Tecnologia
As cidades ao redor do mundo estão se
transformando para um novo conceito chamado de smart city ou cidade
inteligente. Dentro deste conceito está a inserção de serviços públicos que se
utilizam de mecanismos digitais, com conexão à web, para funcionar. No Brasil,
já vemos isto na Previdência Social, Carteira de Trabalho e outros serviços.
É importante que haja a modernização, mas ela
precisa ser pensada para todas as pessoas. Quando isto não ocorre, há a divisão
digital.
[É preciso garantir acesso ou opções além do digital. Imagem: Gerd Altmann/Pixabay] |
A divisão digital é um problema que acontece
quando pessoas são excluídas de usufruir alguns benefícios em função da carência
de algum recurso tecnológico ou conectividade. Em alguns exemplos ao redor do
Brasil, podemos ver casos em que se evitou que a divisão digital ocorresse, e
outros que ela acaba ocorrendo mesmo sem que se perceba.
OS SERVIÇOS E A DIVISÃO DIGITAL
Na Previdência Social, temos um exemplo interessante.
Apesar de que haja a plataforma “Meu INSS”, é possível fazer alguns serviços
ligando por telefone. Se ainda assim houver impossibilidade, há computador(es)
destinado(s) ao apoio ao público na agência, para que não haja pessoas
desassistidas.
Nas agências da Receita Federal, já existe a
opção de agendamento de serviços de forma virtual, agilizando o atendimento pela
marcação prévia. Outra opção virtual está em alguns serviços que devem ser
prontos antes do dia atendimento, via website, como alguns documentos de
regularização imobiliária. Por outro lado, ainda é possível realizar marcações
presenciais, com um número limitado de atendimentos.
Em cidades com praias, é comum a presença de
chuveiros públicos para que os banhistas possam retirar a areia do corpo e
levar apenas as boas lembranças para casa. Em algumas, o acionamento do
chuveiro com água fria é por registro. Nas mais modernas, usam-se sensores de
presença para o acionamento da água.
E ainda há alguns casos de chuveiros
acionados após acesso a um site por meio de QR code. Tal solução provoca
divisão digital, pois nem todos vão possuir alguém para alcançar o celular
depois do acionamento ou mesmo haver pessoas que não usem 4G no celular. Neste
caso, o uso de conexão não traz benefícios que compensem as limitações criadas.
Um último exemplo que traremos aqui serão os
documentos digitais. Além de a carteira de trabalho permanecer em versão física
e apenas as novas versões serem exclusivamente digitais, outros documentos
foram pensados para evitar a divisão digital. ID Jovem, título de eleitor, carteira
de motorista e outros documentos são acessados por aplicativos de celular, mas
uma vez baixados com conexão de internet, os mesmos mantêm o acesso offline. Se
consideramos a carteira de motorista, por exemplo, há o uso em blitz de
rodovias, onde nem sempre se está em meio urbano e com conexão de boa
qualidade. Com o uso offline, permitiu-se que haja a possibilidade de uso
constante.
Para todos os exemplos citados e para
outros, é preciso pensar em períodos de transição, eficiência e na
possibilidade de que alguém possa não acessar adequadamente algum serviço se
houver a opção apenas digital. Como os serviços públicos devem ser para todos,
este princípio deve ser estender as suas modernizações.
□
GOSTOU DESTA POSTAGEM ☺? USANDO A BARRA DE BOTÕES, COMPARTILHE COM SEUS AMIGOS 😉!
0 Comentários
Seu comentário será publicado em breve e sua dúvida ou sugestão vista pelo Mestre Blogueiro. Caso queira comentar usando o Facebook, basta usar a caixa logo abaixo desta. Não aceitamos comentários com links. Muito obrigado!
NÃO ESQUEÇA DE SEGUIR O BLOG DO MESTRE NAS REDES SOCIAIS (PELO MENU ≡ OU PELA BARRA LATERAL - OU INFERIOR NO MOBILE) E ACOMPANHE AS NOVIDADES!