As três peneiras de Sócrates


Mensagens e poesias


A parábola d"As três peneiras de Sócrates" (atribuída ao filósofo) chegou à minha vida durante a faculdade de Jornalismo, quando magoei uma professora que é muito especial para mim. Após essa experiência, fizemos às pazes e hoje somos grandes amigos. Depois desse fato, tento medir o poder das minhas palavras.

Essa parábola serve para mantermos as verdadeiras amizades, pois por um descuido podemos perder uma pessoa querida por falar sem pensar. Pior do que atirar uma pedra em uma pessoa é desferir uma palavra por maldade e rancor.


[Imagem: Mateus Rosa]


Conta-se que certa vez um amigo procurou Sócrates para contar-lhe uma informação que julgava de seu interesse:

- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
- Espere um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
- Três peneiras? Que queres dizer?
- Vamos peneirar aquilo que queres me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção:
- A primeira é a Peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?

Envergonhado, o homem respondeu:

- Devo confessar que não.
- A terceira peneira é a da NECESSIDADE. Pensaste bem se é necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Vai resolver alguma coisa? Ajudar alguém? Melhorar alguma coisa?
- Necessário? Na verdade, não.
- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem necessário, então é melhor que o guardes apenas para ti. Assim, da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo das Três Peneiras: Verdade, Bondade, Necessidade, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, porque:

Pessoas inteligentes falam sobre ideias;
Pessoas comuns falam sobre coisas;
Pessoas mesquinhas falam sobre pessoas.”

Mas, na verdade, não é tão fácil assim usar no dia-a-dia essas três simples peneirinhas, afinal, desde que o mundo é mundo, conversa vai, conversa vem e, quando menos se espera alguma história já se espalhou, entretanto, nesse momento, vale lembrar que toda a história tem pelo menos dois lados e, como tal, nada mais justo do que ouvir todos os envolvidos.

ESTE É UM ARTIGO ESCRITO POR MATEUS ROSA, jornalista formado pela UNIFACVEST de Lages/SC. Originalmente, este texto pertencia ao blog Mundo em Pauta, que atualmente faz parte do Blog do Mestre. Mateus Rosa ainda é autor do Repórter Riograndense, site que trata da cultura gaúcha envolvendo curiosidades, tradicionalismo e a agenda local.


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