Religião
Quem segue alguma crença religiosa tem a
certeza de que a fé muda o mundo. E, em muitas destas crenças, Jesus Cristo é
um símbolo maior de fé e esperança, de mudança pessoal e coletiva. Em época de
quaresma, culminando na semana santa e, por fim na Páscoa, é preciso ir além da
simbologia da vida nova, representada pelos ovos e pelo coelho, e entender a
maior mensagem passada por Jesus ao longo de sua estadia física pela Terra.
[Imagem: Diocese de Uruaçu] |
Jesus Cristo foi um homem de hábitos
simples, nascido em uma família pobre. Entretanto, seus pais tinham sabedoria,
fé e muito a ensinar ao filho. Ele sempre ouviu seus pais, aprendeu com eles,
mas trazia algo dentro de si – a certeza da missão que Deus lhe dera ao nascer.
Com o passar do tempo, Jesus sentiu a hora
de começar sua jornada. Seu primeiro milagre não aconteceu em condições
espetaculares, mas na vida comum. A água foi transformada em vinho, o mais
saboroso da festa familiar. E é na vida comum, em pequenas ações, que surgem as
grandes atitudes do homem, como um primeiro passo.
Mais adiante, Jesus reuniu em torno de si
pessoas que acreditavam num mundo diferente, no reino de Deus. Curou doentes,
ressuscitou mortos, impressionou os homens de seu tempo com o poder que vem do
Criador. Se do pecado vem a doença, de seu perdão veio a cura de muitas
pessoas.
E de que pessoas? Aí vem a parte mais
interessante. Jesus não fazia distinção, enxergava o ser humano como tal. Maria
Madalena é um exemplo, considerando a menção bíblica como pessoa com pecados,
sem entrar no mérito da discussão sobre as hipóteses de “prostituta” ou ainda “esposa-de-Jesus”.
Jesus Cristo tornou-se um grande problema
para os “poderosos” de seu tempo. Alguém que enxergava os excluídos, fazia
milagres, era contrário à pena de morte e se anunciava Rei era potencialmente “perigoso”.
Da crucificação à ressurreição, do sofrimento à apoteose da fé e da esperança,
Jesus cumpriu sua missão.
E cabe a nós, hoje, compreender o sacrifício
de Jesus e a sua maior mensagem, que é o amor ao próximo e o arrependimento
sincero. É preciso trazer para a vida cotidiana a vontade de ser melhor; de
ajudar ao outro, dedicando seu tempo, conhecimento e empenho; tolerar e evitar
pequenas desavenças; trazer uma palavra de conforto ao doente; ajudar o idoso a
fazer o que o tempo lhe tirou em troca da sabedoria... A Páscoa aproxima as
famílias, mas deve ser maior e aproximar também os seres humanos!
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