A divisão digital

Tecnologia


As cidades ao redor do mundo estão se transformando para um novo conceito chamado de smart city ou cidade inteligente. Dentro deste conceito está a inserção de serviços públicos que se utilizam de mecanismos digitais, com conexão à web, para funcionar. No Brasil, já vemos isto na Previdência Social, Carteira de Trabalho e outros serviços.

É importante que haja a modernização, mas ela precisa ser pensada para todas as pessoas. Quando isto não ocorre, há a divisão digital.

https://www.oblogdomestre.com.br/2020/02/DivisaoDigital.Tecnologia.html
[É preciso garantir acesso ou opções além do digital. Imagem: Gerd Altmann/Pixabay]



A divisão digital é um problema que acontece quando pessoas são excluídas de usufruir alguns benefícios em função da carência de algum recurso tecnológico ou conectividade. Em alguns exemplos ao redor do Brasil, podemos ver casos em que se evitou que a divisão digital ocorresse, e outros que ela acaba ocorrendo mesmo sem que se perceba.

OS SERVIÇOS E A DIVISÃO DIGITAL


Na Previdência Social, temos um exemplo interessante. Apesar de que haja a plataforma “Meu INSS”, é possível fazer alguns serviços ligando por telefone. Se ainda assim houver impossibilidade, há computador(es) destinado(s) ao apoio ao público na agência, para que não haja pessoas desassistidas.

Nas agências da Receita Federal, já existe a opção de agendamento de serviços de forma virtual, agilizando o atendimento pela marcação prévia. Outra opção virtual está em alguns serviços que devem ser prontos antes do dia atendimento, via website, como alguns documentos de regularização imobiliária. Por outro lado, ainda é possível realizar marcações presenciais, com um número limitado de atendimentos.

Em cidades com praias, é comum a presença de chuveiros públicos para que os banhistas possam retirar a areia do corpo e levar apenas as boas lembranças para casa. Em algumas, o acionamento do chuveiro com água fria é por registro. Nas mais modernas, usam-se sensores de presença para o acionamento da água.

E ainda há alguns casos de chuveiros acionados após acesso a um site por meio de QR code. Tal solução provoca divisão digital, pois nem todos vão possuir alguém para alcançar o celular depois do acionamento ou mesmo haver pessoas que não usem 4G no celular. Neste caso, o uso de conexão não traz benefícios que compensem as limitações criadas.

Um último exemplo que traremos aqui serão os documentos digitais. Além de a carteira de trabalho permanecer em versão física e apenas as novas versões serem exclusivamente digitais, outros documentos foram pensados para evitar a divisão digital. ID Jovem, título de eleitor, carteira de motorista e outros documentos são acessados por aplicativos de celular, mas uma vez baixados com conexão de internet, os mesmos mantêm o acesso offline. Se consideramos a carteira de motorista, por exemplo, há o uso em blitz de rodovias, onde nem sempre se está em meio urbano e com conexão de boa qualidade. Com o uso offline, permitiu-se que haja a possibilidade de uso constante.

Para todos os exemplos citados e para outros, é preciso pensar em períodos de transição, eficiência e na possibilidade de que alguém possa não acessar adequadamente algum serviço se houver a opção apenas digital. Como os serviços públicos devem ser para todos, este princípio deve ser estender as suas modernizações.


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