Ciência & Saúde
Vem
surgindo um movimento oposto ao que há muito se via, na busca de trazer
novamente as mulheres à forma de parir seus filhos segundo via natural,
desmistificando o 'sofrimento' que se evitava. Comparando ambos os tipos de
parto, segundo informações do Ministério da Saúde:
[Wanessa dá a luz ao segundo filho em parto normal.
Imagem: Folha de São Paulo]
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No período pós-cirurgia cesárea, há mais dor e dificuldade de andar, em
contraponto à rápida recuperação e facilidade de amamentar no parto natural;
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O contato pele a pele e o aleitamento são mais fáceis com o parto normal, visto
que a cesárea pode levar a febre, infecções e hemorragia;
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O risco de complicações no segundo parto é maior em caso de cesárea no
primeiro, porém não significa que seja válido o mito 'uma vez cesárea, sempre
cesárea'. A ruptura uterina é um mal que ocorre em raríssimos casos e não
justifica um procedimento cirúrgico, podendo ser natural o segundo parto;
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Em cesáreas o bebê nasce, muitas vezes, prematuro e necessita ir à incubadora,
enquanto no parto normal o bebê vai, sem escala, aos braços da mãe. As
contrações uterinas e a passagem pela vagina estimulam o bebê para a vida. Ele
só chegará à luz do dia quando estiver pronto.
O
parto natural é uma recomendação da OMS, vistos todos os benefícios à saúde de
mães e bebês, mas ainda sofre resistência por parte de algumas mulheres e, até
mesmo por futuros pais, por uma cultura já criada em favor da cesárea. E que
parto natural é coisa de pobre, também já se desmistificou, com os nascimentos
de Benjamim (Gisele Bündchen) e João Francisco (Wanessa Camargo), por exemplo.
Falar de parto de cócoras, então...
De
forma prática, um dos grandes empecilhos para um parto normal também é a
questão de tempo, visto que o bebê não avisa instantaneamente que irá nascer, e
a cesárea é um procedimento mais rápido. Em relação a isso, uma cidade
catarinense já permite a atividade de uma enfermeira que cuida da grávida, a
encorajando e acompanhando o pré-parto e indicando o momento certo de atuação
do médico obstetra, que chega em tempo próximo ao parto, que é sua função, tornando
o parto natural semelhante à cesárea em termos de tempo dispendido. Esta
solução também ampara a mulher e seu bebê, que é auxiliada por profissional da
saúde em todo o tempo.
O
que resta aguardar é que, em alguns anos, este processo de retorno ao parto
natural se intensifique, assim como já aconteceram com o aleitamento materno e
os cuidados na posição de deitar do bebê. Quebrar um padrão é difícil, porém
maior é a busca pela saúde, ao começar e dar continuidade à vida.
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