Gamer


Arte


O filme Gamer, não é um grande filme, mas pelo menos abre portas para que, de certa forma, o público possa refletir quais são os limites da realidade virtual que podem ser atingidos sem que para isso seja preciso deixar de lado a ética e o bom senso.

Em Gamer, o diferencial é que quem controla os personagens são pessoas comuns, que pagaram para obter um acesso na internet e assim controlar as pessoas (reais). Vivemos em um mundo onde o virtual se mistura em demasia com a realidade.


[Imagem: Mundo em Pauta]


Gamer também derrapa em alguns estereótipos clássicos, apresentados no filme apenas para intensificar um contraponto entre mundos distintos. A figura do nerd, extremamente gordo e antissocial, frustrado e infeliz, que projeta seus desejos e anseios em um avatar completamente avesso ao seu perfil. Embora seja um estereótipo cabível para o público em geral, certamente não o será para o público-alvo da produção. E é justamente essa indecisão entre tentar agradar ao seu público e tentar agradar também um público completamente distinto que faz com que o filme perca em termos de personalidade e, com isso, diminua o impacto do seu discurso.

Num futuro próximo, um revolucionário videogame on-line será a mais popular forma de diversão. Semanalmente, milhões de internautas assistem condenados lutando para sobreviver como se fossem personagens virtuais em um videogame. Kable, um prisioneiro, se tornará a grande estrela deste jogo. Para o jogador, Kable é um mero personagem, mas para o grupo de resistência ele é a peça chave para a vitória. No meio dessa batalha, e sob o comando de um adolescente, Kable terá que usar todas suas habilidades extras virtuais para vencer o jogo e derrubar o sistema.

Kable consegue realizar um feito nunca antes realizado, ficar a poucas partidas de sua liberação e seu perdão. Mas isso não é graças à destreza de seu controlador, mas, do delay que existe entre o virtual e o real, o que permite a Kable colocar suas habilidades humanas em prática. Nessa história que mostra a vontade que o homem tem pelo poder e as atrocidades que podemos cometer por ele, você encontrará elementos claros da sociedade atual e de como o sedentarismo e o conformismo pode nos tornar verdadeiros bonecos nas mãos de quem, de fato, detêm o poder.

A história tem tudo para agradar aos fanáticos por videogame. Ela é situada em um futuro onde os jogos se tornaram o evento mais importante do mundo. O garoto Simon (Logan Lerman) é conhecido por ser um dos jogadores mais habilidosos já vistos. O que ele não sabe é que por trás do personagem que controla Kable (Gerard Butler), há um ser humano de verdade e que responde aos seus comandos. E o drama deste herói é a mesma de grande parcela de filmes da mesma linha, onde estuda sua liberdade para descobrir os culpados pela sua separação com a esposa (Amber Valletta) e filha (Brighid Fleming).

Além de Gamer existem outros filmes com mesmo formato, por exemplo, a trilogia de Matrix que teve o primeiro filme com estreia em 1999, tendo como protagonista o ator Keanu Reeves, que vivia em uma realidade alternativa e descobre que o mundo que ele vive é uma realidade alternativa, mas quando ele é desconectado de uma máquina se revela outro mundo diferente em que ele vivia e por meio dessas máquinas ele poderia ir para qualquer mundo, como hoje existe o universo virtual, porém a internet estava se popularizando no mundo todo e o filme apresentou efeitos especiais inovadores para a época, sendo que recebeu e venceu em quatro categorias do Oscar.

Outro filme que segue a linha de um universo fictício é o Show do Truman, de 1999, estrelado por Jim Carrey onde tudo ele fazia era filmado e quando ele descobre tenta fugir dessa realidade, é um bom exemplo da caverna de Platão. Hoje vivemos em mundo real e ao mesmo tempo no mundo virtual e isso vai ser mais comum com avanço das tecnologias onde podemos criar um perfil do jeito que a gente sonhou.

ESTE É UM ARTIGO ESCRITO POR MATEUS ROSA, jornalista formado pela UNIFACVEST de Lages/SC. Originalmente, este texto pertencia ao blog Mundo em Pauta, que atualmente faz parte do Blog do Mestre. Mateus Rosa ainda é autor do Repórter Riograndense, site que trata da cultura gaúcha envolvendo curiosidades, tradicionalismo e a agenda local.


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