Descubra curiosidades sobre os escorpiões

 Animais

 

Mais do que um signo do zodíaco, o escorpião é um animal que existe em solo terrestre há muito tempo. Algumas espécies são capazes de matar um homem, mas calma: não são todas. Vamos entender mais dessa e de outras curiosidades ao longo deste post!

 

Escorpião com a pinça erguida, no chão

[Um dos muitos escorpiões que existem. Imagem: Sharath / Pexels | Reprodução]

 

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OS ESCORPIÕES

 

Em geral, os escorpiões são de pequeno porte, não passando de dois centímetros. Os maiores chegam a vinte. São, ao todo, mil e quinhentas espécies, todas com diferenças entre si.

 

Falamos em escorpião com 20 cm: é o Pandinus imperator, o maior que existe, nativo da África Equatorial. Ele tem uma couraça negra e que brilha à noite.

 

Como é um escorpião muito grande, sua forma impressiona. As garras dianteiras ou palpos lembram as tenazes de um lagostim.

 

Em geral, pensando nos ambientes urbanos, são encontrados em casas e comércios com materiais depositados. Além disso, aparecem na falta de predadores naturais.

 

ESPÉCIES VENENOSAS

 

Todos os escorpiões têm veneno, mas isso não significa que todos são letais. Aqueles que conseguem afetar humanos estão no Norte da África, no Oeste mexicano e no Sudeste brasileiro.

 

Eles carregam na pinça da cauda um veneno que é uma neurotoxina. A quantidade e outros fatores definem a letalidade. 

 

A dor é muito forte em quem sofre a picada. Há muitos tremores e o andar é cambaleante.

 

A morte nesse caso é muito sofrida. Após tudo isso, ainda acontecem suores frios e até convulsões.

 

Das mil e quinhentas espécies, apenas vinte geram venenos letais a um homem adulto. Problema é que existem seres mais frágeis, como as crianças, que podem ser sensíveis a mais tipos ou doses de veneno de escorpião.

 

O veneno é um neurotóxico porque age sobre o sistema nervoso, causando morte por asfixia. Há uma falha nos comandos nervosos que atuam no sistema respiratório.

 

Uma diferença entre os venenos de escorpião e de cobra é que, no caso do escorpião, o antídoto não precisa de identificação do tipo de animal peçonhento. Um único soro resolve e todos os países produtores criam soros eficientes em quaisquer casos.

 

Os cavalos, assim como no soro antiofídico, também são utilizados para preparar soro contra veneno de escorpião. Eles recebem doses progressivas de veneno até atingirem um potencial de imunidade. Com isso, eles têm o sangue coletado e o soro separado.

 

O veneno usado para a hiperimunização do cavalo vem de escorpiões vivos ou mortos. Seis mil glândulas (de três mil escorpiões) geram 2,5 g de peçonha seca. Isso serve para a primeira hiperimunização do cavalo, que contribuirá com duzentas e cinquenta ampolas de soro.

 

O soro é disposto em ampolas com 5 mL.  São usadas quatro dessas ampolas num acidente grave, injetadas num vaso sanguíneo.

 

No ataque, as pinças dianteiras do escorpião agarram e seguram a vítima. Após, o agulhão venenoso da ponta da cauda é introduzido e libera o veneno.

 

Quando uma pessoa é picada, pode controlar a dor imergindo o local atingido em água quente. Outros medicamentos podem ser usados no pronto-socorro. Depois desse calor, dá-se um choque com aplicações de compressas geladas, evitando com que o veneno se espalhe tão rápido.

 

AS ESPÉCIES BRASILEIRAS

 

Das espécies brasileiras, duas devem ser temidas porque possuem veneno capaz de matar. Uma delas é a Tytius serrulatus e a outra a Tytius bahiensis. O primeiro é amarelo, em homenagem a uma serra em que é encontrado, enquanto o segundo é marrom e recebeu o nome por conta de onde foi descoberto, apesar de ser visto em estados como Mato Grosso e Rio Grande do Sul. O serrulatus está apenas nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.

 

No Brasil, o instituto Butantan fabrica o soro contra veneno desses escorpiões. Um estímulo elétrico não letal é aplicado no escorpião, que libera uma gota de veneno. Várias gotas são reunidas num vidro de relógio e levadas ao secador a vácuo. Depois, o processo passa pela hiperimunização do cavalo, que falamos há pouco.

 

ADAPTABILIDADE

 

Os escorpiões teriam passado ilesos de muitas mudanças na Terra e ainda estão por aí. Claro, falar disso não implica em dizer que não houve evolução das espécies.

 

O fóssil mais antigo foi encontrado em Gotland, ilha sueca no meio do Mar Báltico. Foram poucos pedaços recuperados. Interessante notar que na Escandinávia, ou na Suiça, não há, hoje, escorpiões.

 

REPRODUÇÃO

 

Os escorpiões machos não possuem órgão reprodutor externo, necessitando de uma verdadeira manobra na dança do acasalamento. Com um movimento certo, conseguem introduzir o sêmen e gerarem os filhotes. Todas as fêmeas de escorpião geram ovos.

 

ALIMENTAÇÃO

 

O veneno dos escorpiões é um recurso para alimentação, dimensionado para ser letal contra ratos, baratas, lagartixas e outros pequenos seres devorados, conforme o porte do escorpião. Esse veneno é potente, em geral, apenas para paralisar essas presas.

 

Sem mandíbulas, não mastigam a comida. A forma de alimentação muda conforme as espécies, mas em geral as partes macias da presa são trituradas em um par de quelíceras, liquefeitas e empurradas para dentro do estômago. O que ele não consegue digerir é descartado.

 

Depois da refeição, o escorpião pode passar longo tempo sem se alimentar novamente. De certo modo, isso garante a sobrevivência da espécie com o passar dos anos, enfrentando melhor adversidades, como a comida mais restrita.

 

ALGUNS MITOS

 

Escorpiões vão sendo paridos com aparência de animais adultos, porém de menor porte. Até duas semanas, ficam sobre o dorso da mãe e usam as reservas de energia que haviam no ovo em que estavam.

 

Essa aparência faz com que pareça que a mãe está se transformando nos filhotes - mas não são seres unicelulares, enfim, não ocorre bipartição ou cissiparidade. Mesmo não sendo essa a situação, povos nativos matavam queimados escorpiões e crias para acabarem com o mal pela raiz (e depois da raiz).

 

Outro mito é o do suicídio. Crianças tinham o costume de fazerem rodas de fogo e colocarem um escorpião dentro. O inseto morre por desidratação, mas não por seu próprio veneno. Escorpiões e outros animais são imunes ao próprio veneno, que afeta apenas às outras espécies animais.

 

NA CADEIA ALIMENTAR

 

Existem animais que não estão nem aí para o veneno do escorpião. Alguns tipos de lagartos são capazes de se alimentar de escorpiões.

 

Além disso, é mais um daqueles casos de morrer de amor. A fêmea costuma devorar o macho.

 

E QUANDO SE FALA DE PICADAS DE ANIMAIS

 

As picadas de insetos, mesmo não sendo venenosos o suficiente para matar, causam vários desconfortos. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, você pode descobrir como funciona a escala que define a dor sentida numa picada:

 

E AINDA MAIS PARA VOCÊ:

👉 O índice Schmidt

 

 

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