História
O período da Ditadura Militar é um dos
momentos controversos da história brasileira. Há quem peça sua volta, ou fale
em intervenção militar, ou outras coisas do gênero. Fato é um só: nem tudo foi
bom, nem tudo foi ruim, e as memórias de tudo o que aconteceu devem servir de
exemplo às gerações futuras, por ser boa escola para entendimento dos porquês
de características que regem os governos democráticos.
Vamos entender um pouco mais aqui no post?
Continue lendo!
[Imagem: Ichigo121212/Pixabay] |
GOVERNOS ANTERIORES
O período anterior foi marcado por governos
com medidas que lhe renderam o título de "Liberal-populista", indo de
1945 a 1964 (para saber mais, veja os posts sugeridos). Nele, houve governos
como o de Juscelino Kubitschek, conhecido pelo slogan "cinquenta anos em
cinco", Jânio Quadros e, após a renúncia do mesmo, foi sucedido por João
Goulart, seu vice.
AS PROPOSTAS DE JANGO
João Goulart propôs reformas que envolviam
questões como reforma agrária e outras. Não havia a intenção de implantar um
governo socialista no Brasil, e a economia apresentou um retrocesso naqueles
anos. Entretanto, esses fatores levaram à tomada de poder pelos militares, com
o apoio de parte da sociedade, indiretamente pelos estadunidenses, e por
empresas, como a TV Globo, que, publicamente e anos mais tarde, reconheceu esse
apoio e apontou não ter sido a melhor decisão. Na época, com os
"fantasmas-comunistas", a ameaça à propriedade privada falou mais
alto. O apoio empresarial fez com que alguns historiadores passassem a chamar o
período de ditadura civil-militar.
OS AI's
Após um golpe de estado, em 31 de março de
1964, os militares assumiram o comando do país e centralizaram o governo em
suas mãos. Para "proteger" o
país de uma "ditadura comunista", instaurou-se outra ditadura, com
governo fundamentado nos Atos Institucionais de número um a cinco. Os
presidentes Castelo Branco, Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto
Geisel e João Figueiredo governaram em cima desses AI's. A oposição era mero
enfeite, representada pelo partido MDB. O governo, no congresso, era representado
pelo partido Arena.
CENSURA E TORTURA
O governo ditatorial, como ocorre em outros
países e ocorreu no Brasil, caracteriza-se pela repressão a qualquer oposição.
Não se mantém o poder apenas na forma política, mas pela força, com completa
repressão.
Muitas pessoas foram mortas, estupradas e
torturadas. De algumas não se tem o paradeiro até hoje. A imprensa passou por
um crivo intenso do que poderia veicular em meios falados ou escritos. Dessa forma,
apenas o conveniente seria retratado, apenas o útil seria escrito.
QUEM SENTIU E QUEM NÃO SENTIU
A neutralidade política ou o apoio ao
governo fizeram com que muitas pessoas pouco ou não notassem os efeitos do
governo. Pessoas que viviam sua rotina de trabalho no interior, ou em pequenos
centros, nada sofreram. Isso deu a sensação de que nada aconteceu.
A DERROCADA
Chegou um momento em que a economia entrou
em recessão e, junto com ela, o governo. Aliás, os diversos casos de economias
em crise levaram muitos governos a mudar de rumo e serem superados por partidos
ou linhas de atuação diferenciadas. O Governo, em 1984, foi assumido por um
civil após movimentos populares em favor da redemocratização, após a anistia
aos presos políticos em 1979.
A queda na economia levou à inflação. Esse
verdadeiro fantasma só veio a ser controlado na criação do plano real por
Fernando Henrique Cardoso.
OS MITOS QUE FICARAM
Vários mitos ficaram após o governo militar.
Um deles é o da vagabundagem e do crime. Os militares passaram a sensação de
segurança, justamente por serem dessa área. Entretanto, se falarmos em oposição
ao governo naquele período, censura e tortura, ainda há quem justifique com uma
suposta falha de conduta de opositores, atribuindo-lhes os piores adjetivos.
Quando alguém faz parte do crime e comete
atos que prejudicam a sociedade, deve ser preso. Mas o simples fato de ser
contrário a algo não pode ser motivo para tortura.
Liberdade de opinião e expressão deve ser
direito. Isso ajuda ao equilíbrio do poder.
Nenhum tipo de poder político ou posição
pública pode existir sem restrições. Qualquer um precisa possuir limites e
passar por algum tipo de controle. Como o ditador não é um dono-da-verdade, um
semideus ou qualquer coisa assim, deve estar submetido à opinião pública e
outros mecanismos de equilíbrio de forças.
A falta desse contraponto fez com que a
corrupção, que existiu nesse período, fosse uma realidade alheia ao país. A
falsa sensação de moralidade, também, visto que os militares no poder
reservaram itens culturais para si e proibiram à sociedade.
NA ECONOMIA
De maneira mais específica, o governo se
sustentou com base em vultosas quantias de capital estrangeiro. Houve um
fortalecimento da economia, acompanhado de desigualdade social e salários
achatados. Isso se explica pelo apoio do setor empresarial, amplamente
atendido.
Houve a tentativa de gerar riqueza nacional
e possuir fundos para pagar os financiamentos que deram sustentação aos
militares, com investimento no setor energético. Mas o contexto econômico
externo, com crises em outros países, impediu que o intento fosse alcançado.
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