Estórias e histórias com fogo

 Curiosidades

 

O fogo sempre teve muitos significados nos diferentes povos que habitam nosso mundo. Calor, alimento, vida, aconchego. Ao longo deste post, vamos descobrir alguns desses significados.

 

Fogo que encanta e inspira estórias

[Não é apenas um simples fogo. Imagem: Pixabay / Pexels | Reprodução]


 

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POVOS ORIGINÁRIOS AMERICANOS

 

Os astecas tinham a tradição de apagarem todos os seus fogos a cada cinquenta e dois anos. Com isso, uma nova chama era acesa e mantida no peito de um prisioneiro. Isso era uma homenagem ao deus Xiuhtecuhtli.

 

Já na América pré-colombiana, atual Peru, vários sacrifícios humanos eram feitos em homenagem ao deus Pachacamac. Tanto Xiuhtecuhtli quanto Pacachamac eram divindades do fogo, e como esse fogo era visto como algo difícil de controlar pelo homem primitivo, melhor manter esses deuses longe da ira contra os povos.

 

MITOS GREGOS E ROMANOS

 

Os gregos tinham os deuses Héstia e Hefastos como deuses do fogo. Também tinham uma das lendas mais conhecidas no Ocidente sobre o fogo.

 

A deusa Héstia controla o fogo doméstico. Ela protegia as lareiras das casas. Curioso que o nome lareira deriva de "lar", justamente por ser o aconchegante lugar onde o fogo aquece as pessoas.

 

Hefastos, por sua vez, era o deus que cuidava da tecnologia do fogo. Ele forjava os raios de Zeus, o deus dos deuses. Apesar de que Hefastos não fosse um Apolo da vida, sua esposa era ninguém menos do que Afrodite, deusa do amor.

 

Fogo é algo muito importante nos mitos gregos. Prometeu ousou roubar de Zeus o fogo que havia sido tirado dos homens. A ira de Zeus foi tanta que ele amarrou Prometeu numa montanha e, como castigo, uma águia vinha todos os dias bicar-lhe o fígado.

 

Assim como existia Héstia para os gregos, Vesta era deusa romana do fogo e da pureza (pois as duas coisas teriam relação, o fogo seria purificador dos pecados). As vestais, sacerdotisas de Vesta, tinham como lemas de vida manter o fogo sagrado e não manter qualquer tipo de namoro.

 

ORIENTE MÉDIO

 

Na Índia, diferentemente da Grécia, não havia uma deusa do lar e do fogo, mas um deus, Agni. Sacrifícios humanos eram feitos em sua honra.

 

Há bem pouco tempo ainda persistia o costume de cremar a esposa viva quando o marido morria. Essa prática se assemelha aos sacrifícios a Agni.

 

FOGO COMO SÍMBOLO BÍBLICO

 

A todo momento o fogo é mencionado na Bíblia. Ele é um instrumento da ação de Javé. No monte Sinai, por exemplo, ele se apresentou em chamas a Moisés.

 

Povos judeus em dias santos tinham o costume de não acenderem fogo. Hoje o ato simbólico é não acenderem lâmpadas.

 

Católicos, por sua vez, acendem muitas lâmpadas votivas e velas em grandes quantidades. Há também a queima do incenso. O fogo é visto como símbolo dos dons do espírito santo, bem como a representação da luz frente ao escuro.

 

MAIS LENDAS

 

Lá em terras nórdicas, na Finlândia, um mito diz que o fogo surgiu da espada de um deus. Depois, ele vira propriedade de uma divindade do ar. 

 

Mais tarde, o fogo cai num lago e é engolido por uma truta. Essa truta é devorada por um salmão e todos por um lúcio (nome de peixes do gênero Esox).

 

Acabando essa epopeia ainda na cadeia alimentar, um herói pescou esse lúcio. Ao fazer isso, libertou o fogo e o devolveu à humanidade.

 

Aqui no Brasil, os indígenas guardam na lenda dos bororós do Mato Grosso a estória do pajé que ousou roubar a chama do Sol. Ao ser punido virou japu, pássaro com bico vermelho por conta desse roubo.

 

O FOGO NAS OLIMPÍADAS

 

A tocha olímpica foi inserida nos jogos por inspiração dos povos gregos, aliás, os primeiros jogos olímpicos foram em terras gregas. A tocha anuncia os jogos olímpicos e é um símbolo de paz e amizade.

 

De acordo com o site oficial das Olimpíadas, as tochas foram usadas pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936. Depois disso, foram sendo aprimoradas, tanto que as tochas modernas dos Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno resistem aos efeitos do vento e da chuva e possuem desenho único em homenagem ao país anfitrião e ao espírito dos Jogos.

 

NO RIO GRANDE DO SUL

 

A chama dos Jogos de Berlim inspirou além das fronteiras. Ao Brasil, surgiu a ideia da pira da pátria e depois, em abrangência estadual, surgiu a chama crioula no ano de 1947. Geralmente é retirada uma centelha da pira da pátria para a acender a chama crioula, ao longo dos anos.

 

Além do fogo da chama crioula, também existia o chamado fogo eterno, mantido numa fazenda em São Sepé, até o ano de 2025. A proprietária do local alegou faltar lenha na picada onde costumava retirar, e que não iria manter o fogo de outra forma, extinguindo essa tradição de duzentos anos.

 

E COM FOGO SE APAGA FOGO

 

Vamos além nas curiosidades sobre o fogo. Acredite: é possível que fogo apague fogo, e isso não é apenas simbólico. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, descubra melhor como tudo isso acontece:

 

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👉 Com fogo se apaga fogo

 

 

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