Marinha do Brasil: uma síntese histórica

 Literatura

 

Desde as expedições ultramarinas até os dias atuais, a Marinha fez parte da História do Brasil. Com tanta história assim, em 2018 a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha lançou o livro "Marinha do Brasil: uma síntese histórica".

 

Vamos ver alguns detalhes do livro? Depois, diremos onde você pode encontrar para leitura.

 

A sobrecapa do livro que conta histórias da marinha brasileira em paralelo ao desenvolvimento nacional

[Capa do Livro. Imagem: Marinha | Reprodução]


 

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AS PARTES DO LIVRO

 

Esse livro é dividido em capítulos segundo alguns episódios históricos marcantes ou figuras nacionais e internacionais que contribuíram para fazer a Marinha que temos hoje. Além da pegada histórica, o livro traz um foco institucional de explicar os porquês de uma marinha existir, mesmo em tempos ditos de paz.

 

Cada capítulo é escrito por um autor. Todos os autores pertencem à Marinha e possuem formação em áreas de conhecimento como História ou Geografia, em graduação, mestrado ou doutorado.

 

Capítulo I - Por mares nunca dantes navegados: a chegada dos Portugueses no Brasil

 

No século XV, Portugal passou por um intenso desenvolvimento naval visando a criação de colônias ultramarinas. Todo esse processo culminou, em 1500, na chegada a terras brasileiras.

 

Na família real portuguesa, existia uma pessoa com forte influência no desenvolvimento naval. Essa pessoa foi o Infante D. Henrique, conhecido como "o Navegador" e participante da Escola de Sagres.

 

Neste capítulo, são trazidos ainda o Tratado de Tordesilhas (7 de julho de 1494), a chegada de Vasco da Gama à Índia (20 de maio de 1498). Por fim, a chegada de Pedro Álvares de Cabral ao Brasil (22 de abril de 1500), cuja intenção ou não é discutida.

 

Capítulo II - O poder naval português na defesa do seu império marítimo (séc. XVI - XVIII)

 

Durante as primeiras décadas do século XVI, a maior parte das receitas portuguesas era concentrada no comércio ultramarino. Incentivos à navegação, fortificações e o povoamento das colônias foram políticas marcantes da época.

 

Falando especificamente do Brasil, o sistema de capitanias hereditárias passou a vigorar em 1534. Com esse sistema, havia a ideia de ocupar a colônia, mas sem grandes investimentos portugueses, pois não havia produtos de interesse, como metais preciosos, descobertos no Brasil.

 

Capítulo III - A transmigração da Família Real para o Brasil e a Independência

 

Portugal ficou no meio de um conflito entre Inglaterra, já com enorme poderio naval, e a França. Ao tomar partido com um país, poderia sofrer retaliações do outro.

 

Ao tomar partido pela Inglaterra, visando manter o apoio da marinha britânica aos navios mercantes portugueses, Portugal acabou na iminência de um ataque francês.

 

Com o acirramento das tensões, toda a corte portuguesa foi transferida ao Brasil. Foram quinze navios da esquadra portuguesa e cerca de trinta navios mercantes, que chegaram em nosso país em janeiro de 1808.

 

Capítulo IV - Meios navais, armas e táticas dos séculos XIV ao XVIII

 

Neste capítulo, o livro explora tipos de embarcações, começando pelas caravelas, naus e galeões. Também são descritos elementos como velas e canhões.

 

Capítulo V - A atuação da Marinha Imperial no processo de consolidação do Estado Nacional

 

Aqui, o livro retorna o veio da História Brasileira e relata os episódios após o retorno da família imperial portuguesa, quando o Brasil caminhou rumo à independência. Em 1822, Dom Pedro I a proclamou e nos anos seguintes o país precisaria se consolidar como nação e combateve movimentos separatistas regionais.

 

Alguns desses movimentos foram:

 

×  Confederação do Equador (1824), em Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará.

×  Cabanagem (1835 - 1840), no Grão-Pará.

×  Sabinada (1837 - 1838), na Bahia.

×  Balaiada (1838 - 1841), no Maranhão.

×  Revolução Farroupilha e Guerra dos Farrapos (1835 - 1845), no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

× Revolução Praieira (1848-1849), em Pernambuco.

