O que fez Ernesto Paglia?


Biografias


Ernesto George Paglia nasceu em 9 de abril de 1959, em São Paulo (SP). Quando tinha 11 meses, mudou-se com sua família para a Argentina, terra natal de sua mãe. Três anos depois, seu pai, o jornalista italiano Gerardo Paglia, conseguiu emprego num dos jornais dos Diários Associados e a família voltou para o Brasil. Logo em seguida, a família foi morar em Ribeirão Preto (SP).

Aos 17 anos, depois de trabalhar como auxiliar de laboratório fotográfico e como auxiliar administrativo de uma rede de farmácias, retornou a São Paulo para cursar Jornalismo na Universidade de São Paulo (USP). No ano seguinte, depois de prestar novo exame vestibular, começou também a estudar Ciências Sociais na mesma universidade.


[Ernesto Paglia. Imagem: Rede Globo]

 

Em 1977, conseguiu um estágio na Secretaria Estadual de Agricultura. Em 1979, aos dezenove anos, no terceiro ano de faculdade, teve seu primeiro contato com o Jornalismo propriamente dito, quando começou a estagiar na rádio Jovem Pan (SP). A experiência, entretanto, duraria pouco. Prontamente aderiu à greve dos jornalistas daquele ano e, terminado o movimento, foi demitido, permanecendo no cargo menos de três meses. Resolveu, então, procurar alguns colegas de piquete, como Afonso Mônaco e Carlos Monforte. Este último facilitou o seu acesso à TV Globo, onde começou a trabalhar.

Apesar de ter sido admitido como repórter de plantão da madrugada, fez, logo no início, reportagens que tiveram destaque e que lhe renderam algumas participações no Jornal Nacional. Foi promovido dois meses depois, passando para o horário das 5 horas. Fazia matérias para o Bom Dia São Paulo, inclusive entrevistas para o quadro Café da Manhã, e para o Jornal Hoje. Nesse período, participou de algumas coberturas importantes, como a da greve dos metalúrgicos do ABC, em 1979, e a da primeira visita do papa João Paulo II ao Brasil, em 1981.

A carreira de repórter especial começou em 1983, quando foi designado para integrar a equipe da Central Globo de Jornalismo que renovou a linguagem do Globo Repórter. Trabalhou exclusivamente para o programa de documentários jornalísticos durante os três anos seguintes. Já em 1984, ganhou o Prêmio do Festival Internacional de Televisão de Sevilha (Espanha), por uma reportagem-documentário sobre a trajetória do cacique xavante Mário Juruna, que chegou a ser deputado federal. A matéria especial foi dirigida por Mônica Labarthe, com roteiro de Fernando Gabeira. Ainda naquele ano, acompanhou o Movimento das Diretas Já: no dia 25 de janeiro, foi o repórter da emissora que cobriu o comício na Praça da Sé, em São Paulo.

Em 1986, chegou a ficar 15 dias preso no Atol das Rocas (RN), devido a um erro de rota do comandante da embarcação em que se encontrava. No mesmo ano, foi convidado para ser correspondente da Rede Globo em Londres. Da Inglaterra, cobriu episódios importantes como a Guerra Irã-Iraque e o conflito entre judeus e palestinos em Israel. Entrevistou personalidades como Margaret Thatcher e Mikhail Gorbatchev. Pouco antes da Queda do Muro de Berlim e do desmoronamento do mundo socialista, em 1989, voltou para o Brasil. Passou a fazer matérias para o Globo Repórter, para o Jornal Nacional e para o Fantástico. Voltou a ser correspondente em Londres no período entre 2000 e 2001, quando cobriu a segunda intifada palestina e a invasão americana ao Afeganistão. Em 2002, voltou ao Brasil. Desde então, trabalha na redação de São Paulo.

Na década de 1990, cobrindo férias de companheiros, foi apresentador do Jornal Hoje e do Jornal da Globo. Por três anos, de 1997 a 2000, editou e apresentou, no canal GloboNews, o programa Painel, idealizado por ele com base em um programa semelhante do britânico Channel 4. Em 2011, comandou as séries especiais Blitz Educação e Blitz Saúde, no Jornal Nacional.

Em 1982 foi enviado à Espanha, para a sua primeira cobertura de Copa do Mundo de Futebol. Depois acrescentou à sua lista de coberturas as Copas do México 1986, a da Itália 1990, a dos Estados Unidos 1994, a da Coréia/Japão 2002, a da Alemanha 2006 e a da África do Sul 2010. Na área de Esportes, participou também das equipes enviadas pela Rede Globo às Olimpíadas de Barcelona 1992, Atlanta 1996, Pequim 2008 e aos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007.

Em agosto de 2005, uma reportagem do Globo Repórter sobre obesidade infantil, feita em parceria com a repórter Graziela Azevedo, lhe rendeu a Menção Honrosa do Prêmio Alexandre Adler de Jornalismo em Saúde. No mesmo ano, o seu Globo Repórter sobre plantas medicinais da Mata Atlântica foi segundo colocado no Prêmio de Reportagem sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica, oferecido pelas ONGs Conservation International e SOS Mata Atlântica. Também ganhou três prêmios Comunique-se, na categoria Melhor Repórter - Mídia Eletrônica, em 2004, 2007 e 2009.

Paglia tem três filhos. É casado, desde 1997, com a jornalista Sandra Annenberg, apresentadora do Jornal Hoje e Como Será. Lançou o livro Diário de Bordo – JN no Ar (Globo. 2011), no qual relata suas coberturas cruzando o País. Dedicou o trabalho com simplicidade à sua mulher, com a frase: “Sandra é o meu ar”.

Em 2010, integrou a equipe da primeira temporada do projeto Globo Mar, série jornalística de nove semanas produzida pela Rede Globo, continuada nas temporadas 2011 e 2012. Ainda em 2010, durante as cinco semanas que antecederam o primeiro turno das eleições presidenciais, trabalhou no projeto JN no Ar. Viajando para municípios sorteados a cada noite, percorreu 27 cidades, uma em cada um dos 26 estados e o Distrito Federal. Desde 2014, participa da versão brasileira do quadro What would you do?, da rede americana ABC.

Em novembro de 2015 Páglia surpreendeu a todos – telespectadores e produção, direção – ao declarar seu amor publicamente no programa de ciência Como Será à jornalista Sandra Annenberg. A declaração aconteceu quando ele depois de mergulhar e se misturar ao impressionante ecossistema marinho em Curaçao, no Caribe, olhando para a câmera, disparou. "Meu amor, isso aqui é lindo, impressionante. A gente ainda vai vir mergulhar aqui! E com esse cara (disse apontando e agradecendo ao guia) Te amo!". Sandra retribuiu a declaração do marido: "Eu também te amo! Vamos (sim, mergulhar!)”.

Ernesto Paglia está na Rede Globo desde 1979. Em 2011 lançou o seu único livro Diário de Bordo – JN no Ar, que conta a história os bastidores do JN no Ar.

Fonte: Portal dos Jornalistas.

ESTE É UM ARTIGO ESCRITO POR MATEUS ROSA, jornalista formado pela UNIFACVEST de Lages/SC. Originalmente, este texto pertencia ao blog Mundo em Pauta, que atualmente faz parte do Blog do Mestre. Mateus Rosa ainda é autor do Repórter Riograndense, site que trata da cultura gaúcha envolvendo curiosidades, tradicionalismo e a agenda local.


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