenção da vida por forma artificial não ocorrem, mas práticas para reduzir
possíveis dores. Diferentemente da eutanásia, não há fim programado da vida por
vontade do paciente.
Assim como a ortotanásia, outras formas não
convencionais de “tratamento”, como terapias alternativas contra o câncer, são
frequentemente postas em discussão. Apesar de menos agressivas, não apresentam
chances reais de cura. Essas terapias não podem ser consideradas ortotanásia,
pois há a expectativa pelo fim da doença com os procedimentos realizados.
É comum consolarmos aos outros, em situações
de velório, dizendo que o falecido deixou de sofrer. Para algumas pessoas, a
vida provida de sofrimento, dores e sintomas de doença não vale a pena para ser
vivida. Por outro lado, certos indivíduos creem que a vida é uma luta diária,
da qual sempre terão desafios a serem superados – por mais que sintam dor, a
esperança os faz sentir vivos.
A forma com que as pessoas lidam com a morte
ou outros acontecimentos graves e/ou irreversíveis é bastante distinta. A
possibilidade do fim pode fazer algumas pessoas ficarem transtornadas, enquanto
outras podem querer viver cada dia como se fosse o melhor de todos.
O fato é que a vida resumida pelo sofrimento
ou a esperança que pode não se tornar realidade são dois pontos que fazem nem a
opção pelo tratamento convencional, nem a ortotanásia serem opções perfeitas.
Sendo a vida o bem mais precioso que o ser humano carrega, é difícil e doloroso
pensar em seu fim. Qualquer decisão é irreversível, e a sociedade brasileira
precisará amadurecer melhor essas ideias, a fim de dar amparo legal às decisões
individuais, dentro de parâmetros bem estruturados. Também é preciso amparar
legalmente os profissionais de saúde, que não podem ser responsabilizados
criminalmente em caso de falecimento, considerando uma futura legalização da
ortotanásia.
E você, o que pensa sobre esse tema? Sua
valorosa opinião pode ser deixada logo ali, nos comentários!
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