 

Capítulo VI - A Guerra da Tríplice Aliança

 

Francisco Solano Lopez teve atitudes hostis ao Brasil, mesmo sem declarações formais de guerra. Houve litígio em terras matogrossenses e o Paraguai desejava invadir o Rio Grande do Sul. A Argentina também sofreu reveses com o Paraguai, e isso fez com que ficasse propensa a uma aliança com o Brasil.

 

Em 1° maio de 1865, Brasil, Argentina e Uruguai assinaram o Tratado da Tríplice Aliança. Algumas cláusulas incluíram a livre navegação dos rios regionais e a soberania paraguaia sendo mantida com o fim da guerra.

 

Neste capítulo, é narrada a atuação da marinha em disputas em meio fluvial. Batalhas épicas como a do Riachuelo são descritas em detalhes.

 

Capítulo VII - Da vela ao carvão; da madeira ao aço: a tecnologia naval se transforma

 

O foco sai novamente do contexto histórico brasileiro e vai à tecnologia naval. Ilustra-se as mudanças quanto aos materiais dos navios, a energia usada para movimentá-los

 

Capítulo VIII - A Marinha e as conturbações políticas das primeiras décadas da República

 

Em 1889, Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a república, movimento que foi pacífico de começo, mas trouxe instabilidades posteriormente. A manutenção pela legalidade veio com conflitos armados. Outro marco do período foi a necessidade de formação de pessoal da Marinha que se adaptasse aos equipamentos mais modernos.

 

Capítulo IX - A Marinha do Brasil na Primeira Guerra Mundial

 

Em 28 de junho de 1914, com o assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando e sua mulher Sofia, as tensões em solo europeu chegaram ao limite para a Primeira Grande Guerra. O Brasil não estava em guerra, situação que mudaria depois.

 

Após ações hostis da marinha alemã a navios, mesmo de países neutros, o Brasil rompeu relações diplomáticas. Em 1917 viria a declaração de guerra à Alemanha e seus aliados (Tríplice Aliança), com apoio à Tríplice Entente.

 

Capítulo X - A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial

 

Assim como na Primeira Grande Guerra, o Brasil não começou na Guerra, mas teve ataques a seus navios como motivação. Foram trinta e três ataques e mais de novecentas pessoas mortas.

 

No último dia de agosto de 1942, Getúlio Vargas declarou guerra à Alemanha e aliados. Navios mercantes passaram a ser protegidos pela marinha em comboio, e as forças armadas brasileiras deram apoio aos EUA e aliados.

 

Capítulo XI - A Marinha em apoio à Política Externa Brasileira

 

Neste capítulo, de cunho mais institucional, a relação entre diplomacia e forças armadas é explicada. Missões de paz, a pesquisa e exploração da Amazônia Azul, a base na Antártida e outros elementos são elucidados.

 

Capítulo XII - Do Carvão ao Petróleo e à Energia Nuclear: a Marinha se transforma

 

Neste capítulo, o autor dá enfoque às transformações tecnológicas como:

 

× Fontes de energia - vento, carvão e atualmente a energia nuclear.

× Forças navais - além de navios, a aviação naval e submarinos.

× Pesquisa e desenvolvimento - o surgimento do CNPq.

 

Capítulo XIII - A Marinha do Brasil no Século XXI

 

Esse é um capítulo mais institucional, que explica princípios, valores e atuação da marinha na atualidade.

 

Capítulo XIV - Vultos da História Naval

 

No capítulo final, figuras marcantes da marinha brasileira são relembradas, como por exemplo o Almirante Tamandaré. Foi um capítulo baseado em um folheto da marinha com as biografias dessas figuras.

 

ONDE ENCONTRAR PARA LEITURA?

 

O livro pode ser obtido em via física, com a Marinha, ou por Lojas como a Amazon, via digital. Cada um pode escolher como fará sua leitura, mas nesse livro, em função das gravuras e qualidade de impressão, a experiência de leitura é muito mais interessante com o livro físico.

 

E O HISTÓRICO DO CRISTO REDENTOR

 

Ainda pensando em símbolos nacionais, o Cristo Redentor completou noventa e dois anos de inauguração em 2023. Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, veja mais sobre o livro que conta a história desse símbolo do Rio de Janeiro, do Brasil e de todos com fé!

 

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👉 A história do Cristo Redentor, nas palavras de Rodrigo Alvarez

 

 

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