Cultura & Comportamento
Estamos no primeiro dia de 2018. Todos nós buscamos
um ano diferente, com sentimentos e vibrações melhores. Então porque não começar
olhando para nossos irmãos, como diriam os mais religiosos, e dar as mãos. Não
importa onde o racismo começa, mas onde e como ele certamente irá minguar.
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[“Vamos dar as mãos”. Imagem: Mails para a minha irmã] |
No Brasil, há mais de um século foi
declarado o fim da escravidão de pessoas negras. Porém essas mesmas pessoas e
seus descendentes foram tirados de sua terra natal e trazidos ao Brasil, onde
perderam a liberdade e foram proibidos de viver a seu modo, manter sua cultura
e suas crenças. A liberdade foi retomada, mas houve a falta de outros itens que
permitem a plena condição digna, como educação, cultura e oportunidade de
emprego.
Apesar de que a
população brasileira seja, em sua maioria, negra, ainda é comum associar um
indivíduo negro a condições de pobreza e criminalidade. Esse raciocínio é
bastante ruim, refletindo uma realidade de desigualdade de oportunidades, podendo
impedir a ascensão social e gerar um ciclo vicioso.
Ainda existem
pessoas que explicam a condição econômica inferior, infelizmente ainda regra,
como resultado de um suposto descaso com o trabalho, preguiça mesmo. Mas se trata
de um paradoxo semelhante ao primeiro emprego e a experiência – sem uma
oportunidade como existirá qualquer experiência?
Pessoas negras,
assim como caucasianos, possuem uma vontade enorme de contribuir com a
sociedade. Então o jeito é corrigir as desigualdades contratando apenas pessoas
negras em seleções de candidatos no futuro? Ou assumir algum tipo de cota? Não
necessariamente. Uma ideia bastante interessante, para os modernos conceitos de
como fazer a seleção de candidatos a uma vaga de emprego, está em selecionar, a
princípio, currículos às cegas (sem foto, nome e sexo do candidato) e
entrevistas com grupos de avaliadores, onde os selecionados são obtidos por consenso,
evitando preconceitos de indivíduo. Dá-se a chance a todos e são escolhidos
aqueles que forem competentes para ocupar um cargo, podendo ter o candidato
qualquer cor de pele.
Dar oportunidade de
emprego e ascensão social será um grande passo no combate ao racismo. E outro
passo importante mora na educação e cultura de cada indivíduo. Será preciso
reforçar a igualdade, onde ela é necessária, e a diferença, onde ela necessita
ser respeitada. Em termos de educação, tratamento como pessoa, civilidade e cidadania,
deve-se tratar a uma pessoa negra em condições de igualdade. Filhos e netos
precisam saber que todos são iguais nesses aspectos, e a Escola tem papel
fundamental no fortalecimento dessa consciência. Por outro lado, o povo negro
do Brasil possui suas crenças próprias, danças, penteados, ídolos e música, que
podem ser diferentes de outras vertentes, mas merecem todo o respeito dentro da
diversidade cultural brasileira. São “coisas-de-preto” das quais todos devem
sentir orgulho, respeito e admiração.
Então, embalados por
ares de um ano novo, vamos renovar conceitos e abraçar uma população que de
minoria não tem nada. É preciso fazer um Brasil com B maiúsculo, com cidadãos
unidos sob um mesmo sentimento, onde não cabem pensamentos pequenos e
rancorosos como o racismo.
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