Arte
A vida dá muitas reviravoltas e pode nos surpreender, de forma positiva ou, infelizmente, por motivos negativos e até mesmo irreversíveis. O filme "O som do silêncio" fala um pouco sobre esses dilemas da vida. Vamos saber mais desse filme? Ele é recomendado para maiores de dezesseis anos.
[Cartaz do filme “O Som do Silêncio”. Imagem: Librasol | Reprodução] |
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SINOPSE
Ruben Stone (Riz Ahmed) é um jovem baterista. Com o passar do tempo, percebe que está perdendo a audição, o que é algo trágico, ainda mais para quem vive do som. A angústia é ainda maior porque a namorada (Lou - interpretada por Olivia Cooke) é integrante da mesma banda em que ele participa.
Ruben e Lou moravam num trailer, faziam uma turnê em bares escuros e comiam em restaurantes por onde passavam, juntando toda a grana que desse. Além dos shows, arrecadavam com camisetas e álbuns.
Essa rotina é encarada como normal quando a saúde está bem. A falta de emprego fixo, moradia ou reservas de grana leva ao protagonista sentir demais quando algo sai fora do eixo. É uma vida menos planejada, existindo risco. A frustração chegou.
Esse não era o único problema de Ruben. Ele também possuía dependência química. Depois de descobrir a perda auditiva, ele vai para tratamento em uma comunidade de surdos. Essa comunidade é liderada por Joe (Paul Raci), que tem uma história também com um episódio forte, e que ensina que sua comunidade vai lhe trazer caminhos não para a surdez, mas para a saúde mental.
POR QUE O SILÊNCIO TEM SEU SOM?
Nesse momento de vida, o silêncio representa melodias de drama e reconstrução de si. Havia a enfrentar toda uma mudança de vida e adaptação. O tratamento médico era custoso e seria preciso juntar bastante dinheiro para bancá-lo.
Dum tom brutal e forte do gênero musical tocado, a vida e a trilha sonora vão mudando de tom. Os sons contam a história também.
Para o protagonista, a surdez parecia o fim. O destino mostraria que não é bem assim, apesar do sofrimento.
Outro ponto forte do filme é o anticapacitismo. As pessoas retratadas sofrem com estereótipos e preconceitos. Tudo ficou muito real porque são pessoas no elenco que verdadeiramente possuem a deficiência interpretaram esses papéis.
O protagonista também teve de fazer uma preparação intensa. Nas atividades antes do filme, foi mais de um ano aprendendo a tocar bateria e língua de sinais.
UMA ANÁLISE FUNCIONAL DO PROTAGONISTA
Na pesquisa de TCC de Inayana Rodrigues, desenvolvida na Ufal Arapiraca, o tema central foi o protagonista de "Sound of Metal". Por meio de uma análise funcional e pesquisa bibliográfica, Inayana indica alguns aspectos que acentuam uma reação à perda auditiva, tais como:
× Falta de estrutura de suporte à pessoa deficiente. No Brasil, por exemplo, são poucos os casos de suporte público em Libras, como o caso curitibano (relembre aqui).
× A falta da educação geral para Libras (ou a língua de sinais do país onde a pessoa vive), o que torna menos natural e força o aprendizado numa situação difícil, após muito tempo oralizando.
× A inexistência de alguns direitos que seriam importantes.
Como pesquisa, o personagem serve de base para uma análise contextual maior.
QUAIS PRÊMIOS O FILME RECEBEU?
No Oscar de 2021:
× Prêmios: Melhor Som (Nicolas Becker, Carlos Cortés Navarrete, Jaime Baksht, ...); Melhor Montagem (Mikkel E.G. Nielsen).
× Indicações: Melhor Ator (Riz Ahmed); Melhor Filme (Bert Hamelinck, Sacha Ben Harroche); Melhor Ator Coadjuvante (Paul Raci); Melhor Roteiro Original (Derek Cianfrance, Darius Marder, Abraham Marder).
E UM FILME QUE TEVE OS SONS DO ESPAÇO
Já pensou gravar um filme no espaço? Na sugestão de post da linha azul 👇🏻, você vê mais detalhes sobre o primeiro filme que foi gravado por lá:
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👉 Vizov - o primeiro longa gravado em órbita
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