Por que a ditadura militar começou e acabou?


História


O período da Ditadura Militar é um dos momentos controversos da história brasileira. Há quem peça sua volta, ou fale em intervenção militar, ou outras coisas do gênero. Fato é um só: nem tudo foi bom, nem tudo foi ruim, e as memórias de tudo o que aconteceu devem servir de exemplo às gerações futuras, por ser boa escola para entendimento dos porquês de características que regem os governos democráticos.

Vamos entender um pouco mais aqui no post? Continue lendo!


https://www.oblogdomestre.com.br/2019/07/DitaduraMilitar.Historia.html
[Imagem: Ichigo121212/Pixabay]



GOVERNOS ANTERIORES


O período anterior foi marcado por governos com medidas que lhe renderam o título de "Liberal-populista", indo de 1945 a 1964 (para saber mais, veja os posts sugeridos). Nele, houve governos como o de Juscelino Kubitschek, conhecido pelo slogan "cinquenta anos em cinco", Jânio Quadros e, após a renúncia do mesmo, foi sucedido por João Goulart, seu vice.

AS PROPOSTAS DE JANGO


João Goulart propôs reformas que envolviam questões como reforma agrária e outras. Não havia a intenção de implantar um governo socialista no Brasil, e a economia apresentou um retrocesso naqueles anos. Entretanto, esses fatores levaram à tomada de poder pelos militares, com o apoio de parte da sociedade, indiretamente pelos estadunidenses, e por empresas, como a TV Globo, que, publicamente e anos mais tarde, reconheceu esse apoio e apontou não ter sido a melhor decisão. Na época, com os "fantasmas-comunistas", a ameaça à propriedade privada falou mais alto. O apoio empresarial fez com que alguns historiadores passassem a chamar o período de ditadura civil-militar.

OS AI's


Após um golpe de estado, em 31 de março de 1964, os militares assumiram o comando do país e centralizaram o governo em suas mãos.  Para "proteger" o país de uma "ditadura comunista", instaurou-se outra ditadura, com governo fundamentado nos Atos Institucionais de número um a cinco. Os presidentes Castelo Branco, Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo governaram em cima desses AI's. A oposição era mero enfeite, representada pelo partido MDB. O governo, no congresso, era representado pelo partido Arena.

CENSURA E TORTURA


O governo ditatorial, como ocorre em outros países e ocorreu no Brasil, caracteriza-se pela repressão a qualquer oposição. Não se mantém o poder apenas na forma política, mas pela força, com completa repressão.

Muitas pessoas foram mortas, estupradas e torturadas. De algumas não se tem o paradeiro até hoje. A imprensa passou por um crivo intenso do que poderia veicular em meios falados ou escritos. Dessa forma, apenas o conveniente seria retratado, apenas o útil seria escrito.

QUEM SENTIU E QUEM NÃO SENTIU


A neutralidade política ou o apoio ao governo fizeram com que muitas pessoas pouco ou não notassem os efeitos do governo. Pessoas que viviam sua rotina de trabalho no interior, ou em pequenos centros, nada sofreram. Isso deu a sensação de que nada aconteceu.

A DERROCADA


Chegou um momento em que a economia entrou em recessão e, junto com ela, o governo. Aliás, os diversos casos de economias em crise levaram muitos governos a mudar de rumo e serem superados por partidos ou linhas de atuação diferenciadas. O Governo, em 1984, foi assumido por um civil após movimentos populares em favor da redemocratização, após a anistia aos presos políticos em 1979.

A queda na economia levou à inflação. Esse verdadeiro fantasma só veio a ser controlado na criação do plano real por Fernando Henrique Cardoso.

OS MITOS QUE FICARAM


Vários mitos ficaram após o governo militar. Um deles é o da vagabundagem e do crime. Os militares passaram a sensação de segurança, justamente por serem dessa área. Entretanto, se falarmos em oposição ao governo naquele período, censura e tortura, ainda há quem justifique com uma suposta falha de conduta de opositores, atribuindo-lhes os piores adjetivos.

Quando alguém faz parte do crime e comete atos que prejudicam a sociedade, deve ser preso. Mas o simples fato de ser contrário a algo não pode ser motivo para tortura.

Liberdade de opinião e expressão deve ser direito. Isso ajuda ao equilíbrio do poder.

Nenhum tipo de poder político ou posição pública pode existir sem restrições. Qualquer um precisa possuir limites e passar por algum tipo de controle. Como o ditador não é um dono-da-verdade, um semideus ou qualquer coisa assim, deve estar submetido à opinião pública e outros mecanismos de equilíbrio de forças.

A falta desse contraponto fez com que a corrupção, que existiu nesse período, fosse uma realidade alheia ao país. A falsa sensação de moralidade, também, visto que os militares no poder reservaram itens culturais para si e proibiram à sociedade.

NA ECONOMIA


De maneira mais específica, o governo se sustentou com base em vultosas quantias de capital estrangeiro. Houve um fortalecimento da economia, acompanhado de desigualdade social e salários achatados. Isso se explica pelo apoio do setor empresarial, amplamente atendido.

Houve a tentativa de gerar riqueza nacional e possuir fundos para pagar os financiamentos que deram sustentação aos militares, com investimento no setor energético. Mas o contexto econômico externo, com crises em outros países, impediu que o intento fosse alcançado.


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