Visual, auditivo e cinestésico: estratégias de aprendizagem

 Variedades

 

Aprender é algo que muda de pessoa para pessoa, e isso não é apenas um clichê. Se isso muda, é importante saber como cada pessoa aprende e tirar proveito disso para o aprendizado, traçando estratégias de aprendizagem.

 

Em geral, pode-se ter predominância auditiva, visual ou cinestésica. Vamos entender melhor como funciona?

 

Conhecendo a própria forma de aprender

[Esforçando-se para aprender. Imagem: Tirachard Kumtanom / Pexels | Reprodução]


 

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PESSOAS COM CANAL AUDITIVO PREDOMINANTE

 

Quando uma pessoa é auditivo predominante, vai ser menos ligado às aparências e mais ao bom papo, bom senso e inteligência. A ideia do equilíbrio e da disposição para discutir os problemas com bons argumentos é forte nessas pessoas.

 

Em termos de postura, são pessoas com tom de voz médio, respiração torácica e abdominal. Podem lembrar-se de coisas que foram ditas há muitos anos. Barulhos, vozes estridentes ou ásperas se tornam muito incômodas.

 

Se o canal auditivo é o que chama mais a atenção, música é marcante na vida. Os auditivos apreciam músicas bem elaboradas, com uma mensagem consistente. Outro aspecto é a compreensão de fatos: sem ouvir, eles não acreditam.

 

Para estudos, pode ser legal usar música ou fundo, desde que neutro e de fundo ambiente. Músicas em idiomas desconhecidos pode servir também, por evitar distração com a letra.

 

Bem disseminados na internet, a depender do tema de estudo, existem podcasts educativos. Pode-se ouvir enquanto se exercita ou faz tarefas de casa, como meio de aprendizado para o auditivo.

 

Após escutar, o estudante auditivo pode resumir o que ouviu após ter escutado, para fixar o conteúdo. No caso de aulas ou assuntos sem esse tipo de recurso, o aluno pode gravar a si mesmo lendo a matéria e depois ouvir, ou falar a matéria em voz alta enquanto estuda.

 

Para professores, uma forma interessante de mobilizar alunos auditivos é realizar debates, palestras e seminários. Produzir materiais em áudio pode ser interessante. No momento da aula, é bom cuidar com sons do ambiente escolar, pois distraem muito.

 

PESSOAS COM CANAL CINESTÉSICO PREDOMINANTE

 

Dos três tipos, acaba sendo aquele aluno em que o ambiente escolar acaba sendo mais complicado, pois todas as experiências são físicas. Também são as pessoas que acabam mais sujeitas ao sofrimento.

 

Elas sempre vão buscar conforto, bem-estar, prazer e aconchego, sem muita atenção à beleza. São pessoas que precisam ser abraçadas, tocadas e beijadas para se sentirem amadas – podem se sentir agredidas quando falta esse contato.

 

Um cinestésico prefere roupas velhas e confortáveis e sapatos que não apertam. As vivências de nadar, pisar na areia e estar junto da natureza são muito valorizadas. O tom de voz é baixo, o ritmo é lento e a respiração é abdominal. São pessoas que gostam de músicas mais lentas.

 

Uma pessoa predominantemente cinestésica pode levar bronca dos professores porque não consegue ficar parada na carteira. Ela gosta de se movimentar e isso faz com que só focar no caderno não seja boa ideia.

 

Para aprender melhor, um ótimo caminho para essas pessoas é ensinar para as outras. Uma forma é criar grupos de estudos e interagir com colegas. Outra ideia pode ser criar canais na internet para passar conhecimentos a outros estudantes.

 

Professores conseguem atingir os cinestésicos por meio de visitas técnicas, seminários, trabalhos práticos, dentre outras técnicas. O aluno, por sua vez, deve buscar experiências, montar e desmontar objetos, e se possível fazer trabalhos em grupo. Sempre é preciso lembrar que cinestesia está relacionada à percepção de movimento, peso, resistência e posição do corpo, e a educação precisa ter essa dinâmica.

 

PESSOAS COM CANAL VISUAL PREDOMINANTE

 

Esse terceiro grupo é muito ligado com beleza, estética, formas e detalhes. A postura corporal é rígida, a respiração torácica e a fala muito rápida – as imagens se sucedem na cabeça como um filme.

 

Mesmo que algo seja mais prático, se não for bonito, não será escolhido pelo visual. É uma pessoa que gosta muito de arrumação, e precisa ser convencida por alguém que "mostre" o que é.

 

Pessoas visuais também não dão valor às palavras. Elas também podem não reagir bem ao contato, ao contrário da pessoa cinestésica.

 

Para estudar, é importante lembrar que pessoas visuais têm memória fotográfica. Elementos são lembrados mais facilmente quando organizados de forma visual - seja em livros, resumos do professor ou slides.

 

O aluno deve focar em elaborar resumos, ou ainda mais efetivo do que isso é montar mapas mentais. Pode-se usar e abusar de materiais de papelaria, como post-its ou cadernos divididos por cor. Vídeos ajudam, mas são um recurso passivo, então cuidado!

 

Em casa, recomenda-se que o aluno tenha um local fixo para estudar, seja sala, quarto ou cômodo específico. Isso ajuda a lembrar melhor o conteúdo, organiza lazer e estudo e retira distrações visuais de um ambiente novo.

 

O professor deve atentar ao aluno visual nos seus materiais. Investir tempo em slides e materiais de aula melhores ajuda os alunos. Apesar de que encher slides de texto seja confortável e até mais rápido, prejudica a dinâmica da aula. Figuras grandes, esquemas legíveis, pequenos vídeos, esquemas, mapas mentais, linhas do tempo e outros vários recursos devem ser explorados.

 

COMO SABER QUEM SOU?

 

Uma forma de saber é uma entrevista individual com profissional (como psicólogo). Outra é fazer listas de verificação sobre gostos e percepções, ou ainda o chamado questionário Vark.

 

É interessante usar um instrumento assim porque as pessoas têm um pouco de cada perfil, mas tendem a ter algum predomínio. É esse predomínio que indica as melhores técnicas de estudo. Para professores, é bom saber desse perfil quando se tem orientandos de TCC, pesquisas, ou mesmo quando se percebe que o aluno apresenta muitas dificuldades.

 

PENSANDO AINDA MAIS EM ESTUDOS

 

Ao longo desse post, vimos que as pessoas aprendem de formas diferentes, conforme seus sentidos. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, você descobre outra diferença que existe na forma de aprender e ensinar:

 

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