Para a hidrologia, o método Racional é uma
forma de obter a vazão em um ponto de exutória (ponto de interesse, onde se tem
a cota inferior de uma bacia hidrográfica). Foi criado em 1905 por Lloyd-Davis,
na Inglaterra. Como pressupostos, a área máxima a ser abrangida (área da bacia)
deve ser inferior a 10 km² e a precipitação a ser considerada deve ter duração
igual ao tempo de concentração da bacia hidrográfica.
[Imagem: Fernando Arejano] |
O tempo de concentração indica o menor tempo
para que toda a área de uma bacia hidrográfica, com precipitação uniforme,
contribua para a vazão de escoamento superficial da exutória. Pode ser obtido
por fórmulas empíricas como a de Ven Te Chow e outras. Outra forma de obter
este dado numérico é pelas equações das estações pluviométricas locais.
Não será a precipitação equivalente ao tempo
de concentração que será utilizada na formulação, e sim a intensidade
pluviométrica, que é a razão entre precipitação e tempo decorrido equivalente.
Representando as condições de superfície de
escoamento superficial, há o coeficiente de escoamento superficial. Esse escoamento ocorre de maneira mais
intensa, com pouca ou mesmo nenhuma infiltração de água no solo em superfícies
pouco permeáveis a impermeáveis, como revestimentos de pavimentos asfálticos.
Quando a superfície da bacia hidrográfica apresentar cobertura de solo
diferente, deve-se usar um coeficiente obtido por média ponderada de áreas.
Obtendo todos os dados de entrada, o método
Racional prevê equações da forma:
Q = K ∙ C ∙ i ∙ A
Onde Q é a vazão no ponto de exutória;
K é um coeficiente que varia segundo as
unidades dos demais termos;
C é o coeficiente de escoamento superficial;
i é a intensidade pluviométrica
e A a área da bacia hidrográfica.
Uma forma de expressar esta fórmula,
considerando como unidade de vazão [m³/s], intensidade pluviométrica em [mm/h] e
área em [ha] é a seguinte:
Q = (1/360) ∙ C ∙ i ∙ A
Por sua vez, com unidade de vazão [pés/s],
intensidade de chuva [pol/h] e área em [acres], tem-se:
Q = (1) ∙ C ∙ i ∙ A
Muitas outras variantes são possíveis. O
importante é atentar aos dados de entrada e à aplicabilidade do método. Para
bacias hidrográficas grandes, outros métodos devem ser usados, como o do
Hidrograma Unitário.
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