O que é o óleo de palmiste?

 Alimentos

 

    A palma é uma das oleaginosas mais produtivas, podendo chegar a produzir vinte vezes mais do que a soja numa mesma área. Ela também é a única oleaginosa de que se pode extrair dois tipos de óleos com características muito diferentes.

 

 

Um desses óleos é o de palmiste, advindo da amêndoa da palma. Ele é rico em ácido láurico, pastoso à temperatura ambiente e esbranquiçado. Quando aquecido, torna-se líquido e levemente amarelado.

 

Ao longo deste post você vai descobrir muito mais sobre o óleo de palmiste. Siga na leitura!

 

Vendo um óleo de palmiste em meio às amêndoas

[Óleo de palmiste e origem. Imagem: Ypy Sorvetes | Reprodução]


 

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COMO É FEITA A EXTRAÇÃO DESSE ÓLEO?

 

O óleo de palmiste pode ser chamado também de óleo de semente de palma ou óleo de coco de palmiste. Ele é extraído da amêndoa de dentro da palma, fruto de uma palmeira originária da costa ocidental africana, o popular dendezeiro.

 

O óleo de palma vem da polpa e o de palmiste das sementes. Entre eles há outras diferenças, como os ácidos graxos componentes. O de palma é rico em palmítico e oleico, enquanto no palmiste se destaca pelo láurico e mirístico.

 

A extração do óleo de palmiste é feita por prensagem, sem adição de quaisquer solventes químicos. Ao aquecer os frutos a vapor, as amêndoas encolhem parcialmente e isso facilita que se separem da casca. As nozes são polidas para eliminar resíduos de casca.

 

Num moinho, separa-se amêndoas e cascas. As amêndoas são quebradas e laminadas, enquanto as cascas são usadas na produção de carvão ativado.

 

A laminação gera uma pasta, a qual é prensada para se obter óleo de palmiste. Esse óleo é o semissólido em temperatura ambiente, ou seja, é um meio-termo entre óleo e gordura. Para se tornar líquido, é aquecido em banho-maria.

 

A composição em geral está de 42 a 52 % de ácido láurico e 16 % de ácido mirístico. O ácido láurico está também no leite materno e possui propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas e antifúngicas.

 

Óleo de palmiste não deixa gosto e nem cheiro quando comparado com óleo de coco de praia ou de babaçu. Ele serve para substituir a margarina para receitas de bolos e pães.

 

Por possuir gordura saturada, dá crocância nesses preparos. O uso, no entanto, precisa ser moderado para evitar problemas de saúde.

 

USOS DO ÓLEO DE PALMISTE

 

O uso de óleo de palmiste cresce junto com o de palma, pela extração em paralelo. Também ocorreu uma queda no uso de óleo de coco babaçu.

 

O óleo de palmiste é usado na indústria alimentícia, cosmética e aplicações domésticas pontuais. Na produção de chocolates, pode substituir a manteiga de cacau. Essa característica também faz com que apareça em alguns picolés de chocolate com casquinha.

 

Nos usos cosméticos, pode-se citar alguns deles:

 

× Condutor para massagem.

× Cosméticos para combater inflamações.

× Produtos para nutrir a pele.

× Emoliente e umectante para pele.

× Nutrição de cabelos e anticaspa.

 

É um óleo de rápida absorção. Isso ajuda pessoas com tendência de pele oleosa, evitando obstruir os poros.

 

Em casa, pode ser usado numa aplicação similar à do óleo de peroba. O óleo de palmiste pode ser passado nos móveis para proteção e renovar o brilho.

 

Outro uso doméstico é similar ao da banha, usada nos primórdios para curar feridas de animais. Pequenos machucados podem receber óleo de palmiste.

 

IMPACTOS AMBIENTAIS NA EXTRAÇÃO AO LONGO DOS ANOS

 

Cultivos comerciais podem substituir vegetação nativa com o passar do tempo, e isso gera impactos ambientais. Com o óleo de palma e o de palmiste, a situação não foi diferente.

 

Houve grandes desmatamentos na Indonésia e na Malásia. A lucratividade do óleo como produto de exportação impulsionou esse processo.

 

Ao longo do tempo, surgiu a Mesa Redonda para Óleo de Palma Sustentável (RSPO). Essa organização desenvolveu critérios ambientais a serem cumpridos pelas empresas visando a sustentabilidade ambiental e social. Com o cumprimento, pode-se obter o Certificado de Óleo de Palma Sustentável (CSPO).

 

No Brasil, o Governo Federal lançou o Programa de Produção Sustentável do Óleo de Palma, em maio de 2010. O programa tornou proibido o desmatamento do bioma amazônico para expansão do plantio da palma. Plantio e expansão só em áreas há tempo já desmatadas.

 

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