Música
“Com a
marvada pinga
É que eu me atrapaio
Eu entro na venda e já dou meu taio
Pego no copo e dali nun saio
Ali memo eu bebo
Ali memo eu caio
Só pra carregar é que eu dô trabaio
Oi lá”
É que eu me atrapaio
Eu entro na venda e já dou meu taio
Pego no copo e dali nun saio
Ali memo eu bebo
Ali memo eu caio
Só pra carregar é que eu dô trabaio
Oi lá”
Até agora, neste ano de 2015, o mundo da
música sertaneja perdeu dois de seus grandes nomes no intervalo de apenas sete
dias, com o falecimento de José Rico, da dupla Milionário & José Rico, e
logo após, de Inezita Barroso. Grandes nomes que se tornaram referência e
fizeram crescer o gênero e inspiraram muitos outros, apesar de que tenham tido
trajetórias distintas. Inezita faleceu de insuficiência respiratória aguda, aos
90 anos de idade.
No caso de Inezita, há muitos anos que ela
comandava o programa ‘Viola, minha viola’, famoso pelo slogan - Êta programa
que eu gosto – e por trazer músicos sertanejos românticos, de modas de raiz,
nordestinos e gaúchos, enfim, era um programa que trazia muito do cerne da
cultura brasileira em todos os seus sentidos, diferente do que acontece em
outros programas do gênero, que privilegiam um ou outro tipo de música
tradicional.
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[Imagem: Revista Globo Rural / Reprodução] |
Ignez
Magdalena Aranha de Lima nasceu em 4 de março de 1925, no bairro paulista da
Barra Funda. Pertencia a uma tradicional família paulistana, possuindo influências
musicais diversas e, com o contato com a música caipira na fazenda da família,
no interior paulista, desenvolveu seu gosto pela música sertaneja (caipira,
moda de viola e por aí vai) e pelas tradições populares. Como formação acadêmica, teve o curso de Biblioteconomia
na USP, além de uma extensa pesquisa do gênero, em viagens pelo Brasil. Estas
viagens foram feitas em um jipe, na companhia de um amigo e um cunhado.
Uma
das canções de Inezita mais famosas é a Moda da Pinga, mas o seu trabalho não
se restringiu apenas a esta canção: do cateretê ao samba, da toada à mais pura
moda de viola, foram mais de cem discos gravados. Ela costumava guardar
registros de toda a sua trajetória, um pouco desordenados, dando continuidade a
um conjunto de registros feitos desde quando ela começou a cantar, aos 7 anos
de idade. Este material, de mais de 300 páginas, serviu como base para uma biografia
da artista, escrita por Arley Pereira.
Inezita
Barroso saiu da vida e entrou para a história quatro dias após completar 90
anos e, curiosamente, no dia internacional da mulher. Neste dia, São Pedro recebeu
na sua porta um dos maiores exemplos da mulher brasileira.
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