Ciência & Saúde
Além de doce, salgado, ácido/azedo e amargo,
há o quinto sabor, reconhecido pela sociedade científica no ano de 2000, que é
o Umami. Este sabor se deve ao glutamato monossódico e eventuais moléculas
unidas a ele, e possui características especiais.
[Imagem: Mercadinhos São Luiz] |
Para perceber o umami basta um pouco de
atenção. O último sabor percebido após comer lentamente um tomate ou queijo
parmesão é justamente o umami que, em japonês significa saboroso.
Uma propriedade interessante do umami é a de
intensificar o sabor e melhorar a sensação de saciedade. Assim, alimentos com
sabor umami podem ser muito úteis na alimentação de pessoas idosas.
Quem já cozinhou com alguém idoso ou provou
a comida temperada por esta pessoa certamente percebeu que é muito mais fácil
passar do ponto ao salgar. Em geral, muitos reclamam que a comida não tem
gosto, que não sacia. Essa afirmação não é verdadeira: a comida ainda possui
muito sabor, mas ele não é bem sentido pelo idoso, que acaba exagerando no sal.
Queda da salivação ao longo do tempo é uma das explicações.
O conhecimento do glutamato como
potencializador de sabor é antigo. Na indústria alimentícia, não é incomum
encontrar o ingrediente “realçador de sabor glutamato monossódico”. O que veio
a definir como um sabor foi a descoberta, segundo o Jornal da Unicamp, de
receptores para este sabor na língua humana.
Além do tomate e do queijo parmesão, o molho
de soja, milho, parmesão, cogumelos, cenoura, leite (materno ou de outros
animais) e carnes diversas possuem o sabor umami. Em outros alimentos, após a
adição do realçador glutamato, pode aparecer e é considerado seguro como
aditivo. Entretanto, recomenda-se em doses de 2:1 com sal, mantendo o sabor e
reduzindo a dosagem de cloreto de sódio.
Definir umami como um sabor é algo recente.
Entretanto, a descoberta encontra-se na definição de sabor como algo tão
próximo e presente nos mais diversos alimentos.
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