Variedades
Nesta série de posts, você está vendo que
escolhas feitas em sua casa (seja no uso como na construção dela) interferem
desde as vizinhanças até o mais amplo coletivo. Continuando os temas a abordar,
veremos um pouco mais desta interferência em função das calçadas, consumo de
energia, ruídos e manutenções.
[Imagem: Diário Decor] |
As calçadas são o cartão de visita de nossas
casas. Não apenas precisam ser bem cuidadas, mas atender às duas funções
básicas delas, que distinguem porções distintas: faixa de serviço e passeio.
Seria importante ter passeios (parte onde ocorre a circulação de pessoas) em
materiais que permitam a manutenção e não se deteriorem facilmente com o
tráfego, preferencialmente intertravados em blocos de concreto.
Como o passeio precisa permitir que as
pessoas possam circular pela cidade e ter acesso às residências e comércio, ele
precisa ser universal. Por isso, muitas cidades vêm exigindo a colocação de
rampas para cadeirantes e piso podotátil. O problema é que, além de não haver
alteração em calçadas mais antigas, as mais novas ou são incompatíveis entre si,
ou não sinalizam adequadamente locais de perigo e acessos.
Os pisos podotáteis devem ser contínuos em
caminhada normal e na presença de perigos ou mudanças de direção serem em peças
com saliências circulares a 45º. Caso não ocorrer esta instalação, ou for feita
inadequadamente, é como se recebêssemos mal o deficiente visual que ali passa,
submetendo-o a riscos. A cor (vermelha, amarela ou azul) nas peças ajuda a
pessoas com visão reduzida a se deslocar.
A faixa de serviço, por sua vez, deve permitir que haja passeio, sem postes ou
lixeiras obrigando (quem puder) a desviá-los. Como ali serão instaladas as
lixeiras, postes, placas, iluminação pública, parquímetros e outros, caso
houver condições, o melhor é haver recobrimento apenas com grama, a fim de
promover diferenciação quanto ao passeio e aumentar área de solo para
infiltração.
Cada um paga por sua conta de energia
elétrica. Isso passa a falsa sensação de que o fornecimento não é algo
coletivo. Entretanto, há toda uma cadeia de geração, transmissão e
distribuição, principalmente de origem hidrelétrica (no Brasil), e os
consumidores acabam pagando adicionais na ocasião de acionamento de
termelétricas (as famosas bandeiras tarifárias).
Assim, adotar bons hábitos de consumo faz
com que toda a sociedade pague menos, mesmo em tempos de bandeira verde. Por
isso é preciso ter equipamentos eficientes (a etiquetagem ajuda nesta escolha)
e, caso for possível e viável investir, possuir um sistema individual e
complementar de energia (como o solar fotovoltaico, que é mais sustentável que
os demais, elimina a distribuição se a energia for usada na própria residência
e remete o excedente - que vira crédito na conta - para a rede).
Ruídos ou mesmo música interferem e muito
nas vizinhanças. Não chegam a apresentar efeitos de ordem local e regional como
outros itens aqui mostrados, mas interferem no bem-estar dos outros e do seu.
Caso alguém realmente gostar de ouvir música alta, ou realizar ensaios de uma
banda, pode ser conveniente avaliar um sistema de isolamento acústico – ou
fones de ouvido. Já no caso do ruído, advindo de manutenções cotidianas ou
serviços diversos (marcenaria, carpintaria, entre outros), o jeito é pensar no
horário de realizá-los, pois nem todas as casas ou edifícios atualmente
existentes estão dentro dos padrões de desempenho (NBR 15575) de ruído
atualmente vigentes. Trabalhar entre oito e vinte e duas horas (salvo exceções)
é o ideal.
Aliás, realizar manutenções em residências é
fundamental. Houve reportagens em revistas “ecologicamente corretas” que
estimulavam os leitores a serem econômicos e sustentáveis não fazendo quaisquer
manutenções em casa ao longo de um ano. Entretanto, não foram pesadas as
questões de proteção de materiais (através de pintura, por exemplo), higiene e
custos. Pode ser muito mais impactante a substituição de componentes
residenciais e esquadrias, sendo que a vida útil destes componentes pode e deve
ser prolongada!
No próximo post desta série, veja mais sobre
iluminação natural e sombreamento, arquitetura de fachada e patrimônio
histórico, dentre outros itens!
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