Ciência & Saúde
Quedas podem ser graves em todas as idades, ainda mais quando acontecem com idosos. Fraturas, necessidade de Fisioterapia, parada no trabalho ou nos casos mais graves, a morte, são algumas consequências das quedas, interferindo na qualidade de vida e autonomia das pessoas.
É possível evitar. Vamos passar algumas dicas de como fazer isso, baseadas no "Manual de Prevenção de Quedas para Idosos", elaborado por especialistas da área de saúde para a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná.
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[Apoio adicional para ajudar no equilíbrio. Imagem: Pixabay / Pexels | Reprodução] |
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MEDICAMENTOS
Alguns medicamentos podem causar tonturas, como efeito colateral. Quando isso for provável, como em períodos iniciais de adaptação, o médico irá alertar.
Além disso, o Manual de Prevenção de Quedas indica que o idoso deve tomar somente os medicamentos prescritos pelo médico, pois o uso incorreto pode usar tonturas e quedas. A interação medicamentosa também se torna um problema. Por isso, consultar o médico geriatra é fundamental.
SE A QUEDA ACONTECER
Estando em casa ou ambiente familiar, com um idoso ferido após a queda, com dificuldade de se movimentar ou mesmo inconsciente, é preciso ligar para o 193. Nisso, será analisada a necessidade de levá-lo ao hospital.
Sendo uma pessoa idosa com companhia em casa ou no trabalho, quem estiver junto deve buscar manter o idoso aquecido até a chegada do auxílio médico. No caso de idoso sozinho, recursos como celular com atalho para ligar ou botões de emergência podem ser muito úteis.
É importante, também, informar o profissional de saúde com que se tenha mais contato, seja ele Profissional de Educação Física; Fisioterapeuta; Médico; Enfermeiro, etc., sobre as quedas. Dali virão orientações valiosas.
PARA AUMENTAR O EQUILÍBRIO
Para a pessoa que tem dificuldades por si só para caminhar ou fazer atividades de rotina, existe uma forma de melhorar o equilíbrio, que é o uso de dispositivos auxiliares de marcha, como andadores ou bengalas.
Um andador serve para melhorar o equilíbrio e diminuir o peso sobre as pernas. No uso de andador fixo, durante a marcha, o idoso deve suspender o andador do chão e colocá-lo novamente no solo à frente do corpo, em torno de 20 a 25 cm, antes de dar um novo passo. É um dispositivo que exige paciência para seu uso, sendo o foco se manter equilibrado, dentro do possível.
Quando o idoso tem doenças cardíacas e/ou suporta menos esforço, existe uma alternativa. Essa alternativa é o andador com rodas, mas atenção: ele é recomendado para uso domiciliar e de preferência, para distâncias curtas.
Além dos andadores, também existe a bengala. Ela serve para aumentar a base de apoio, melhorando o equilíbrio em atividades como subir e descer escadas, caminhar, sentar e levantar.
O tamanho da bengala deve ser personalizado. Com o indivíduo em pé, a distância entre o punho até o chão, com o braço esticado ao lado do corpo, corresponde ao tamanho ideal.
Isso não significa que o uso deve ser com braço esticado. Ao segurar, o cotovelo fica flexionado, entre 15 e 30°. Outro detalhe importante: a bengala vai ficar a 15 cm do membro inferior sadio, ou seja, se a coxa e perna direitas tiverem problema de mobilidade, a bengala será usada no lado esquerdo.
CUIDADOS COM PETS
Os animais de estimação são lindos e fofinhos, mas eles podem, pelo porte, ou pelos movimentos na corda, derrubarem uma pessoa, falando principalmente em cães. Ao colocar comida no cocho, o ideal é fazer isso com o animal amarrado ou em outra parte do canil.
Ir passear na rua com o animal na corda pode ser ruim com animais desobedientes. Para idosos, acaba sendo contraindicado, principalmente quando o cachorro briga com outros.
No caso de pets como gatos ou coelhos, o ideal é definir um local para viverem, que não exija correr atrás deles, ou seja, que evite fugas. São animais rápidos, e a perseguição por eles pode causar quedas.
Ainda falando sobre encher o cocho, o ideal é não se abaixar. Opções que podem ser enchidas estando em pé são as melhores.
