Cultura
Ao observar os intervalos comerciais das
emissoras de TV, facilmente observamos a expressiva quantia de partidos
políticos. Quem acompanha os noticiários, num panorama desmotivador em função
de tamanha corrupção no meio, nos últimos dias, pode ter-se deparado com mais
um novo partido, o Podemos.
A princípio, poderia parecer que era até um
erro de digitação, mas era uma nova sigla que surgia, nesse caso fruto de uma reciclagem de um partido pré-existente. Claro que, até este
momento, o leitor deve estar ciente que não estamos buscando manifestar
contrariedade ou apoio a este partido, mas ver o contexto em que estamos.
[Imagem: Charge Online] |
A grande quantidade de partidos não
representa filosofias políticas ou grupos sociais distintos, a ponto de
justificar tamanha diversidade. Outro ponto importante está nos membros dos
novos partidos – cria-se novos grupos políticos com velhos caciques já
conhecidos do público.
Um partido político, para que tenha força e
possa representar algum tipo de mudança, como todos frisam ser, precisa ter
participação em todas as esferas de governo, com cargos públicos, advindos de
eleição ou alianças. Algumas siglas são consagradas em nosso país, e sempre
conseguem estar no poder, e usufruir o que ele oferece.
Entretanto, há outras siglas que são pouco
influentes ou mesmo inexpressivas. Ainda assim representam ganhos para seus
integrantes, em função da negociação de alianças e recebimento de recursos do
fundo partidário.
Podemos sim mudar a realidade de nosso país,
mas teremos de passar por mudanças urgentes. Alguns são simpatizantes de
monarquias ou monarquias parlamentaristas. Isso pode ser cultural e ainda dar
certo no Reino Unido, mas representa um modo inadequado de ver a política.
Atualmente, a população brasileira sustenta uma infinidade de vidas cheias de
luxo e conforto, os britânicos sustentam uma família e o mais correto, segundo
a humilde visão do Mestre Blogueiro, seria nenhuma.
Para fazer parte da política, realmente é
necessário dedicar-se integralmente, haja vista a responsabilidade de gerir o
público e o esforço demandado. Para haver interesse na tarefa, pode ser justo o
pagamento de um salário, como fazemos hoje. Todavia, a quantidade de benefícios
e o uso do dinheiro público para financiar o interesse particular e/ou privado,
precisam deixar de existir. Quem recebe salários na ordem de trinta a quarenta
mil reais não precisaria receber, de forma oficial e a título de benefícios,
valores duas a três vezes maiores do que seu salário (sem contar o resto 💲💲💲💲💲💲💲💲💲💲💲💲💲).
A filosofia da democracia parece ser muito
bonita. A sua aplicação é que vem sendo torta e irresponsável. Precisamos de
mudança, mas mudança real e concreta, e não aquela das campanhas eleitorais que
acompanhamos até hoje.
□
E ainda mais
para você: Os 11 tipos de candidatos
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