Quero ter um ar condicionado. E agora?

Variedades


Os aparelhos de ar condicionado se popularizaram nas residências e estabelecimentos comerciais de pequeno porte do Brasil, em função de seu clima quente durante boa parte do ano, na zona tropical. No sul do país, além do clima quente, o frio costuma ser intenso no período de outono-inverno, o que faz com que esse aparelho eletrodoméstico seja requisitado também na busca de conforto térmico por aquecimento.

Um ar condicionado propicia resfriamento e/ou aquecimento com maior abrangência dentro de um cômodo, sendo uma solução mais sofisticada do que elementos pontuais como ventiladores ou estufas. Porém, demanda maior consumo de energia elétrica, devendo possuir circuito próprio e tomada de uso exclusivo, boa vedação do ambiente e fechamento de esquadrias; além de ser associado a outros itens construtivos como mantas térmicas de telhado, paredes com maior inércia térmica e um bom posicionamento solar dos cômodos de longa permanência (quartos e sala de estar, que geralmente recebem o aparelho).

http://www.oblogdomestre.com.br/2017/07/ArCondicionado.Escolha.Instalacao.Variedades.html
[Imagem: Totalar]



Os itens listados acima geralmente são pensados quando uma residência é projetada nos dias atuais. Mas, nem todas as construções residenciais passam pelas mãos de um engenheiro civil ou de um arquiteto. Logo, é preciso ter cuidado adicional ao buscar um aparelho de ar condicionado. O primeiro passo consiste na escolha do aparelho, em unidades britânicas termais (BTU’s). 

Vários itens influem na potência do ar condicionado, como o número de ocupantes, posicionamento solar, entre outros. Mas, para fins de simplificação, podemos considerar o quadro abaixo, fornecido pela Consul, como uma referência inicial para a escolha. As opções são apresentadas para as condições A - andar térreo / com laje (ou isolação) e telhado convencional – B - sob telhado convencional, sem laje e sem isolação – C - sob laje sem telhado e D - andar intermediário; em kBTU’s (1000 BTU’s):

Área
Condição
A
B
C
D
De 9 até 12 m²
Sol o dia todo ou pela tarde
7
9
12
9
Sol de manhã
9
7
Sombra o dia todo
7
De 12 até 15 m²
Sol o dia todo ou pela tarde
9
12
12
9
Sol de manhã
7
9
Sombra o dia todo
7
De 15 até 18 m²
Sol o dia todo ou pela tarde
9
12
18
9
Sol de manhã
12
Sombra o dia todo
7
9
7
De 18 até 22 m²
Sol o dia todo ou pela tarde
9
12
18
12
Sol de manhã
9
Sombra o dia todo
7
12
De 22 m² até 26 m²
Sol o dia todo ou pela tarde
9
18
18
12
Sol de manhã
12
Sombra o dia todo
9
De 26 m² até 30 m²
Sol o dia todo ou pela tarde
12
18
12
Sol de manhã
9
Sombra o dia todo
12
9
De 30 até 35 m²
Sol o dia todo ou pela tarde
12
18
22
12
Sol de manhã
18
Sombra o dia todo
9

Para este quadro foram considerados dois ocupantes em um cômodo com pé-direito de 2,8 m, potências de 100 W de iluminação e 100 W em aparelhos elétricos diversos, janela com 1,8 m² de área de iluminação em vidro comum.

Sabida a potência, é preciso pesquisar bastante os preços e opções de produtos nas lojas. Uma excelente dica está em buscar aparelhos com etiqueta A em consumo de energia. Também é aconselhável buscar aparelhos que não desliguem após atingir dada temperatura ambiente, mas que funcionem à baixa rotação, o que reduz consumo. A opção por resfriamento e aquecimento também dependerá das necessidades de cada um e da região onde vive. A temperatura a usar também.

Ao comprar o aparelho de ar condicionado, o passo seguinte está em fazer as instalações elétricas da casa comportarem esse aparelho. Será necessário ter um disjuntor termomagnético no quadro de distribuição e um circuito (um fio fase, um neutro e um terra) saindo do quadro e indo diretamente ao aparelho, para uma tomada que atenderá exclusivamente a ele, sem ramificar fios e cabos elétricos. Em hipótese alguma se deve cair na tentação de adotar os famosos conjuntos tomada e disjuntor – instalações elétricas a uma mesma tensão seguem o princípio das ruas: mais largas e com mais faixas para maiores fluxos de veículos, e mais estreitas para menores fluxos – maiores bitolas de fios/cabos até os quadros de distribuição, diminuindo nos circuitos.

É interessante, nem que não sejam adquiridos todos os aparelhos de uma vez, de pensar em todos os locais onde serão instalados, qual a potência, e fazer a instalação elétrica de uma única vez. Pode ser necessário reforçar as instalações antes do quadro de distribuição e após o contador, comprando fios mais grossos. É importante, nesta etapa, chamar um engenheiro civil ou engenheiro eletricista para auxiliar no dimensionamento, e um eletricista para executar a instalação.

Em alguns manuais de instalação, são fornecidas as bitolas de fios/cabos elétricos a usar no circuito que irá alimentar a tomada do aparelho de ar condicionado. Também são indicados os disjuntores termomagnéticos a usar. Ainda assim é recomendada a consulta aos profissionais especializados.

Terminada a parte elétrica, partir-se-á para a instalação do aparelho de ar condicionado. Há uma distância mínima das paredes e do piso que os fabricantes fornecem. Já no fazer as tomadas de uso exclusivo, é recomendado pensar onde o aparelho irá ficar. O ar é dividido em duas partes, a unidade interna (que fica dentro de casa) e a externa, que devem ser o mais próximas possível, para reduzir custos com a ligação elétrica e de gás entre as duas.

Os materiais necessários para instalar o ar condicionado, como fios e suportes, são fornecidos em um pacote pelo instalador, pagos juntamente com sua mão-de-obra. A vantagem de contratar um instalador autorizado está em ele passar dicas e informações sobre o uso do aparelho, além de validar a garantia fornecida pelo fabricante. O valor do serviço irá depender da complexidade da instalação e da quantidade de material gasta, por isso que pensar onde instalar, não se apegar ao centro das paredes e buscar reduzir distância entre unidades faz toda a diferença.

Instalado o aparelho de ar condicionado, é só desfrutar do conforto térmico, de preferência, com consciência. Trata-se de um aparelho cujo uso custa mais caro, comparado com outros aparelhos, em função de sua potência. Também deve ser pensado em seu impacto ambiental. Deve ser usado em dias de calor ou frio mais intensos (cinco graus não valem como frio nem vinte como calor!). Também não deve servir de ferramenta para manias malucas como refrigerar um dormitório só para dormir embaixo de edredons quentes... Enfim, o ar condicionado deve ser usado com responsabilidade!




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