NO JARDIM
Além do cuidado com animais, outros riscos podem existir no jardim. Vasos, mangueiras e outros objetos devem ficar em locais que não impeçam a passagem.
Ao passar ao lado de galhos e floreiras, é preciso tomar cuidado. Quando um idoso se enrosca, pode cair e se machucar.
ADAPTAÇÕES EM CASA
O ideal seria que os acessos fossem em rampas para a porta, mas nem sempre são. Caso haja degraus ou escadas, subir com cuidado e usar fitas antiderrapantes ajudam a evitar quedas. Tanto em escadas quanto em rampas, corrimãos ajudam a subir e descer seguro.
Esses corrimãos, ou ainda barras de apoio, são itens que tem tamanho e posições corretas para funcionarem bem. O ideal é contratar um Engenheiro Civil ou Arquiteto para orientarem corretamente e conforme a versão atual da norma de acessibilidade.
Para a entrada, opte por capachos e tapetes antiderrapantes. Não use tapetes muito pequenos, pois é mais fácil de escorregar. Calçados antiderrapantes, de preferência que não sejam chinelos de dedo ou chinelos de pano, são mais indicados. Para o banho, nada de chinelos: tapetes antiderrapantes no box.
Na escada, o ideal é possuir interruptores paralelos (three way), que acendam em qualquer um dos sentidos (subida ou descida), nas extremidades.
No quarto, o ideal é se sentar primeiro e esperar um minuto. Só depois disso, evitando o movimento brusco, sair da cama, evitando tonturas e quedas. O idoso nunca deve se levantar rapidamente da cama.
Para a cama, deve ser possível colocar os pés totalmente no chão ao descer, sem precisar se apoiar em nada. Caso seja necessário esse apoio, pode ser necessário ou firmá-lo muito bem, ou trocar de cama.
Abajur ou lanterna ajudam a levantar ou chegar à cama sem o risco de andar no escuro. Bons projetos elétricos de casas preveem interruptores nas laterais das camas.
Se a luz é necessária, os tapetes são dispensáveis. Isso vale para o quarto, e também para sala. Caso ainda assim sejam desejados, devem ser grandes e bem presos ao chão.
Para sentar e se apoiar no sofá, os princípios são os mesmos da cama. A possibilidade de apoio dos pés também é importante.
Caso crianças morem junto, ou pets dentro de casa, é importante evitar que os brinquedinhos fiquem no chão. Não é só no filme "Esqueceram de mim" que brinquedinhos são perigosas armas de derrubar. Cabos elétricos e outros objetos também.
Na cozinha, talvez aquela amada panela do-tempo-antigo-que-era-bom deva ser aposentada. Panelas pesadas podem cair, provocarem queimaduras ou a queda do idoso.
Manter a região da pia e fogão iluminada e seca é primordial. Outras áreas molhadas, como área de serviço, vale a mesma regra.
Os utensílios de uso mais frequente devem ficar mais acessíveis. Isso evita precisar subir em escadas ou em bancos.
A regra de se alimentar somente à mesa vale tanto para crianças, como para idosos. Isso evita deixar resíduos que possam gerar tropeços depois, ou derramar líquidos no chão.
PISOS ESCORREGADIOS
Em casa, ou no trabalho, os pisos molhados ficam escorregadios e aumentam o risco de queda de idosos. Em ambiente de trabalho, o ideal seria evitar lavagens no horário de expediente, e se ocorrerem, sinalizar e bloquear temporariamente o local.
Existem aditivos para piso que geram superfícies antiderrapantes. Eles não alteram o aspecto do piso e tornam o ambiente mais seguro.
Tapetes devem ser firmes, grandes e antiderrapantes. Existem fitas que podem ajudar a ficarem mais firmes.
SAPATOS E QUEDAS
Sapatos frouxos ajudam a tropeçar e cair. Usar a numeração correta é fundamental. O amortecimento não pode ser excessivo, mas calçados duros também dificultam a caminhada.
O ideal é que o sapato seja fechado na frente e atrás, e tenha salto de 2 a 3 cm. Deve-se preferir solados antiderrapantes, com material de borracha e chanfrado.
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