Ciência & Saúde
A tocofobia é um transtorno que consiste num medo excessivo de engravidar. Isso pode afetar a vida sexual, que de um prazer pode virar preocupação ou até abstinência, e levar, ainda, ao exagero em pílulas do dia seguinte. Vamos descobrir mais?
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[Tocofobia pode acontecer mesmo depois da gravidez. Imagem: lucas mendes / Pexels | Reprodução] |
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O MEDO EXAGERADO
Entre mulheres, o assunto gravidez se torna mais frequente. Notícias sobre gravidez mesmo com prevenção, ou gravidezes múltiplas, são gatilhos para a tocofobia. Nenhum método contraceptivo é 100 % seguro.
Isso faz com que algumas mulheres tomem a pílula do dia seguinte mesmo usando comprimido anticoncepcional. Essa pílula é um recurso extremo, a ser usado apenas de forma excepcional, pois possui alta dose hormonal e leva a efeitos colaterais.
Também há casos de pessoas usando camisinha e depois fazendo vários testes de gravidez. Pior ainda pode ser ficar por meses sem transar.
CLASSIFICANDO COMO TOCOFOBIA
A tocofobia se enquadra dentro do transtorno de ansiedade, como outras fobias específicas como a claustrofobia (medo de locais fechados), acrofobia (medo de locais altos) e outras. Quando a doença recebeu a primeira classificação em pesquisa, o artigo científico que sugere essa classificação divide em:
× Primária: em mulheres que nunca engravidaram.
× Secundária: a mulher tem medo do parto durante a gestação.
Os vários métodos de proteção aplicados ao mesmo tempo aparecem muito na tocofobia primária. Na secundária, apesar de possível, o medo não envolve a relação sexual, geralmente menos frequente, mas o parto.
MOTIVOS QUE DESENCADEIAM
A sociedade vai se transformando e as mulheres mudaram. Parte da tocofobia vem de outros comportamentos sociais, como a escolha pelo momento de engravidar, ou mesmo de não engravidar.
Outro fator muito importante é a responsabilidade da gravidez. Sim, homem e mulher fazem filhos juntos e devem assumir, mas nem sempre essa posição é a tomada pelo parceiro, afetando a autoestima feminina e gerando a tocofobia.
A solidão nesse cuidado é um fator que pesa. No Brasil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) levantou o dado de mais de onze milhões de mães solo.
Há, ainda, a desinformação propagada on-line. 100 % seguros os métodos contraceptivos não são, mas vários deles têm altas taxas de eficácia, exceto técnicas já rechaçadas, como coito interrompido ou tabelas de ciclo menstrual ("regras"). Questões de uso (como camisinha mal colocada, contraceptivo falhado ou DIU mantido fora do lugar) afetam o desempenho.
Laqueaduras falham em uma a cada mil mulheres (1 ‰). Implantes contraceptivos já falham em uma a cada dez mil (0,01 ‰) e camisinhas isoladamente têm taxa de falha de 18 %.
A vantagem de métodos como DIU, implante contraceptivo e SIU é que não dependem de comportamento. Eles pertencem aos métodos do tipo Larc (do inglês contracepção de longa duração ou Long-Acting Reversible Contraceptives). Optar por algo assim pode acalmar a ansiedade, pois a mulher fica mais livre de pensar a cada vez na contracepção.
IDEIAS EQUIVOCADAS
Juntar anticoncepcional e pílula do dia seguinte não funciona. O anticoncepcional bloqueia a ovulação enquanto a pílula adia que ela ocorra, ou seja, se o anticoncepcional foi tomado, a pílula será inefetiva.
A pílula do dia seguinte, além dos efeitos colaterais, não é para usos repetidos. Usar três vezes ou mais em curto período de tempo provoca queda de eficácia.
QUAL O TRATAMENTO?
Não existe um CID (Código Internacional de Doenças) específico para a tocofobia. Isso não permite saber o número real de mulheres afetadas.
A Federação Nórdica de Ginecologia e Obstetrícia, em 2017, levantou dados da tocofobia secundária. Em estudos de dezoito países, 14 % das gestantes apresentavam essa doença.
A falta de CID e os estudos serem mais recentes faz com que inexista protocolo de tratamento. Ginecologistas, psiquiatras e psicólogos devem atuar num tratamento conjunto para apoiar a mulher com tocofobia. O psicólogo vai atuar pensando no longo prazo - a relação da mulher com sua autoconfiança e a sexualidade - e o psiquiatra num efeito mais imediato pela ação de medicamentos.
CUIDADOS DURANTE A GRAVIDEZ
Alguns sintomas indesejados, infelizmente, acontecem na gravidez, como enjoos. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, descubra como lidar com essas situações:
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