Governo de SC reconhece afinidade histórica com o RS

Cultura


Em função da grande extensão territorial, nosso país possui muitas e variadas formas de clima, cultura, alimentos e muito mais. Cada um de nossos estados apresenta riquezas únicas, sendo comparáveis em extensão a países europeus. Entretanto, as fronteiras culturais não se fecham com as fronteiras territoriais, fato que se confirmou por uma Lei aprovada nessa semana, por sanção do governador de SC, Raimundo Colombo, com base em projeto de Lei do deputado estadual Darci de Matos. 

http://www.oblogdomestre.com.br/2017/08/ComemoracaoSemanaFarroupilhaEmSC.Cultura.html
[Imagem: Portal Chapecó]



O referido projeto de Lei oficializa as comemorações pela Semana Farroupilha, já realizadas há muito tempo no oeste e serra catarinenses, onde há grandes polos migratórios gaúchos. Há quem justifique que a aprovação da Lei é advinda desses núcleos, mas há justificativas históricas maiores do que essa.

Há por parte de alguns gaúchos e catarinenses, a tendência a negar a essa ligação. Gaúchos não conseguem enxergar uma identidade única e forte dentro do estado vizinho, o que não ocorre mesmo: há várias culturas, como a gaúcha e a dos povos colonizadores, como os portugueses (açorianos), que deram o sotaque e as lendas características da ilha da magia; italianos e alemães. Já alguns catarinenses acreditam ter cultura própria e não se envolver ao tradicionalismo gaúcho, o que não coincide com as veias históricas de SC. Há catarinenses que comemoram a saída da afiliada da TV Globo, a RBS TV, de SC, como se as pautas e abordagens não fossem diferenciadas, de acordo com o público catarinense.

O fato é que, durante o movimento farroupilha, os gaúchos lutaram contra a coroa portuguesa. Após cerca de um ano de revolução, por mais que não fosse objetivo a separação do Brasil, fundou-se a República Rio-grandense. Mais tarde, como guerra, ocorreu a fundação de uma nova república, aliada à Rio-grandense, que foi a República Juliana, com capital em Laguna. Reprimindo fortemente o movimento, o governo imperial revidou, levando a nova república a ter duração extremamente curta se comparada à Riograndense, de apenas três meses.

Assim sendo, a República Juliana é um capítulo da história catarinense que justifica que as comemorações históricas tenham se tornado oficiais em Santa Catarina, resgatando um capítulo de sua história e trazendo-o às novas gerações.




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