Acadêmico
Os trabalhos de conclusão de cursos acadêmicos, para título de bacharel (TCC, TFG ou outras siglas), mestre(a) (dissertação) ou doutor(a) (tese) são finalizados após uma defesa pública. Essa defesa é temida por alguns alunos e bem compreendida por outros, e é um processo muito importante para esses trabalhos.
No episódio da nomeação do ministro da Educação, o Sr. Carlos Decotelli, houve uma discussão sobre o título justamente por causa dessa etapa, que é necessária para a aprovação (entenda-se que a discussão aqui é sobre a titulação, não sobre as preferências partidárias). Nesse texto, você poderá entender um pouco mais sobre os porquês que fazem essa etapa ser tão importante.
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[Banca Examinadora – parte da defesa. Imagem: OpenClipArtVectors/Pixabay] |
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Então, falando desses motivos, vamos listá-los e explicá-los a você:
O aluno deve provar que sabe e que conhece seu trabalho
Um trabalho acadêmico escrito não é feito inteiramente em sala de aula ou sob os olhos do orientador. Normalmente, ao longo de reuniões, os dois definem quais passos a seguir, prazos e cronogramas, mas há alunos que só aparecem com trabalhos prontos e ao final do semestre...
Existem anúncios em redes sociais e outros meios de empresas que “vendem” trabalhos feitos das mais diversas áreas, principalmente de graduação, que é onde ocorre o maior número de trabalhos acadêmicos por conta de a titulação ser acadêmica e profissional. É antiético e completamente errado comprar o trabalho e tomar como seu, e a defesa ajuda justamente a detectar o entrosamento entre o aluno e seu próprio trabalho.
No momento em que um professor pergunta sobre quaisquer características do TCC, dissertação ou tese, o aluno precisa ser capaz de explicar e argumentar. Como todo trabalho acadêmico possui limitações, os melhores alunos devem ser capazes até de possuir justificativas para pontos frágeis e simplificações realizadas.
Os professores e profissionais da banca avalizam seu trabalho
Os professores e profissionais (principalmente em TCC) possuem grau acadêmico maior do que o estudante, possuindo conhecimento em uma ou alguma das áreas que seja(m) explorada(s) no trabalho. Quando aceitam fazer parte de uma banca e aprovam um trabalho, os membros estão avalizando que o trabalho é adequado para a obtenção do grau desejado.
Além de avalizar a qualidade, eles também são responsáveis por garantir que o trabalho é original. Quando é detectado plágio, não só o acadêmico pode perder o título, como os membros da banca são responsabilizados e precisam se defender por meios legais. A leitura do trabalho e a defesa garantem que a responsabilidade assumida pela banca não é em vão.
Tem-se a chance de argumentar e “defender” pontos de vista
Um trabalho acadêmico, como todo instrumento de comunicação, é delimitado pelas palavras destinadas à sua formalização ou, no caso de alguns trabalhos na área de linguística e Libras, aos vídeos de conclusão. Quando a banca lê o trabalho ou assiste ao vídeo, não está com o autor ali em seu lado para sanar dúvidas que naturalmente surgem, e na defesa existe essa oportunidade.
Pode ser que não haja correção necessária, ou seja pequena, mas a “defesa” pelo acadêmico é que definirá. A própria apresentação feita no dia pode, por explicar de forma mais direta e sucinta, eliminar as dúvidas.
Quando se submete artigos para eventos, por exemplo, a figura da defesa fica defasada, pois os revisores não recebem o retorno de suas revisões (pode haver equívocos eventuais e não se consegue reverter facilmente). Em artigos de periódicos, por sua vez, as revisões são realizadas e há a carta de correção, o mecanismo equivalente à defesa, pois, nesse caso, não pode haver contato entre a banca avaliadora e o avaliado.
Há comprovação pública em relação ao título obtido
O processo de avaliação por meio de defesa pública torna transparente a aprovação e obtenção do grau de bacharel, mestre(a) ou doutor(a). Qualquer pessoa que desejar e tiver disponibilidade no horário da defesa, pode acompanhar a sessão.
No momento atual, de pandemia, as defesas têm ocorrido em meio eletrônico. Várias universidades públicas, por exemplo, têm feito transmissões pelo “Conferência RNP”, onde se pode acompanhar, em tempo real, a defesa, bastando possuir o link daquela reunião. As universidades e programas de graduação e pós podem, também, exigir as gravações para arquivo e comprovação.
É possível aprimorar o trabalho
A banca não apenas aprova o trabalho, mas faz uma análise crítica, sugerindo acréscimos, remoções, correções e outras mudanças que julgar necessárias, também considerando o que for exposto pelo acadêmico. Nesse processo, o trabalho pode sair ainda mais rico e aprimorado, ganhando consistência.
PLAGIAR OU KIBAR?
Tão importante quanto fazer um bom trabalho acadêmico é ter certeza que ele é seu e tudo o que você leu e buscou para elaborá-lo está devidamente citado e referenciado. Na postagem sugerida (com link na barra azul abaixo 👇🏻), O Blog do Mestre fala mais sobre esse assunto.
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