O que fez Nelson Travnik?

 Biografias

 

Nelson Travnik foi um grande nome brasileiro na Astronomia. Ele teve grande participação nessa área em nosso país e chegou a colaborar com a Nasa. Vamos entender mais da vida e da trajetória dele ao longo deste post.

 


Nosso grande astrônomo Nelson Travnik

[Nelson Travnik com camiseta tendo o logo da Nasa. Imagem: g1 | Reprodução]


 

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O NASCIMENTO

 

Nelson Alberto Soares Travnik é natural do estado do Rio de Janeiro, cidade de Petrópolis. Ele nasceu em 29 de setembro de 1935. Mais tarde, viria a se mudar para o estado de São Paulo, vivendo em Campinas desde 1996.

 

OS OBSERVATÓRIOS E UM POUCO DA TRAJETÓRIA DELE.

 

Nelson Travnik fundou o Observatório Astronômico Flammarion em 1954, com mais dois amigos. Esse observatório fica na cidade mineira de Matias Barbosa.

 

Mais tarde, em 1959, Travnik se tornou membro titular da Sociedade Astronômica da França, a SAF. Sete anos após, em 1976, seu colega Jean Nicolini e o prefeito Lauro Gonçalves o chamaram para a equipe do Observatório Municipal de Campinas. De 1984 a 1994, atuou como diretor da instituição.

 

Nesse meio tempo, ele contribui com a Astronomia nacional atuando na fundação do Observatório Municipal de Americana (1985) e de Piracicaba (1992), também cidades paulistas. O livro "Os Cometas" foi lançado em 1985 pela Editora Papirus e ainda nesse ano instituiu o Programa Brasileiro de Observadores do Cometa Halley.

 

Em 1996, Nelson se aposentou do Observatório Municipal de Campinas e seguiu nos de Americana e Piracicaba. Ainda nesse ano, abriu a empresa Urânia, de projetos para instalação de planetários e observatórios astronômicos, serviços e manutenção de equipamentos.

 

De 2002 a 2004, assumiu o cargo de Diretor-Científico do Observatório e Planetário de Presidente Prudente (SP). Mais tarde, no ano de 2009, seria contemplado com o prêmio Jean Nicolini no 12° Encontro Nacional de Astronomia (ENAST), como reconhecimento por sua contribuição científica, recebendo prêmio similar na edição desse evento em 2014.

 

Em 8 de abril de 2011, a Fundação Douglas Adriani inaugurou o Observatório Nelson Travnik em Campinas. Três anos mais tarde, um novo reconhecimento, com a Medalha Mérito Santos Dumont, do Museu Santos Dumont da cidade mineira homônima. Esse reconhecimento veio após ser pioneiro no Brasil em fotografar a cratera Santos-Dumont na Lua em 20 de setembro de 1996.

 

Em meio ao contexto de pandemia, tudo foi novo até para Travnik. Em 2020, ele ministrou sua primeira palestra on-line junto com o astrônomo Carlos Andrade, do Observatório de Americana. Foi um convite do projeto "Bate-Papo Astronômico", com o tema "Do Brasil à Lua".

 

As Prefeituras de Matias Barbosa, Campinas e Americana agraciaram Nelson com a cidadania. As cidades do Rio de Janeiro, Itapira, Piracicaba e Campinas concederam, por sua vez, títulos de louvor e mérito científico. Nessa última cidade, foi ao lado de César Lattes.

 

Travnik chegou a ministrar cursos em universidades, para professores e para a população em geral. Seu nome foi inserido no dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica, escrito por Ronaldo Mourão e publicado pela Editora Nova Fronteira.

 

A PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA LION

 

Um momento marcante na carreira de Travnik não foi falado ainda neste artigo. Na época em que ele atuava no Observatório Astronômico de Matias Barbosa (MG), foi um dos brasileiros que integrava o Programa Lion.

 

Esse programa era um braço da Missão Apollo-11 (Projeto Apollo da NASA-JPL-SMITHSONIAN INSTITUTION, 1968 a 1972) destinado a monitorar e observar a superfície lunar. Havia relatos de fenômenos que poderiam atrapalhar o pouso de Neil Armstrong e seus companheiros.

 

Era um programa internacional, onde a Nasa visava evitar que as missões fossem postas em risco. Contando com o Brasil, foram quatorze países.

 

Na equipe Brasileira, tudo começou com quatro astrônomos mais Nelson Travnik. Ao final, eram vinte e três. Nas palavras de Travnik, em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, em 2009, o trabalho foi considerado o segundo melhor, ficando apenas atrás daquele dos estadunidenses.

 

QUANDO ELE NOS DEIXOU?

 

Na manhã do dia 7 de setembro de 2023, aos 87 anos, Nelson Travnik acabou falecendo. Ele estava internado no Hospital Centro Médico, de Campinas (SP). Na mesma cidade, no Memorial Bom Pastor, foi feita a cerimônia de despedida.

 

A morte de Travnik repercutiu no mundo científico. O Observatório Nacional, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (ON/MCTI), lamentou profundamente o falecimento do renomado astrônomo brasileiro.

 

Travnik foi um grande incentivador na implantação de Relógios do Sol. Foram vários instalados em diversas regiões do País. Dois deles são únicos no Brasil: um no Observatório Astronômico de Piracicaba, SP, com um canhão que dispara ao meio dia e outro que fica no túmulo perpétuo de sua família no Cemitério Municipal de Matias Barbosa, MG. Apesar da pompa de estar na terra natal, o sepultamento de Nelson foi em Campinas, sua segunda cidade.

 

RELEMBRANDO A CHEGADA DO HOMEM À LUA

 

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